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terça-feira, 16 de agosto de 2011

A importância dos raios UV para as aves

Uma ave em cativeiro pode ficar privada da radiação UV. Os raios UV da luz do sol que entra pela janela são eliminados por vidros e cortinas. Além disso, as fontes normais de iluminação doméstica não emitem UV. A vida sem os raios UV para as aves seria como se os seres humanos vissem tudo a preto e branco ou pior. Sem UV algumas espécies de aves não conseguem diferenciar o sexo.
Exemplos:
As penas das aves refletem os raios UV. Esta reflexão da plumagem desempenha um papel na seleção sexual das aves.
As aves de cores escuras (ex: pássaro preto), que para os olhos humanos são negros, aparecerem aos olhos das aves com várias cores. Acontece o mesmo com as aves de cores brancas.
A percepção UV desempenha um papel significativo na seleção da comida. Alimentos com os raios UV ficam ainda mais chamativos aos olhos dos pássaros como os vermelhos são mais vermelhos e os verdes são mais verdes. Uma ave relutante a comer precisa dos raios UVA para estimular o seu apetite.
A saúde dos pássaros X raios UV
Sem uma fonte equilibrada de luz, o ciclo oculo-endócrino (luz para a glândula pineal e para a glândula pituitária) é afetado, alterando todos os aspectos da vida da ave. Uma iluminação inadequada pode provocar agitação, enfraquecimento, problemas respiratórios e metabólicos.
As aves necessitam da vitamina D3 para um desenvolvimento saudável do esqueleto, para isso os raios UVB são necessários para sintetizar a vitamina D3.
Muitas espécies podem sintetizar a vitamina D3 da luz solar através da pele. Como a pele das aves está coberta com penas, elas não podem utilizar a própria pele para o fazer. Na maioria das aves, a glândula uropigial (impermeabilizante para as penas) recolhe a pré-D3 do sangue, e acumulando-a nos óleos glandulares. Estes são depois expostos á radiação UVB quando a ave se limpa e cuida da plumagem. Mais tarde a ave ingere materiais expostos aos UV quando volta a limpar e a cuidar da sua plumagem, e o óleo entra no organismo como pré-vitamina D, sendo transformado em vitamina D3 pelo fígado e os rins.
Lâmpadas para pássaros
Na falta da luz natural existe a necessidade de adicionar a radiação UV artificial, encontrada em lâmpadas especiais para aves. Essas lâmpadas emitem raios de UVA e UVB suprindo as necessidades dos pássaros em cativo desde que usadas corretamente (ex: respeitando o período de luz diária). Alguns criadores devido à grande quantidade de pássaros em cativeiro ficam difíceis colocá-los para tomar sol todos os dias, daí a importância de investir em uma boa iluminação.
Existem algumas lâmpadas UV que não podem ser usadas para os pássaros:
As lâmpadas de iluminação doméstica não produzem raios UV e a maioria das lâmpadas domésticas inibem a cor natural da visão da ave.
Lâmpadas utilizadas para répteis podem causar cataratas e as usadas em  aquários não apresentam uma relação correta de vermelho/azul e também devem ser evitadas. (elas possuem raios UVB elevados).
Como deve ser o banho de sol?

Devemos dar a preferência pelo período da manhã, entre 8h e 9h. Uma saturação do tempo em exposição ao sol causa aos pássaros os seguintes sintomas:

Abertura do bico, aceleração do ritmo cardíaco, abertura dos ombros em relação ao corpo e desidratação.

Para maior segurança, coloque sobre a gaiola ou viveiro, um pano ou um papelão que cubra uma parte da área, oferecendo sombra, pois o pássaro saberá melhor do que nós a hora de abrigar-se. Lembrando de trocar a água de bebida após o banho de sol.

Obrigada!

M.V. Jacqueline Cremoneze

O Corte das Unhas

O corte das unhas nos pássaros deve ser feito quando estas se encontram excessivamente grandes a ponto de começarem a se enrolar.



Como cortar as unhas?
Se pega a ave e segurando-o firmemente, olham-se as unhas contra a luz. Ver-se-á que existe uma pequena veia dentro da unha. Localizando esta veia corta-se a uns 2 a 3 mm abaixo da veia. Tem que se ter o cuidado para não cortar este vaso sanguineo, pois poderá causar infecções ou até a morte do canário através de hemorragia. Caso acidentalmente isto ocorra cauterize o local com um palito de fósforo ainda quente, com uma faca ou coloque uma solução cicatrizante.


Bicos e Unhas

O grande problema das aves criadas em gaiolas é que o BICO CRESCE e as UNHAS TAMBÉM.
Em algumas espécies de aves os bicos crescem e existe a necessidade de CORTÁ-LOS. No desenho, você poderá ver que a parte de baixo do bico é sempre MENOR que a de cima e isso tem que ser RESPEITADO, pois caso contrário não conseguirão pegar o alimento.
O corte das unhas: A melhor forma é colocar a unha em frente a uma lâmpada acesa, para poder ver onde está o CANAL da unha, que é o local onde tem SANGUE. Isso serve para gato, cão, pombo e qualquer ave. Muito cuidado para não chegar perto do tal canal.

DICA: SE NÃO SOUBER ou não tiver coragem NAO CORTE! Simplesmente pegue a ave na mão, e lixe as unhas, é seguro e não causa dor nem sangramento!
Poleiros com lixa não funcionam, podem levar anos para lixar o que voce lixa em segundos com uma lixa normal de manicure.

Caso a unha esteja exageradamente crescida, corte uma parte segura e lixe o restante até que a unha fique no tamanho normal.  
O corte do bico: Quando o bico fica muito grande, o corte pode ser feito com alicate de cutícula e sempre em "V", conforme coloquei no desenho. Pode cortar a ponta, pois não é vascularizada. O corte em “V” é para não rachar o bico.

Dr. Luiz Celso Didone de Freitas

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Desinfecção de Gaiolas e Viveiros

COMO DEVEMOS PROCEDER?

Em qualquer tipo de criação em que tenhamos animais aglomerados ou confinados, devemos sempre lembrar que a disseminação de enfermidades é facilitada.

Para tanto, devemos estar sempre alertas e limpar as gaiolas e viveiros, diariamente.

A limpeza diária com a remoção das fezes, água e restos de alimentos faz-se obrigatório, mas devemos nos ater ao fato que, assim que houver uma mortalidade inexplicável ou qualquer sintoma de doença, obrigatóriamente isolamos a ave e procedemos à desinfecção da gaiola ou viveiro.

Os melhores desinfetantes para criatório de aves, são aqueles à base de amônia quaternária e glutaraldeído, desde que, respeitemos as diluições indicadas pelo fabricante.

É importante salientar que, estes produtos não atuam sobre a matéria orgânica, ou seja, sobre fezes, restos de alimentos, etc. Neste caso é indispensável que antes da aplicação dos mesmos, façamos uma boa limpeza com água sob pressão, só assim teremos uma melhor eficácia dos produtos.

Existem alguns tipos de enfermidades, como as parasitárias, por exemplo, que não são eliminadas com o uso de desinfetantes, pois, possuem uma forma de sobrevivência no ambiente que são os cistos ou ovos. Para este tipo de problema, é importante o uso da vassoura de fogo e o descanso das instalações.
Lembrete: As aves são animais bastante sensíveis e frágeis, e para tanto, devemos tratá-las com atenção e carinho, mas nunca descuidar de sua saúde

Alimentação das Aves em Cativeiro

A alimentação é o aspecto mais importante para se manter aves em cativeiro.
Podemos dividir as aves em grupos na dependência do tipo de alimentação:
Insetívoras – comem insetos
Frugívoras – comem frutas
Granívoras – alimentam-se de sementes
Carnívoras – alimentam-se de carne
Piscívoras – alimentam-se de peixes e crustáceos.

Em vida livre as aves podem usufruir de vários alimentos, ou seja, ora são frugívoras ora são insetívoras.
Quando estão em cativeiro, a história é outra, ou seja, existem restrições provocadas pela própria criação.
A principal delas, é quando no criatório existe uma grande variedade de espécies de aves, exigindo que a alimentação seja de fácil administração, para diminuir o trabalho, mas que nunca deixe de ser adequada.
Na realidade, nem sempre é isto que acontece, ou seja, a tendência é homogeneizar o alimento para facilidade de manejo, colocando poucas variações alimentares específicas para cada espécie.
Têm-se observado que, em cativeiro as aves percebem mais a cor dos alimentos do que o cheiro. Com isso, selecionam ingerindo os alimentos mais coloridos e os grãos e pedaços maiores.

Para que os criadores fiquem bem orientados com relação a nutrição das aves em cativeiro, passaremos a seguir, algumas dicas para que haja uma certa harmonia ao se administrar alimento a essas aves:
1 – Os alimentos devem ser frescos e a temperatura ambiente
2 – Aves com fome não selecionam os alimentos deteriorados, deglutindo e passando mal posteriormente à ingestão. Selecionar bem os alimentos!
3 – Não colocar sementes em vasilhas fechadas. Quando o fizer, revolvê-las constantemente.
4 – Não estocar em casa alimentos por mais de 30 dias, pois há riscos de contaminações por micotoxinas.
5 – As aves que estão doentes devem receber alimento de fácil apreensão.
6 – Água de torneira muito clorada provoca gastrite. Deixar evaporar o cloro antes de administrar as aves.
7 – Rações devem ter uma granulometria homogênea, pois a aves tendem a selecionar os grãos maiores.
8 – Verduras devem ser deixadas de molho em solução de cloro ou vinagre por 30 minutos antes de serem fornecidas .
9 – O armazenamento correto de alimentos é fundamental para manutenção de uma boa alimentação das aves. Devemos manter as condições de temperatura, higiene, rotatividade dos estoques e ventilação, para garantir o prazo de validade.
10 – Frutas e legumes devem ser comprados diariamente, para serem fornecidos frescos.
11 – Quando do uso de farinhadas, nunca deixe a farinhada úmida passar a noite, principalmente aquelas que levam ovos cozidos ou milho fresco.
12 – As cantaxantinas são administradas principalmente na alimentação dos canários, e como é dado de forma artificial, é desaconselhável o excesso, pois é eliminado nas fezes, e só faz aumentar o custo da criação. Dose recomendada é de 6 gramas por quilo de farinhada.
Existem muitos detalhes que devem ser observados na nutrição das aves em cativeiro, procuramos enumerar as mais importantes, e desejamos a todos uma boa criação com muito sucesso!!


M.V. Maria Célia Monteiro

Qual gaiola devo usar para criar

A gaiola ideal para a criação de canários é justamente uma gaiola chamada de ‘Gaiola Criadeira’ você pode comprar uma em qualquer loja ou petshop. Um detalhe importante é utilizar uma gaiola que tenha os comedouros e bebedouros para o lado de fora da gaiola, para assim evitar colocar a mão dentro da gaiola evitando assustar o casal. A gaiola deverá ter uma grade de separação para que quando os filhotes completarem 1 mês sejam separados do casal, que já estará pensando em acasalar novamente.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Muda de penas

Embora sejam muito resistentes, as penas com o tempo começam a perder o brilho e desgastar e precisam ser trocadas.A muda é um processo normal na vida das aves, relacionado a fatores biológicos ligados aos hormônios produzidos pela tireóide.
A muda ocorre todos os anos e inicia-se após a época de cria,(năo deve permitir que procriem até a época em que antecede a muda). Se o pássaro foi bem alimentado irá mudar facilmente e năo passará de 6 a 8 semanas.Nesta época a ave pode perder totalmente as penas ao mesmo tempo, mantendo sempre uma razoável quantidade para cobrir e proteger o corpo e voar.Se a temperatura estiver elevada muito quente irá antecipar a muda do canário, mas terminará mais cedo. Em climas moderado e frescos ela atrasa um pouco.
É recomendado fornecer ao pássaro a dieta correta para esta ocasiăo, uma alimentaçăo rica em cálcio (osso de ciba), casca de ovo, vegetais, uma mistura de grăos com maior quantidade de óleo e uma farinhada com ovo. Na água de beber será trocada diariamente e poderá acrescentar algumas gotas de complexos vitamínicos que contenha ferro.
Nos adultos a troca de pena: rabo, asas, e demais penas inicia-se do centro para as extremidades, nas asas a muda ocorre simultaneamente, no corpo ocorre a muda quase por inteiro, terminando na cabeça.
As penas caem naturalmente e devagar sendo que quase nem se percebe que o pássaro está na muda; se o pássaro voar com dificuldades, começar a aparecer a pele isto năo é normal, e pode ter sido causado pela má alimentaçăo ou outras causas.
Banhos de sol pela manhă (8 as 9 horas) ajudam bastante na muda, manter as gaiolas limpas, evitando que o pássaro fique em correntes de ar, fornecer banheiras com água limpa para banhos.
          
A muda nos filhotes

Os filhotes nascem pelados com uma finíssima plumagem, e aos poucos văo aparecendo as penas e quando saem do ninho já estăo empenados por inteiro. Os filhotes também mudam de pena em torno do terceiro ao quarto męs de vida, o que chamamos de muda de ninho, que é, o pássaro apenas muda as penas do peito e cabeça, as penas das asas e rabo só mudaram no próximo ano.

Mudas precoces

As mudas precoces săo consideradas aquelas em que as penas săo trocadas fora da sua época normal: bruscas mudanças de ambiente, temperatura, sustos, acordar as aves durante o seu sono e entre outros fatores, săo causadores de uma muda precoce. Um pássaro nestas condiçőes é um pássaro triste e sempre esta encorujado (embolado), o pássaro năo canta. Devemos trata-los muito bem, administrando algumas vitaminas para tal e evitar o máximo em incomodar as aves.

macho ou femea

Está pergunta é a que mais se faz ouvir em época de exposição ou a que antecede a formação de casais.
É uma situação difícil, porque nem sempre o exemplar se apresenta em condições normais, esta magro, devido a uma deficiência alimentar ou se esta restabelecendo de algumas infecções, neste caso todas as barrigas são iguais.
O procedimento mais comum é soprar as penas do abdomen e verificar se a barriga for pequena, curta, com o espigão já virado para cima será macho, comprida na forma de um charuto estamos diante de uma fêmea.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

BRONQUITE OU TRANQUEITE

Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado, bruscas mudanças de temperaturas.
Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruidas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave não canta e fica agitada.
Tratamento: Colocar a ave separada numa temperatura de 30o e administrar antibióticos e vitaminas A e D e aviobitina na água de beber.

ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA

ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA
Causas: Parasito ou fungo de alimentos semi deteriorados.
Sintomas: As aves parecem estar suadas, fezes esverdeadas, Movimento de cauda acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita freqüência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa.
Tratamento: Não há tratamento satisfatório com medicamentos especifícos, contudo, algum, resultado pode ser conseguido com NF 180 (2 g para 1 kl farinhada seca) e complexo vitamínico para melhorar a resistência. De qualquer forma a cura pode ser tentada com Ancotil na dosagem de 120 a 250 mg por quilo de farinhada seca, oferecida durante 3 dias.
  

ASMA

Causas: Poeira, friage, alimentos condimentados, gaiolas sujas, mudanças no clima e mal ventilação do criadouro.
Sintomas: Respiração difícil acesso asmático freqüente e ofegante. Em casos muito graves imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos.
Tratamento: Eliminar frio, vento, poeira, úmida, colocar a ave em gaiola com temperatura de 30o, na hora da crise administrar gotas de adrenalina a 1./10.000, e antibióticos e tônicos. Baytril ou Tylan 200 (1gota no bico), Linco Spectin, Oftcor (2gotas no bico), Reforçar a alimentação adicionando vitaminas na farinhada

AEROSACULITE

Sintomas: Respiração difícil e ruidosa com silvos pronunciados. Falta de vivacidade, o pássaro fica infértil e não canta.
Tratamento: Baytril ou Tylan 200 (1gota no bico), Linco Spectin, Oftcor (2gotas no bico), Reforçar a alimentação adicionando vitaminas na farinhada.

ÁCAROS VERMELHOS

Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Este parasitas causam grandes problemas na reprodução são os chamados piolhos vermelhinhos, só apresentam esta cor vermelha quando estão cheios de sangue, caso contrário sua cor é pardo-acinzentada.
Sintomas: Estes ácaros ao dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das portas e buracos na parede ou teto, ataca as aves a noite, as aves não param de se bicar tentando tirar os ácaros.
Tratamento: Pulverize poleiros, molas e paredes com um inseticida spray à base de piretina, nas aves pode-se borrifar inseticida spray SBP, as paredes podem ser pintadas com a cal virgem.
 

ÁCAROS DAS PENAS

Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata.
Sintomas: As penas apresentam-se caídas e é possível percebe-los como pequenos traços escuros entre as bárbulas. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros, pegue-a e observe sua asa aberta contra a luz.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize uma única vez com inseticida à base de piretina numa distância de uns 30 cms.

ACARÍASE RESPIRATÓRIA

segunda-feira, 4 de abril de 2011

crosta língua

Crosta retirada com auxílio de uma pinça
Causas: A principal causadora é carência de vitamina A.
Sintomas: O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na medida em que vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A remoção da crosta facilitará a alimentação do pássaro.
No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral, uma vez ao dia, durante uma semana.
Há estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para identificação de infestações verminóticas e coccidiose.
Prevenção: Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel

Como definir Canários Machos de Femeas

Em todos estes anos de criação de canários, já ouvimos praticamente de tudo a respeito da identificação do sexo dos filhotes: desde de simples simpatias, testes esotéricos, até informações sem nenhuma comprovação científica, como por exemplo, o tamanho da cabeça, posição dos olhos em relação à linha do bico, cauda mais curta na fêmea, macho ser maior, teste de 20 dias, etc, etc... Estas invenções contribuem enormemente para tumultuar a cabeça do iniciante.
Na verdade existe um método científico para esta identificação conhecido como sexagem. É feito em laboratório especifico e por profissionais especializados, embora NÃO seja praticado pelos criadores de canários, porem possui 100% de acerto.
Esta identificação é necessária o quanto antes, pois ás vezes, o criador necessita vender ou trocar algum filhotes mais jovem e não pode fazê-lo sem saber seu sexo. A afirmação do sexo de um jovem canário consegue enganar, em alguns casos, até mesmo a experientes criadores, certamente com índices de erros pequenos.
Vamos dar algumas dicas para esta identificação, nenhuma delas com precisão absoluta, porém com uma margem de acerto muito grande, principalmente depois que você adquirir pratica.
Atenção: esta identificação do sexo será mais precisa se forem analisados filhotes de mesmos pais, ou de pássaros de mesma linhagem.
Nos canários lipocromicos
Brancos – não há dicas, a identificação dos machos poderá ser feita a partir do 3º mês de vida quando estes começarem a ensaiar o canto. Para se ter certeza, é necessário esperar a época próxima de estação de cria, ocasião em que os machos estão cantando alto e forte.
Branco Dominante – a única dica é que as fêmeas possuem menor marcação de amarelo nas bordas das penas das asas que os seus irmãos machos. Outra dica é que os machos podem possuir incrustações de amarelo também nos ombros e, às vezes, no uropígio. É por isto que, com certa freqüência, as fêmeas conseguem vencê-los nos concursos. Veja que estamos falando geneticamente! Nada impede que um bom macho Branco Dominante seja um vencedor.
Amarelo ou Vermelho ( serve tanto para Intenso quanto para Nevado) – de um modo geral, os machos possuem mais intensidade de cor que as fêmeas, ou seja, um macho intenso normalmente tem terá cor mais forte que uma fêmea intensa. O mesmo raciocínio se aplica para os Nevados. No caso de serem filhos de mesmos pais, o acerto é quase 100%. Algumas fêmeas intensas possuem schimell no dorso e no pescoço. Por outro lado, as fêmeas nevadas normalmente possuem mais nevadismo.
(são mais esbranquiçadas).
Amarelo Mosaico e Vermelho Mosaico - Estes filhotes logo que ficam empenados
(cerca de 20 dias) deixam os iniciantes muitos aflitos, pois não apresentam nenhuma marcação de mosaiquismo. Suas penas são formadas por uma única cor (todas amarelas ou todas vermelhas). Os sinais de que são mosaicos só começam a se evidenciar a partir dos 45 dias de vida, época em que a primeira muda se inicia. Ai é que as primeiras penas brancas começam a aparecer e suas marcações típicas passam a ser evidentes, caracterizando machos e fêmeas. Para fazer a identificação do sexo neste caso, basta fazer a comparação com o padrão, já que nesta cor eles são muito mais diferentes no fenótipo ( aparência ).
Observação: Todas as informações deste item 4 valem também para os exemplares Amarelo Marfim Mosaico, e de um modo geral, para qualquer canário mosaico.
Exemplares Lipocromicos de Olhos Vermelhos (Albinos, Lutinos e Rubinos) – tudo que foi dito para os filhotes de olhos pretos, valem para os filhotes de olhos vermelhos. Afinal esta é a única diferença entre eles.
Nos Canários Melânicos
Os canários melânicos são aqueles que, além de possuírem o lipocromo amarelo ou vermelho, também possuem o pigmento chamado eumelanina, que pode ser negro ou marrom ( definição NÃO ortodoxa ).
Observação – Na identificação precoce dos sexos filhotes deste grupo, valerão todas as dicas dadas anteriormente com ralação ao lipocromo e ao nevadismo. Assim o lipocromo será mais importante nos machos e as fêmeas terão a quantidade de nevadismo maior.
Vejamos agora outras informações mais específicas.
Exemplares onde a feomelanina é indesejável ( Verde, Azul, Ágata, Canela, Isabelino, Asas-Cinzas, Acetinado, Opalino, Topázio, etc. )
Nestes exemplares ( intensos, nevados ou mosaicos ) as fêmeas possuem ou ( quase sempre ) a presença de feomelanina mais evidente que os machos, pois esta sempre associada ao hormônio feminilizante (progesterona). A feomelanina, quando se faz presente nos machos, é sempre em muito pouca quantidade. Daí a diferença! Na mesma ninhada esta identificação é relativamente fácil: as fêmeas possuem mais feomelanina que seus irmãos machos.
Obs. A feomelanina é um pigmento marrom fosco que se deposita preferencialmente nas bordas das penas, podendo sua presença ser notada no dorso dos canários e entre as estrias.
Exemplares onde a feomelanina é desejável ( Canela Pastel e Feo ) – Nestes exemplares, também identificamos fêmeas por possuírem maior quantidade de feomelanina que os machos, facilitando-nos a identificação do sexo, ou seja, as fêmeas portadoras tem maior carga feomelânica que os machos.
III – Identificação do Sexo por Conhecimento Genético
É sabido que algumas cores são geneticamente ligadas ao sexo. Evitaremos entrar em detalhes técnicos a respeito desta informação, limitando-nos a informar seus nomes. São elas: Verde, Canela, Ágata, Isabel, Marfim, Pastel, Asas-Cinza e Acetinado.
Obs. Os canários da linha clara de olhos vermelhos ( Albino, Lutino, Rubino), são na realidade, Acetinados – Logo, quando um exemplar é portador de Albino, Lutino ou Rubino, na realidade é portador de Acetinado e não de Ino como a nomenclatura nos influencia a acreditar. São, portanto, cores sexo ligados.
Sabendo isto fica mais fácil identificar o sexo do filhote ainda no ninho, logo que se emplumarem. Vamos discutir alguns acasalamentos como, por exemplo:
1. Pai Vermelho Marfim com mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e todos os filhotes Vermelhos serão machos ( Não poderia nascer machos Marfins )
2. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e os filhotes Vermelhos poderão ser machos ou fêmeas.
3. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelho Marfim – deste acasalamento não conseguiremos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois os machos e fêmeas poderão tanto ser Vermelhos com Vermelhos Marfins.
4. Pai Vermelho e mãe Vermelho Marfim – neste caso também não conseguiremos identificar o sexo dos filhotes, pois todos os machos ou fêmeas serão vermelhos.
Vamos a outro Grupo
A- Pai Albino com mãe Branca – todos os filhotes que nascerem com olhos vermelhos ( albinos ) serão fêmeas, e todos os filhotes que nascerem com olhos pretos ( Brancos ) serão machos, não podem nascer machos Albinos . Notou a semelhança com o Caso 1.
B- Pai Branco portador de Albino com mãe Branca – Todos os filhotes que nascerem Albinos serão fêmeas, e os filhotes Brancos serão machos ou fêmeas. Semelhante do Caso 2.
C- Pai Branco portador de Albino com mãe Albina – Deste acasalamento não conseguimos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois filhotes machos e fêmeas poderão tanto ser Brancos como Albinos Semelhante ao Caso 3.
D- Pai Branco com mãe Albina – neste caso também não conseguiremos fazer a identificação do sexo dos filhotes pois todos eles, machos ou fêmeas, serão Brancos. Semelhante ao Caso 4.
As cores sexo-ligadas formam um grande grupo com o mesmo comportamento genético. Assim sempre que você identificar certo comportamento de uma delas, poderá estendê-lo ás demais cores, e se basear nele para identificar o sexo dos filhotes. Portanto, as conclusões a que chegamos nos dois exemplos anteriores ( Marfim e Albino ), podem ser aplicadas a qualquer das demais ( Lutino, Rubino, Pastel, azas-cinza e Acetinado ).
Vejamos casos que envolvam os Melânicos Clássicos ( Verdes, Canelas, Ágata e Isabel ) que também são cores sexo ligadas.
a. Pai Verde com mão Verde – se nascer algum filhote Canela, Ágata ou Isabel podemos afirmar que este exemplar será fêmea. Os filhotes verdes poderão ser machos ou fêmeas.
B. Pai Ágata com mãe Ágata – se nascer filhotes Isabel, certamente será uma fêmea. Os filhotes Ágatas poderão ser machos ou fêmeas.
C. Pai Isabelino com mãe Isabelino – se nascer algum Acetinado certamente será uma fêmea. Os filhotes Isabelinos poderão ser machos ou fêmeas.
Generalizando podemos dizer que, para as cores sexo ligadas, fica mais fácil à identificação do sexo quando nascer um filhote diferente da cor dos pais e esta cor diferente for sexo ligada. Neste caso podemos sempre afirmar que este exemplar será fêmea.
Concluindo, gostaríamos de dizer que estas dicas aqui representadas tem a intenção de facilitar a escolha dos filhotes para plantel, venda e concurso.
Mas isto não é coisa fácil. Portanto, vá treinando sempre que puder, pois, com a prática, o índice de acerto será bem confortável.

POLAINAS DE CASCA NOS PÉS E NAS PERNAS

Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e toda a canela das aves, dificultando a articulação, e pode levar à atrofia e à paralisia dos movimentos do pé.
É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave, chega a forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente para evitar-se a gangrana.
Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias.
Na terapia, uma única vez, usar-se como tratamento tópico o seguinte procedimento: colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os pés e as canelas, para amolecer as cascas. Após isso, passar pomada que contenha bastante óleo e friccionar levemente com os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda. Tomar todo o cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se necessário, e passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida.
É importante também que se pulverize periodicamente a ave doente com solução de algum inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés.

quinta-feira, 31 de março de 2011

canário belga macho junto com uma fêmea ele canta?

olá,
Ele diminui muito a quantidade de canto, pois nesse caso só vai cantar na hora que vai acasalar.
O correto, se você quer um canário para ouvir seu canto é deixa-lo sozinho em uma gaiola.
E tem mais uma coisa: agora estamos em época de muda de pena e portanto seu canário, mesmo se estiver sozinho não vai cantar, pois a muda de penas é uma febre que debilita muito as aves e por isso elas param de cantar.
Coloque em sua água de beber uma vitamina que se chama "Ferro SM", que vai auxiliar seu pássaro a fazer uma muda mais rápida e com menos estresse

segunda-feira, 21 de março de 2011

Qual gaiola devo usar para criar?

A gaiola ideal para a criação de canários é justamente uma gaiola chamada de ‘Gaiola Criadeira’ você pode comprar uma em qualquer loja ou petshop. Um detalhe importante é utilizar uma gaiola que tenha os comedouros e bebedouros para o lado de fora da gaiola, para assim evitar colocar a mão dentro da gaiola evitando assustar o casal. A gaiola deverá ter uma grade de separação para que quando os filhotes completarem 1 mês sejam separados do casal, que já estará pensando em acasalar novamente.

Como separar um bom casal para criar?

O macho e a fêmea devem estar bem nutridos, com as plumagens bem bonitas e o mais importante, o macho deverá estar cantando bastante (ou seja aquele que cantar mais). A escolha da fêmea deverá ser feita com base no aspecto da ovária (a bundinha do pássaro) bem inchada, além de um detalhe importante que é o Bater de Asas, a fêmea fica no poleiro batendo as asas como se fosse uma dança de acasalamento. Tendo observado isso separe o casal colocando-os em uma gaiola criadeira.

quinta-feira, 10 de março de 2011

alimentaçao

o ovo deve ser dado com casca ecorte no meio e de pois conten ferro

alimentos de filhote

 verdura é importante tbém, porém só devemos fornecer após 03 dias de vida dos filhotes, antes disso pode ser perigoso, as femeas podem dar muito e eles se engasgam, não conseguem digerir.

abandono de filhotes

Não digo que é o caso, nem quero que pensem assim, mas para conhecimento:
Os canários também abandonam suas crias quando percebem que sua prole possuem algum problema de saúde.
Alguns filhotes vindo de canárias pouco preparadas para cria não tem forças para se alimentar (ou pedir para a canária).
É muito importante controlar a qualidade da farinhada (em especial ovo cozido) que é fornecido para as canárias tratarem seus filhotes, a ingestão de alimentos passados pode matar, especialmente filhotes.
Caso seja comprovado o abandono da canária junto aos seus filhotes, nas próximas posturas é importante o uso de ama seca.

abandono

A falta da farinhada ou ela muito seca a fêmea se machuca para tratar o filhote na regurgitagem, pois oferecer almeirão todos os dias quando alimentando os filhote e certamente as fêmeas irão abandonar menos filhotes

quarta-feira, 9 de março de 2011

cuidados e tempo de vida

A gaiolaNesta espécie, o macho canta, julga-se que para arranjar companheira. Por esse motivo, quando não é época de criação, é normal vermos os machos separados das fêmeas, para cantarem com mais frequência.A fêmea limita-se a piar, e não com muita insistência.

Esta espécie tem necessidade de andar constantemente a saltar de poleiro para poleiro, pelo que é aconselhável ter vários poleiros na mesma gaiola. A gaiola deve ser rectangular e comprida.

Como a maior parte das aves, o Canário gosta de apanhar os primeiro raios de sol da manhã e os últimos da tarde, por isso tente que pelo menos uma dessas fases lhes seja facultada, principalmente a da manhã.

Deve evitar colocar a sua gaiola em sítios onde haja corrente de ar, e quando, durante o dia, está sol, proteger a gaiola, para que o sol não incida directamente nas aves.

Outro aspecto fundamental é ter sempre uma banheira com água limpa e fresca, os canários adoram tomar banho!

A criação destas aves em cativeiro é relativamente fácil, basta juntar o casal na Primavera e pôr um ninho apropriado dentro da gaiola.Passados alguns dias, em regra, a Canária faz a postura e está pronta para chocar os ovos.

Um dos problemas mais comuns na criação destas aves, é a fêmea, na fase da postura, ficar com um ovo atravessado. Há algumas formas de tentar ultrapassar este problema. Uma delas, a mais simples, é untar a cloaca da canária com um produto lubrificante, quase sempre resulta.Importante mesmo é estar atento na época da postura, se o facto de untar a canária não resultar, dirija-se rapidamente a uma casa que venda destas aves ou a um criador que tentará certamente ajudar com a sua experiência.

Alimentação
A alimentação para os canários é fácil de encontrar, qualquer casa da especialidade, ou mesmo as grandes superfícies, vendem comida apropriada, alpista já misturada com as vitaminas necessárias.

A água deve ser mudada todos os dias e, se estiver ao sol, deve ser mudada com a regularidade necessária para estar sempre limpa e fresca.

Como complemento alimentar, pode dar aos Canários alguns legumes frescos, desde que sejam bem lavados em água corrente.

Mantenha sempre, no fundo da gaiola, alguns grãos de areia, estas aves gostam de engolir pequenas pedras para ajudar na sua digestão.

Esperança de vida
O tempo médio de vida destes animais é de cinco anos. Normalmente, é uma perda sentida pela família, principalmente porque se habituou ao cantar do macho, e de repente vai sentir a sua falta. Esteja preparado para essa eventualidade.

origem

OrigemEsta ave tem origem nas ilhas Espanholas das Canárias, na costa ocidental do continente africano, sendo por esse motivo bafejadas com os ventos quentes que vêm do Saara. O tempo agradável que durante todo o ano abençoa este território pode ter tido influência para a sua sobrevivência neste arquipélago.

Quando os primeiros navegadores trouxeram este animal para a Europa continental, estavam muito longe de saber o que iria acontecer cinco séculos depois, quando o Canário se tornou uma ave de companhia em muitas habitações, principalmente no sul da Europa, nos países mediterrânicos, e no Brasil.

especie

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Serinus
Espécie: canaria

Outros nomes
Canário-do-reino ou Canarinho

começar uma criaçao de canario

Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída do ar aquecido.
A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das causas de insucesso na criação de pássaros.
LOCAL DA CRIAÇÃO
Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída do ar aquecido.
A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das causas de insucesso na criação de pássaros.
GAIOLAS
As gaiolas indicadas para a criação de canários são de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros.
Existem no comércio diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir as gaiolas iguais e do mesmo fabricante, com a finalidade de padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. Embora um pouco mais caro, deve-se adquirir para cada gaiola, uma grade - piso sobressalente que facilitará a limpeza.
São eles que, ao adquirirem seus primeiros exemplares, possibilitam aos criadores de categoria média a base financeira para que adquiram exemplares de grande categoria genética aos grandes criadores que por sua vez, obtêm condições para o aumentarem suas importações, finalizando a espiral do progresso.
Por isso, para esses verdadeiros propulsores dessa imensa máquina, selecionamos os conselhos de um técnico do gabarito do autor desse artigo que consideramos um dos mais bem elaborados e explicativos dos quantos que já apareceram através dos anos.
Os fundos das gaiolas (bandejas) devem ser forrados com papel absorvente (pode-se usar folhas de jornal) e sempre que houver acúmulo de desejos, troca-se a forração (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-pisso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e lavadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante.
É preciso dispensar cuidados especiais também com os poleiros, que devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas.
ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS
São muitos e variados os acessórios utensílios destinados a equipar as gaiolas de criação que podem ser encontrados no comércio. Deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos muitas vezes supérfluos e que acabam dificultando a manutenção da higiêne.
Os melhores e mais práticos são os comedouros e bebedouros plásticos em forma de concha ou meia lua, usados no exterior da gaiola. Esses recipientes devem ser mantidos rigorosamente limpos, não admitindo-se que os bebedouros criem limo (algas) e os comedouros acumulem pó. Além da limpeza diária dos bebedouros, com pincel, escova e esponja, pelo menos uma vez por semana os mesmos devem ser mergulhados por algumas horas em solução de cloro (Quiboa, Cândida, etc...) e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocadas para lavagem em espaços de tempos maiores.
Os canários precisam tomar banho freqüentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de tamanho grande, mas que permita a sua passagem pelas portas das gaiolas.
Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais, ninhos adequados, sendo muito usados os de plástico que são duráveis e de fácil higienização. Esses ninhos devem receber forros de flanela, corda ou feltro, comumente encontrados em lojas especializadas.
É boa prática trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a cada nova ninhada.
Após a abertura dos olhos dos filhotes não convém manusear os ninhos, para evitar que os mesmos o abandonem prematuramente, causando sérios inconvenientes.
ALIMENTAÇAO SAUDAVEL
Todos os pássaros devem receber uma alimentação a base de sementes e vitaminas para estarem saldáveis para a criação
ALPISTE LIMPO E POLIDO

Alpiste (Phalaris canariensis)
Grão rico em carboidratos. Ao contrário do que seu nome em inglês "canaryseed" sugere, este grão não é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal componente da maioria das misturas de grãos para pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.
AVEIA DESCASCADA

Aveia sem casca (Avena sativa)
Grão rico em carboidratos, de ótima palatabilidade e digestibilidade, portanto ingerido com muito gosto e facilidade por pássaros no ninho. Em quantidades demasiadas pode levar ao acúmulo de gordura, principalmente em canários. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários
CÂNHAMO

Cânhamo (Cannabis sativa)
Grão inativado da planta Cannabis sativa. É rico em extrato etéreo (óleos) e proteína. Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que não haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se constipação e excessiva excitação dos animais. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários,
COLZA PRETA

Colza (Brassica rapa)
Grão rico em proteína e extrato etéreo (óleos), de sabor um pouco amargo. É o mais importante grão numa mistura para canários, pois seu elevado teor de extrato etéreo (óleos) promove uma excelente saúde e um canto melodioso. Pode levar à adiposidade, se usado em demasia. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos e pássaros silvestres. Esta foto da Colza se refere à Colza fresca, geralmente as que são vendidas em aviculturas comuns são pretas não azuladas como as da foto, mas que também servem para a alimentação de Pássaros canoros, mas não possuem as mesmas propriedades nutritivas.
LINHAÇA

Linhaça (Linum usitatissimum)
Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo Omega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários,
NÍGER

Níger (Guizotia abyssinica)
Grão rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palatabilidade, este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres
PERILA BRANCA (comum)

Perila (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.
PERILA CAFÉ

Perila (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.
LEMBRE-SE DE QUE GRÃOS GORDUROSOS (como a Colza, Linhaça, Níger, Perila, Cânhamo, Nabão...) NÃO DEVEM SER ADMINISTRADOS EM QUANTIDADE EXCESSIVA (principalmente no Verão).
S E M E N T E S
Alpiste: Como já sabemos o alpiste é a principal semente usada na dieta do canário, é rica em hidrato de carbono, proteínas, vitaminas B1 e E, etc. Os hidratos de carbono produzem calorias, mantendo a saúde da ave, facilitando o digestão.
[aveia]
Aveia: Também é uma semente rica em hidrato de carbono exercendo ação benéfica sobre o aparelho digestivo, semelhante ao grão de trigo e arroz com casca. 
Colza: Uma semente rica em proteínas, ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide, músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono, vitaminas, uma semente oleosa e gordurosa, semente de cor escura, em forma de esfera. 
Níger: Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na época de criação mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um bom fortificante das matérias corantes dos canários. 
Linhaça:Também é bastante oleosa, rica em proteínas, é recomendada ser fornecida as aves na época de muda de pena, pois acentua o brilho das penas. 
Nabão: É utilizado também nos canários de canto, uma semente macia, é bem oleoso, rica em gordura e hidrato de carbono. 
Descrevemos as principais sementes usada na alimentação dos canários, existe outras sementes que são empregadas na alimentação dos canários, além de serem difíceis de serem encontradas no mercado elas agem com as mesmas condições vitaminicas delas na alimentação do canário obedece certas necessidades biológicas, sendo substituídas estas carências pelas farinhadas com ovo, óleo de fígado de bacalhau.


[composição nutrientes]
C O M P O S I Ç Ã O   D E   N U T R I E N T E S   D A S   S E M E N T E S
Sementes Hidra.carbono Gordura Proteínas Fibras Vitaminas
Alpiste 62  51  11  06  B1,E
Aveia  63  06  10  11  
Colza 21  41  19  05  A
Níger 20  37  20    
Linhaça 20  37      
Nabão 22  41  19  05  
Particularmente administro a seguinte dosagem para meus canários:
  Primavera Verão Outono Inverno
Alpiste 500 700 400 400
Aveia 200 200 100 150
Colza 100 100 100 150
Níger 200 100 150 200
Nabão 150 150 150 200
Linhaça 50 100 100 50
       obs: as dosagens estão em gramas.
 [areia]
Areia: Como nós criadores sabemos que as aves em geral não possuem dentes, como nos canários o processo de digestão ocorre quando os músculos da moela se contraem triturando os grãos de alimento ingeridos, é nesse processo que a areia desempenha um papel fundamental. É a areia que permite a "trituragem" que antecede a digestão se proceda de maneira completa, permitindo que a ave possa extrair do alimento todo o seu valor nutritivo. A areia que é ingerida pela ave vai para moela, fazendo as vezes dos dentes, ajudando a trituragem e digestão dos alimentos. Por esta razão o canário deve sempre ter à sua disposição uma quantidade de areia grossa, lavada e peneirada, se possível; esterilizada e seca ao sol, pode-se acrescentar junto desta areia a casca de ovo que pode ser fervida e moída ou triturado no liqüidificador após secar ao sol por alguns dias, a casca não deve ser triturada muito no liqüidificador para evitar que vire pó, e que fique num tamanho em que o canário possa escolher, onde junto com a areia irá na moela.
A casca de ovo é uma rica fonte de cálcio o qual é indispensável para a vida das aves. A areia deve permanecer diariamente pois as aves saberão quanto e quando se alimentar. 
[água]
Água: Como em todos os seres vivos a maior parte que constitue o corpo é água, como não poderia de ser os canários também possuem água em seu corpo 60%. Uma ave pode ficar sem comer e perder suas gorduras e proteínas e ainda sobreviverá, enquanto que a perca de 15% de água resultará em sua morte.
Os canários deve ter a sua disposição um pote de água para beber e outro para se banhar (já visto em outro capítulo). A água a ser fornecida para o consumo da ave deve ser um água fresca e limpa, livre de impurezas ou mesmo de produtos químicos como cloro, etc; produtos estes que são utilizados no seu tratamento. A água é um dos alimentos que não há substituto, ele só vai ingerir aquela, por este motivo quando tiver de administrar remédios e vitaminas faz-se por via desta, pois a ave será obrigada a ingerir.
No organismo da ave se faz necessário pois a mesma transporta materiais de uma parte do corpo para outra e executa funções importantes na regulação da temperatura do organismo dos canários.
A quantidade de água a ser consumida pelos canários em relação aos alimentos chega a ser numa proporção de 3 partes de água para uma parte de alimento ingerido.
A água deve ser trocada todos os dias, evitando assim o acumulo de limpo nos bebedouros que é prejudicial a ave, evite que fiquem expostos aos raios solares, porque a água esquenta e pode causar diarréia as aves.
Quanto a água de beber em viveiros e voadeiras estas devem ser colocadas do lado externo como nas gaiolas, se não for possível é aconselhável que não se coloque as vasilhas de água debaixo dos poleiros, para evitar que as aves defequem dentro dos bebedouros, podendo contaminar a água.
Lembramos sempre fornecer água limpa e fresca as aves e se possível de mina ou poços artesiano, pois temos notado que a água com cloro vem dando diarréia nas aves. Quando houver excesso de cloro na água (notável pelo cheiro forte e pelo paladar), deve-se fervê-la. 
[carvão]
Carvão: O Carvão vegetal é utilizado como fortificante para os canários, evitando doenças e fornece uma maior resistência as aves, fornecendo ao canário uma vez por mês na seguinte forma: tritura-se o carvão até formar um pó, mistura-se aos poucos o mel puro, até que forme uma pasta farinhada.

FORMAÇÃO DE PLANTEL
Como o objetivo da canaricultura é a quantidade, o criador inexperiente não deve iniciar sua criação com número muito grande de casais. Se a intenção for ter um ou dois casais, por passatempo, sem a preocupação com os resultados, qualquer casal serve, desde que seja saudável. Entretanto, se o objetivo for criar canários pensando em desenvolvimento técnico e em concursos, deve-se começar com casais de raça ou de cor de acordo com a preferência, mas de qualidade reconhecida. O criador deverá então filiar-se a um clube ornitológico que lhe possibilitará a compra de anilhas para registros oficiais, além de assistência técnica e convívio com muitos criadores.
Para conseguir bons pássaros é prudente visitar criadores de prestígio, que poderão dar valiosas orientações sobre os acasalamentos pretendidos e fornecer matrizes de qualidade técnica indiscutível.
Algumas regras já estabelecidas são importantes e devem ser lembradas na hora da compra.
• desconfie dos pássaros baratos pois geralmente são de qualidade inferior ou portadores de alguma afecção. É preferível começar com poucos casais de qualidade do que com muitos ruins;
• compre somente canários que tenham anilha e solicite do vendedor o seu "pedigree".
• Não confie somente no seu "gosto" para avaliar um canário que deseja comprar. Certifique-se se ele está dentro dos padrões da cor ou de raça desejada. Se possível solicite os conselhos de um especialista e leia o Manual de Julgamento da Ordem Brasileira de Juízes de Ornitologia, inteirando-se das características dos pássaros devem possuir.
• Não compre exemplares fracos ou enfermos por melhor que seja se "pedigree" pois um pássaro nessas condições não será bom reprodutor;
• Lembre-se que um pássaro saudável é esperto e alegre. Sua barriga deve ser limpa e sem manchas, seus pés e dedos sem crostas ou tumurações e sua respiração silenciosa e sem chiado.
• Segundo o saudoso companheiro Carlos Gimenez "nem sempre um canário que obteve um primeiro lugar é o mais adequado para a criação.
Existem canários espetaculares em termos de plantel e criação que não teriam grandes chances numa mesa de julgamento, ou por terem o rabo aberto ou por estarem com a plumagem desarrumada, ou por estarem um pouco gordos quebrando assim a harmonia visual. Seria muito fácil se você comprasse o macho campeão e a fêmea campeã e acasalando-os, obtivesse o novo campeão.
Claro que os pássaros classificados em concursos devem possuir qualidades, mas também é muito importante a sua origem e potencialidades genéticas, o que justifica o ditado muito popular entre os canaricultures; "É preferível um pássaro razoável de uma excelente criação do que um pássaro excelente de uma criação razoável."
ACASALAMENTO
Considerando-se as variações naturais da luz solar, anualmente ocorre um aumento gradual e contínuo do tempo de duração da luminosidade do dia, a partir de 21 de junho, alcançando o máximo em 21 de dezembro. Esse período considerado foto-período positivo, influencia o ciclo reprodutivo dos canários. Assim entre a segunda quinzena de julho e a primeira de agosto, em nosso hemisfério, e a época recomendada para iniciar os acasalamentos.
Os machos e as fêmeas deverão ser colocadas nas gaiolas de cria, separados pela grade divisória, para um período de adaptação, fornecendo-se às fêmeas o ninho e fios de estopa (desfiada ou em pedaços de 5 x 5 cm, presos nas gaiolas). Quando os pássaros começarem a trocar comida através da grade e a fêmea a confeccionar o ninho remove-se a grade divisória, sendo então bem menor a possibilidade de brigas geradas por incompatibilidade ou despreparo do casal.
POSTURA
A postura do primeiro ovo sucede de 6 a 8 dias após a primeira cópula e as posturas mais freqüentes são as de 3 e 4 ovos.
A canária normalmente põe os ovos em dias seguidos, mas em alguns casos podem ocorrer intervalos de um dia entre um ovo e o seguinte.
Nas primeiras horas da manhã ( 5 a 7hs) a canária realiza a postura e depois é coberta pelo macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no criadouro muito cedo.
Todas as manhãs depois da 7 horas, os ovos recém postos devem ser retirados e substituídos por outros plásticos. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipiente com areia, algodão ou sementes esférica, (evitar sementes pontiagudas como alpiste, que podem perfurar a casca) e mantidos em temperatura ambiente. Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais escura, os ovos devem voltar ao ninho, sendo este considerado o primeiro dia da encubação. A razão para que os filhotes nasçam mo mesmo dia e tenham a mesma oportunidade de desenvolvimento.
INCUBAÇÃO
Normalmente a incubação é de 13 dias e nesse período é conveniente que o ambiente seja tranqüilo e que as manipulações na gaiola sejam rápidas, evitando-se perturbar a canária.
Durante a incubação os ovos perdem água através da casca que é porosa e permite também intercâmbio de grades necessários para a vida do embrião. Nesse processo de "respiração do ovo" o vapor da água expelido deve ser reposto. Daí a necessidade, nesse período, de umidade relativa do ar mais elevada. As canárias por instinto regulam a umidade molhando suas penas, sendo conveniente colocar banheiras, particularmente ao final da incubação (3-4 dias antes do final) momento em que os ovos necessitam de maior umidade e menor temperatura para que os estímulos de eclosão sejam eficazes e os filhotes possam romper facilmente a casca (70-90% de umidade).
Se a fêmea não se banha é conveniente pulverizar os ninhos com água.
Em períodos de baixa umidade pode-se colocar esponja úmida no fundo da gaiola, embaixo do ninho.
Durante a incubação pode-se fazer o diagnóstico da fertilidade dos ovos a partir do 5º ou 6º dia, examinando-os por transparência através de um foco de luz e comprovando a existência do complexo embrionário. Para isso emprega-se um "ovoscópio" que consiste numa caixa contendo uma lâmpada no interior e um orifício sobre o qual se coloca o ovo.
Observando-se um ovo não fecundado, por esse método, a gema é perfeitamente distinguida, enquanto nos ovos fecundados, a partir do 3º ou 4º dia da incubação já não se distingue a gema, como se ela estivesse misturada com a clara.
Segundo Perez e Perez (Bases biológicas Y de aplicacion prática de la canaricultura), os ovos abortados constituem perigo pelas emanações que produzem, sobre os ovos normais, podendo estar a causa de fracasso da incubação. Por essa razão, esse autor recomenda a ovoscopia em dois períodos, aos 5-6 dias para descobrir ovos infecundados e aos 10-11 dias para eliminar os embriões mortos.
NASCIMENTO
Na maioria dos casos o nascimento se produz exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto , se o nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se Ter paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem causar atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do ninho com frequencia. A falta de umidade também podem influir. Não abra ou jogue fora um ovo pelo menos até o 15º dia de chôco e, mesmo assim, faça um teste de vitalidade.
Para isso coloca-se os ovos em um recipiente com água morna e aguardar-se alguns minutos. Se o embrião estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, ema vez que a câmara de ar ocupa o pólo mais largo e balançará ligeiramente. Os ovos abordados flutuarão de lado, sem movimentos pendulares, ou afundarão.
ANILHAMENTO
Para identificar as aves o sistema mais prático e seguro, consiste na colocação de anilhas nas pernas dos filhotes. A anilha é um anel de alumínio, fechada, inviolável, nas quais estão gravadas. As siglas da Federação e da Sociedade que as emitiu, o ano do nascimento, o número de ordem e o número do criador. Esta anilha é a identidade do pássaro , pois não saíra mais de sua perna, acompanhando-o por toda a vida.
Os pássaros para serem apresentados em Exposições e Concursos oficiais devem portar obrigatoriamente anilhas.
As anilhas são colocadas nos canários, com pouco dias de vida de 4 a 7, mas sempre tendo-se em conta o desenvolvimento ou que o pássaro a perca, se a manobra for realizada muito cedo.
O anilhamento é um processo delicado e as vezes é difícil, para o principiante. Deve ser feito sobre mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é comum que os mesmos defequem.
Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda, e com a direita o anel. Passa-se a anilha até o início da articulação.
Segura-se a ponta desses dedos e desloca-se a anilha através do dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna, fazendo com que o anel passe a perna.
Em seguida liberta-se o dedo posterior, desenganchando-o da anilha. Essa operação pode ser facilitada, untando-se os pés dos filhotes com vaselina ou outro lubrificante neutro.
SEPARAÇÃO DOS FILHOTES
A permanência no ninho até 20 dias é considerada normal. As ninhadas nutridas deixam o ninho entre 15 e 18 dias. Pouco dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a farinhada, frutas e verduras. Com um mês devem descansar e quebrar as sementes, podendo então ser separados dos pais.
Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto estes não percam as penugens da cabeça (espécie de pelos).
Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para a nova postura. Nesse período os pais podem depenas os filhotes em busca de material para confeccionar o novo ninho. Isto pode ser evitado, separando-se os filhotes dos pais pela grade divisória da gaiola e oferecendo ao casal material para a confecção do ninho. Os pais alimentam os filhotes pela grade, bastando para isso a colocação de poleiros baixos próximos à grade divisória, dos dois lados.
ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES
Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A farinhada com ovo cozido deve ser administrada em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.
Pode-se usar verduras como almeirão, chicória e couve, sempre muito bem lavadas e frescas, bem como maçã e jiló.
O uso de variedades de sementes também é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca (especialmente na primeira semana) e o Niger devem ser oferecidos em comedouros separados. Alguns criadores costumam usar pão molhado na leite, com muita aceitação pelas fêmeas. O preparo é feito usando pão d'água, amanhecido, descascado e cortado em fatias que são mergulhados em água. As fatias intumescidas são espremidas e colocadas novamente na água, repetindo-se a operação várias vezes. Depois, mergulhadas em leite novamente espremidas e oferecidas aos pássaros.
Algumas canárias não alimentam ou alimentam mal os seus filhotes, apesar dos cuidados do criador. Nesses casos. Delille (ABC PRATIQUE DE IÉLEVURS DE CANARIES COULEURS) recomenda além da retirada do macho, oferecer água de beber fortemente açucarada por um dia e pedaços de maçã.
Outro recurso que pode ser usado, principalmente para as canárias que saem pouco do ninho, é retira-lo com os filhotes por alguns momentos. Essa manobra faz com que a fêmea se alimente e ao voltar ao ninho, acabe alimentando os filhotes.
É sempre interessante colocar-se várias fêmeas para chocar ao mesmo tempo, ainda que para isso seja preciso esperar alguns dias. Caso falhem todas as manobras para estimular uma fêmea preguiçosa a tratar sua ninhada, resta a possibilidade de distribuir os filhotes entre fêmeas que estejam tratando bem.
Alguns criadores costumam auxiliar as fêmeas, administrando alimentos pastosos no bico dos filhotes, prática essa que é condenada por outros.
Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas acreditamos que nos primeiros dias de vida é muito importante, pois permite administrar aos filhotes vitaminas e medicamentos eficientes no tratamento, por exemplo, da colibacilose, patologia responsável pela maioria das mortes no ninho. Além disso, auxilia o desenvolvimento inicial mantendo os filhotes em condições de se levantarem e pedirem alimentação as mães, aumentando o índice de sobrevivência.
As fórmulas das farinhas que devem ser misturadas ao ovo cozido e passado pela peneira para fazer a "farinhada" ou "farofa", são muito variadas. Esse assunto é bastante polêmico e cada criador tem sua própria receita, guardada muitas vezes como grande segredo.
O objetivo final dessa farinhada é obter uma mistura com proporções adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras, além de sais minerais e vitaminas, o que na maioria das vezes não é alcançados. Nas revistas e livros especializados encontra-se várias sugestões para o preparo dessas misturas.
Existem hoje no comércio, rações balanceadas e adequadas para serem usadas puras ou misturadas com o ovo. Que estão sendo usados por criadores de renome, com bons resultados.
A MISTURA DE SEMENTES DOS CANÁRIOS, COMO BALANCEAR

 O canário, como qualquer ser vivo, ingere alimentos para fazer funcionar seu organismo, isto é: para manter a temperatura do corpo, fazer o metabolismo funcionar, repor tecidos, trocar penas, se movimentar, se reproduzir, etc, etc.
São pássaros granívoros e, portanto, as sementes representam a parte mais importante de sua dieta, que deve ser complementada por uma ração, antigamente chamada de farinhada. Juntos, sementes e reação, devem prover e adequar os alimentos fornecidos às diferentes necessidades de nossos pássaros.
A composição e o balanceamento da mistura de sementes e seu necessário ajustamento a ser discutido neste artigo.
Alimentação X Fases da vida.
Como todo ser vivo, as necessidades de alimentos variam em função das fases da vida, da temperatura ambiente, do clima em que os canários vivem. Se estão em muda; a troca de penas é um processo extremamente penoso e crítico para os pássaros, exigindo elementos nutritivos especiais, suas necessidades são diferentes, por exemplo, da pós-muda, quando estão aguardando a nova estação de cria, se exercitando nas voadeiras, cantando, brigando entre si.
Durante a reprodução, a cria dos filhotes exige muito das fêmeas, que se estressam e ficam mais vulneráveis às doenças oportunistas.
De modo simples, podemos dividir em três, as fases em que os canários têm necessidades de alimentação distintas: Reprodução, Período de Muda e Repouso.
Proteínas X Carboidratos X Lipídeos
Proteínas: São compostos nitrogenados, absolutamente necessários aos processos metabólicos de crescimento, reposição de tecidos, formação de matéria viva, massa muscular, esqueleto, muda de penas, etc. Suas necessidades em períodos de reprodução são críticas para o sucesso da criação.
Carboidratos: São os provedores de energia para o organismo, sendo necessários para prover calor, fazer funcionar o organismo, enfim, é o combustível da máquina chamada canário.
Lipídeos: São as gorduras, (graxas ou extrato de etéreo). São compostos com alta carga de energia (2,25 vezes mais que os carboidratos). É em forma de gordura que as aves e os outros animais armazenam energia no corpo para atender às situações de carência alimentar.
Composição Média das Sementes
Cada semente tem uma composição diferente de proteínas, carboidratos e lipídeos. Abaixo relacionamos as principais sementes encontradas no mercado brasileiro:
SEMENTE PROTEINA % CARBOIDRATOS % LIPÍDEOS %
Alpiste 16,6 49,0 6,4
Colza 19,6 18,0 45,0
Aveia 11,3 68,4 8,7
Nabão 20,7 5,7 40,2
Linhaça 24,2 25,0 36,5
Perila 22,6 10,6 43,2
Cânhamo 18,2 21,8 32,5
Níger 23,0 17,0 40,0
O alpiste é a semente mais importante na mistura. Sua composição de proteínas, carboidratos e lipídeos é a que mais se aproxima das necessidades normais dos canários. A qualidade de sua proteína, medida pelo balanço de aminoácidos e digestibilidade, é alta. O alpiste é essencial aos canários, e deve entrar na mistura de sementes com, pelos menos, 60% do total.
A níger uma semente muita apreciada pelo nossos pássaros, tem elevado teor de proteínas e gorduras. É usada normalmente como provedor de proteínas na mistura. Como tem altíssimo teor de lipídeos, sua participação deve ser limitada à 20% do total.
A colza é outra semente que, co0mo a níger, apresenta bom teor de proteínas e teor de gorduras bastante elevado (45%). Maurice Pomarède, estudioso francês de canários, alerta para a alta toxidês desta semente, recomendando restrições à seu uso. Outro cuidado é com relação à aquisição desta semente no mercado. Freqüentemente, vende-se semente de mostarda como se fosse colza, com prejuízos evidentes para a mistura.
A aveia é um excelente provedor de energia, muito rico em amido, e especialmente rico em lisina e cistina, dois dos principais aminoácidos essenciais. Deve ser utilizada no balanceamento da mistura como o principal provedor de carboidratos. O risco desta semente é a alta manifestação de fungos e outras formas de vida indesejáveis, que podem causar sérios danos à saúde dos pássaros.
A linhaça não é muito palatável para os canários. Tem alto teor de proteínas e lipídeos. Administrada durante o período de muda, tem efeito benéfico sobre a formação das penas.
Balanceamento das Sementes
A recomendação para nossos canários é que no período de reprodução, os teores de proteínas sejam mais elevados devido às necessidades dos filhotes, e os teores de carboidratos e lipídeos sejam menores, pois assim os canários serão levados à ingerir mais alimentos para atender à suas necessidades calóricas.
No caso oposto, no período de repouso, quando as proteínas são menos necessárias, as energias deverão ter seus teores elevados.
No período de muda, as gorduras são mais desejadas, pelo efeito positivo sobre a formação das penas, e deposição de lipocromo. Os grãos escuros (colza, níger, linhaça, cânhamo), usados sempre com parcimônia devido aos altos teores de gorduras em suas composições, ajudam nesta fase.
Relação Nutritiva
Um dos parâmetros muito usado no ajustamento dos alimentos às necessidades dos pássaros é a Relação Nutritiva (RN).
O que é Relação Nutritiva (RN)?
Nada mais é do que uma fórmula prática, extremamente simples, usada nos cálculos dos alimentos, que reflete os relacionamentos entre proteínas, carboidratos e lipídeos, adequando-se às fases da vida de nossos canários.
Existem outros métodos para balanceamento de rações, bem mais complexos e completos, porém, para efeito deste artigo, exemplificaremos o balanceamento apenas pelo fator RN.
Observando-se a fórmula, ela mostra exatamente isto que foi comentado: Mais proteína e menos energia no período de reprodução e menos proteína e mais energia no período de repouso. A muda, com RN=4 (limites: 3,5 a 4,5) deve ter os teores intermediários entre as outras fases.
A fórmula prática é a seguinte:
% CARBOIDRATOS + GRAXAS x 2,25 RN = % PROTEÍNAS

Quais são as necessidades? Ë recomendável que a relação R/N esteja o mais próximo dos seguintes valores:
Reprodução? RN = 3 (limites: 2,5 a 3,5)
Muda? RN = 4 (limites 3,5 a 4,5)
Repouso? RN = 5 (limites 4,5 a 5,5)
Traduzindo estes parâmetros para teores de proteínas, carboidratos e lipídeos, teremos o seguinte quadro:
PERÍODO PROTEÍNAS (%) CARBOIDRATOS (%) LIPÍDEOS (%)
REPRODUÇÃO 16,0 a 18,5 40 a 45 6,0 a 8,0
MUDA 14,5 a 15,5 45 a 50 8,0 a 10,0
REPOUSO 12,5 a 13,5 50 a 60 7,0 a 8,0
Comentários Importante:
Da simples análise do RN recomendado para o período de REPRODUÇÃO, (lipídeos entre 5,5 % e 7,5%), e da verificação dos teores de gordura das sementes, chegamos à conclusão que não há possibilidade de se obter com apenas as sementes, as proporções adequadas e desejadas.
O que fazer? Primeira conclusão: Há necessidade de se usar uma ração que, oferecida aos canários, equilibre os teores dos elementos discrepantes na mistura de semente. Como as rações comerciais para canários descrevem na embalagem os teores destes princípios nutritivos, basta calcular os teores da mistura de sementes, e assim definir que ração adquirir, em função dos elementos para balanceamento.
Como o período mais crítico é o da reprodução, e o teor de proteínas o princípio nutritivo mais importante mais importante nesta fase, o recomendado é calcular primeiramente a mistura levando-se em conta o teor de proteína, tentando manter o mais baixo possível os lipídeos.
Em seguida, determinaremos que parâmetros deverá conter a ração que vamos usar para completar a alimentação de nossos pássaros. Usando-se um programa simples de cálculo, e várias tentativas procurando obter uma mistura de sementes com proteínas entre 16,0 % e 18,5%, chegamos aos seguintes resultados para o período de reprodução.
Cálculo do Teor de Proteína:
SEMENTE TEOR PROTEÍNA NA SEMENTE QUANTIDADE NA MISTURA TEOR PROTEÍNAS NA MISTURA FINAL MEMÓRIA DE CÁLCULO
Alpiste 16,5 700 11,6 (1)
Colza 19,6 80 1,6 (2)
Aveia 11,3 70 0,8 (4)
Linhaça 24,2 20 0,5 (5)
Níger 23,0 130 3,0 (3)
Cálculo do Teor de Carboidratos
Repetindo os cálculos como mostrados acima, somente trocando as colunas de proteínas pelas de carboidratos, teremos: Teor de Carboidratos = 43,2%.
Repetindo mais uma vez para os lipídeos, teremos: Teor de Lipídeos= 14,6%.
Verificação da Relação RN:
RN desejada (REPRODUÇÃO) = 3 (limites: 2,5 a 3,5)
%CARBOIDRATOS + LIPÍDEOS X 2,25
O valor de RN está em 4,3. Porém o desejado é entre 2,5 e 3,5.
Examinando com cuidado os resultados da análise, verificamos que os parâmetros obtidos se comparam com os desejados da seguinte maneira:
  DESEJADO OBTIDO ANÁLISE
PROTEÍNA 16,0 A 18,5 % 17,5 % OK
CARBOIDRATOS 40 A 45 % 43,2 % OK
LIPÍDEOS 6,0 A 8,0 % 14,6 % Muito elevado !
Resumindo: Vamos necessitar de uma ração com teor de gorduras muito baixo, e teores de carboidratos e proteínas dentro dos limites acima indicados para o período de reprodução. Assim, oferecendo-a aos canários, junto com mistura de sementes acima, teremos a correção do teor de lipídeos, e conseqüentemente os parâmetros adequados às necessidades de nossos canários naquele momento.
Em caso de dificuldades em se encontrar uma ração com os parâmetros desejados, nos restam dois caminhos: recalcular a mistura de sementes, ou ajustar a ração por adição de elementos (nutrientes) que reduzam ou elevem os teores fora dos limites desejados.
Conclusão
O principal objetivo deste artigo foi mostrar que é importante destinar mais atenção à alimentação de nossos canários. A mistura de sementes escolhida deve ser adequada à ração que utilizaremos. Elas não podem ser tratadas de forma separada, pois são componentes indivisíveis da alimentação das aves.

Memória de Cálculo:
(1) 700 gr / 1000 gr X 16,5 % = 11,6 % Proteína
(2) 80 gr / 1000 gr X 19,6 % = 1,6 % Proteína
(3) 130 gr / 1000 gr X 23,0 % = 3,0 % Proteína
(4) 70 gr / 1000 gr X 11,3 % = 0,8 % Proteína
(5) 20 gr / 1000 gr X 24,2 % = 0,5 % Proteína

DOENÇAS E PREVENÇÕES
PERDA DE VOZ - ROUQUIDÃO
As aves têm um órgão fonador chamado siringe, que é encontrada na bifurcação da traquéia em brônquios primários. Quando a ave tem rouquidão é porque alguma coisa nasce nesse local, impedindo-a de liberar o som com todas as variações. Pode ser uma inflamação por ácaros, por viroses, por bactérias e mycoplasma etc.
Doença ocasionada por vairos motivos, entre eles pela conseqüência de um resfriado forte por exposição da ave a corrente de vento ou comida gelada, alem de fungos suspensos e ambientes muito úmidos e por exposição a ar condicionado.
Os sintomas são: voz fanhosa, perda total da voz, respiração ofegante, chiado na respiração, um intermitente abre-fecha do bico e intensa dificuldade para respirar.
O diagnóstico é a simples observação do canto da ave e notar a evidente diferença para a voz normal.
A profilaxia é não expor o pássaro à corrente de vento, não sair com a ave nos dias em que estiver ventando muito, não permitir que cantem de forma exagerada, notadamente após os torneios, bem como fechar devidamente os vidros do automóvel nas viagens para passeios.
Alem disso, não colocar as gaiolas das aves em contato com paredes úmidas e mofadas, principalmente em banheiros, cozinhas e finalmente nunca manter aves debaixo de ar condicionado.
Como terapia, dependendo da causa, usam-se os remédios homeopáticos Alium-sativa, própolis, antibióticos e quimioterápicos,vitaminas etc.
Quando a doença estiver associada à dificuldade para respirar, ministrar antibiótico à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para a DRC (doença respiratória crônica), mycoplasmose (melhor tratamento é a tilosina). É importante que se façam nebulizações diárias utilizando 4 ml de soro fisiológico e 4 ml de antibiótico à base de tilosina.
Para o ataque de ácaros, as soluções são inseticidas com piretrina e o medicamento ivermectin. Para o ataque de fungos, ministrar fungicida na água por até 15 dias.
Se for um macho muito cantador, é fundamental ainda que se obrigue a ave a parar de cantar colocando-se duas fêmeas frias uma de cada lado da gaiola a uma distância de dez centímetros. A verdade é que, infelizmente, quase sempre não se consegue a cura completa. A voz é prejudicada e a ave fica meio fanhosa para o resto da vida.
PSITACOSE
Doença de ocorrência comum em psitacídeos. Pode ocorres em outros pássaros.
Causa: Chlamydia psittaci
Sintomas: Diarréia esverdeada, sanguinolenta; corrimento nasal e ocular, dispnéia; fígado e baço aumentados com focos de necrose; sacos aéreos espessados.
Tratamento: Uso das tetracilinas.
Prevenção: Evitar a manutenção de psitacídeos próximo ao criatório. Quarentena com novos pássaros.
POLAINAS DE CASCA NOS PÉS E NAS PERNAS
Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e toda a canela das aves, dificultando a articulação, e pode levar à atrofia e à paralisia dos movimentos do pé.
É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave, chega a forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente para evitar-se a gangrana.
Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias.
Na terapia, uma única vez, usar-se como tratamento tópico o seguinte procedimento: colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os pés e as canelas, para amolecer as cascas. Após isso, passar pomada que contenha bastante óleo e friccionar levemente com os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda. Tomar todo o cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se necessário, e passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida.
É importante também que se pulverize periodicamente a ave doente com solução de algum inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés.
Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.

PEVIDE
Pevide: Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.
 
Crosta retirada com auxílio de uma pinça
Causas: A principal causadora é carência de vitamina A.
Sintomas: O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na medida em que vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A remoção da crosta facilitará a alimentação do pássaro.
No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral, uma vez ao dia, durante uma semana.
Há estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para identificação de infestações verminóticas e coccidiose.
Prevenção: Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel
PEITO SECO
Peito seco não é propriamente uma doença, é sim, um sintoma.
A perda de massa corporal indica a incapacidade do organismo para aproveitar os nutrientes ingeridos.
Causas: Várias são as causas possíveis, a mais comum é a coccidiose. Também as verminoses mais significativas poderão levar a perda de massa corporal.
Sintomas: A perda de massa corporal faz com que o osso do peito do pássaro tome a forma de facão (certo exagero). Esse é um sintoma apresentado em um estagio avançado da doença. Um criador atento a seus pássaros perceberá alterações de comportamento, apetite, disposição e volume de ingestão de líquidos muito antes do peito secar.
Tratamento: É altamente indicado um exame de fezes para definir o diagnostico e determinar o tratamento. Na impossibilidade, ministrar um medicamento para coccidiose imediatamente. Manter farinhada com prebióticos e probioticos e complexo vitamínico. Concluído o tratamento da coccidiose. Aguarde uma semana e faça uma vermifugação.
Prevenção: Higiene, equilíbrio da dieta, ministrar probióticos regularmente ao plantel e observar as aves, procurando identificar possíveis problemas sanitários antes que se configure o peito seco.
MYCOPLASMA
Os Mycoplasmas são os menores microorganismos de vida livre, diâmetro variando entre 100 e 300 nanômetros e comumente encontrados tanto em plantas como em animais, inclusive o humano. O Mycoplasma pneumoniae, nos anos 60, chegou ser confundido com os vírus e foi chamado agente Eaton. A extrema pequenez do genoma limita muito a capacidade de biossíntese, o que, explica as difíceis exigências nutricionais para o seu cultivo em laboratório e a necessidade de ter existência parasítica(vivem às custas de outros seres vivos. Sólon, um dos sete grandes pensadores gregos, chamou de parasita o freqüentador assíduo dos banquetes oficiais. É, amigos, puxa-sacos e sócios do erário público existem há muito tempo) ou saprófita (vivem sobre outros seres vivos sem os prejudicar). Dependem, para a sobrevivência, da ligação às células dos hospedeiros para na busca de precursores essenciais como ácidos gordurosos, nucleotídeos, aminoácidos e esteróis.
Por não terem parede celular, sendo contornados somente por três membranas, apresentam como propriedades biológicas mais importantes a resistência aos antibióticos betalactâmicos (antibióticos, como as penicilinas e as cefalosporinas, que possuem na sua fórmula o anel betalactâmico e agem destruindo a parede celular da bactéria. A bacitracina, por agir da mesma maneira, também sofre a resistência dos Mycoplasmas) e grande pleomorfismo (capacidade de apresentarem-se de diversas formas, como cocos, bastonetes e anelar dependendo do meio em que se desenvolvem).
Por não produzirem ácido fólico, também são resistentes às sulfonamidas e à trimetoprima. A ausência da parede também os torna sensíveis a fatores externos: sobrevivem apenas por poucas horas em superfícies secas e durante dois a quatro dias na água e, muito bom para os criadores, são pouco resistentes aos desinfetantes comuns. Têm predileção pela colonização do revestimento mucoso, provocando inflamações crônicas nos tratos respiratório e urogenital e nas articulações (juntas) de várias espécies de animais, inclusive aves e cães. Aí está, amigo Ivan, mais uma causa daqueles passarinhos com as juntinhas inchadas e com dificuldades para pousar no poleiro. Causam desarranjo dos cílios (formações digitiformes que movimentam a camada de muco) das células mucosas e, algumas vezes, a destruição celular. Alguns, como o U. urealyticum, expressam uma protease (enzima) que destrói a imunoglobulina A, um dos fatores de defesa mais importantes da mucosa (membrana que forra os órgãos ocos e as cavidades naturais do organismo, mantida úmida por uma camada de muco).
Pertencem à ordem Mycoplasmatales, da classe Mollicutes. Foram agrupados em três gêneros: 1- Mycoplasma, que necessitam colesterol para o crescimento; 2- Acholeplasma, não necessitam colesterol para crescerem e 3- Ureaplasma, também necessitam do colesterol para o crescimento, além de uréia para o metabolismo energético. Umas quatorze espécies de Mycoplasmas já foram descritas como causadoras de doenças no homem/mulher (vivo perguntando, por que falar somente no homem sempre que queremos nos dirigir aos humanos? Parece um critério machista do homem, querendo ter primazia até nas doenças, sô!). O Mycoplasma orale e o salivavarium até o momento são tidos como reles comensais da cavidade oral; o Mycoplasma pneumoniae, o mais famoso da patota, é uma causa comum de pneumonia em todas as idades humanas. O Ureaplasma urealyticum e o M. hominis (olha aí de novo, por que não também M. mulheris?) em geral vivem assintomáticos no trato geniturinário, mas podem provocar infecções oportunistas em adultos e recém-nascidos. O M. genitalium, o M. fermentans e o M. penetrans podem ser encontrados nos tratos respiratório e geniturinário humano e merecem a atenção.
O básico para a patogenicidade do Mycoplasma é a aderência às células mucosas do hospedeiro, processo multifatorial e complexo responsável pela patogenicidade de muitas outras bactérias. Embora a maioria dos mycoplasmas fixem residência e multipliquem-se na superfície celular, algumas, como o M. fermentans, o M. penetrans e mais raramente o M. pneumoniae, podem localizar-se no interior celular onde ficam protegidos dos antibióticos e dos anticorpos do hospedeiro; aí está a explicação para a cronicidade da doença e a dificuldade de cultura em meios artificiais. Algumas espécies produzem citotoxinas, como as exotoxinas e o H2O2 (peróxido de oxigênio), e polissacarídeos. Nas aves, como em outros animais, existem alguns fatores que facilitam a infecção pelos mycoplasmas: membrana epitelial imatura, ambientais(ar seco e calor), excesso de NH3 e infecções por alguns vírus (paramixovírus, reovírus, adenovírus) e bactérias como a Escherichia coli. Num surto dentro de um aviário podem haver desde pássaros assintomáticos até os quadros mais graves e mortais. Uma importante propriedade do M. hominis é a metabolização do aminoácido arginina com a conseqüente liberação de amônia que é tóxica para as células. O M. pneumoniae e o hominis produzem peróxido de hidrogênio, oxidante potente capaz de lesar as células.    Os Ureaplasmas, que exigem colesteróis para o crescimentos e formam colônias bem pequenas em forma de ovo frito em meio contendo agar, diferentemente dos outros gêneros da classe Mollicutes, têm atividade de urease (enzima) que pode induzir a produção de cálculos urinários e a degradação das imunoglobulinas A secretoras que têm importância vital na defesa da mucosa. Alguns indivíduos infectados com o M. pneumoniae desenvolvem anticorpos reativos contra o cérebro, coração e músculos e auto-anticorpos da classe IgM que aglutinam os eritrócitos humanos a 4 graus centígrados (aglutinação a frigore).
Para a imunidade (defesa) os Mycoplasmas genitais exigem anticorpos específicos, o que, explica o fato da falta de anticorpos maternos, que passam para o feto nos meses finais da gestação, ser a causa do alto risco da doença para os prematuros. Dentro de uma Ordem as diferentes espécies provocam reações cruzadas entre elas, determinadas pela pequena antigenicidade (capacidade de reagir com anticorpos resultantes de uma resposta imunológica) determinada pela ausência de parede celular e por ficarem nos recessos da parede celular pouco acessíveis aos mecanismos de defesa do hospedeiro; essa baixa especificidade leva ao alto número de reações falso positivas em exames laboratoriais.
Os Mycoplasmatales possuem baixa infectividade, exigindo para a disseminação contato próximo entre os indivíduos, sendo as infecções mais comumente encontradas nos locais de maiores densidade populacionais. Os tratos respiratórios e genital são as portas de entrada primárias. Os microorganismos são disseminados pelas excreções das vias respiratórias (como as gotículas eliminadas durante a fala, canto, tosse ou espirros) e pelas gônadas de ambos os sexos. Nas aves, a infecção dos sacos aéreos pode conviver com a do ovário e dos folículos em desenvolvimento. Como pode haver muitos pássaros, inclusive filhotes, contaminados assintomáticos mas capazes de transmitir a doença, a atenção do criador na inspeção do seu plante e para a higiene do ambiente   Nos ninhegos o contato direto é a principal maneira de disseminação. Pais podem contaminar os filhotes alimentando-os com conteúdo contaminado do papo. A transmissão transovariana pode ser importante em alguns criadouros. A fêmea contaminada é capaz de transmitir o microorganismo diretamente a toda à ninhada.   Citam-se também a transmissão pelas penas ou poeira contaminadas. Estresses como o frio corrente de ar e exercícios intensos (como os longos vôos de pombos de competição) podem tornar aparente uma infecção até então inaparente.
No homem, os Mycoplasmas mais importantes são o M. pneumoniae, o Ureaplasma urealyticum e o M. hominis.O Mycoplasma pneumoniae é responsável por aproximadamente 15% das pneumonias nos humanos, sendo causa comum de traqueobronquites e bronquiolites. A adesão às membranas celulares ciliares é mediada pela proteína de adesão P1; a invasão da parede das vias respiratórias no máximo chega à membrana basal. As culturas, como de material colhido da garganta e do catarro, são demoradas e o exame sorológico mais usado para confirmar o diagnóstico é o ELISA (enzyme-linked immunosorbent), exigindo o diagnóstico definitivo a soroconversão em dois exames feitos com intervalos de 2 a 4 semanas. Embora haja controvérsias, podem ser usadas dosagens de IgM e IgG e a fixação do complemento. Sempre que for confirmada a presença de um caso na comunidade será muito provável a existência de outros. Os anticorpos encontrados no ELISA e na fixação do complemento apresentam reação cruzada com outros antígenos, principalmente de outros Mycoplamas, o que requer muito cuidado na avaliação.
O Ureaplasma urealyticum, com 14 sorotipos, e o Mycoplasma hominis, com sete sorotipos, são os chamados Mycoplasmas genitais, podendo ser isolados no trato urogenital baixo de mulheres e na urina, no sêmen e na uretra distal de homens assintomáticos. Provocam inflamação crônica do trato geniturinário e das membranas amnióticas (membranas que se desenvolvem em torno do embrião dos vertebrados superiores e formam o saco amniótico). Fazem parte do grupo das DST (doenças sexualmente transmissíveis). O M. hominis é uma das causas da doença inflamatória pélvica, inclusive a salpingite (inflamação da tuba uterina por onde passa o óvulo) que pode levar à infertilidade. Mycolasmas em aves. Muitas espécies de aves podem ser contaminadas pelos Mycoplasmas, inclusive os pássaros ditos de gaiola (cage birds). Embora possa atingir a ave em qualquer idade, a incidência é maior entre os filhotes.
Os Mycoplasmas mais comumente encontrados nas grandes criações de aves domésticas são o Mycoplasma gallisepticum, que provocam lacrimejamento, catarro nasal, problemas respiratórios com tosse e inchaço dos seios infraorbitários pela sinusite, saculite, queda na produção de ovos e septicemia secundária pela Escherichia coli (coisa ruim nunca vem sozinha); o Mycoplasma synoviae, que se manifesta por diarréia esverdeada, inchaços das almofadas das patas e nas articulações dos membros anteriores (asas) e posteriores (patas) que levam a ave a movimentar-se muito pouco. Nas articulações o quadro típico é o de sinovite (inflamação da membrana sinovial, revestimento interno da cápsula articular), principalmente dos tendões (tenossinovite), como acontece comumente nos jarretes. A bursite (inflamação da bursa, bolsa contendo líquido situada em locais de atrito mais forte) do osso esternal pode a piorar a respiração e Mycoplasma meleagridis, manifestado por queda da fertilidade, mortalidade de filhotes, deformidades de membros e pescoço, sinais respiratórios de média intensidade, catarro nasal, inflamação e inchação dos seios infra-orbitários (sinusite) e grande predominância entre os perus.
O Mycoplasma iowae está também entre os mais encontrados, provocando mortalidade embrionária e queda na fecundidade dos ovos A incubação varia com a espécie de ave e do Mycoplasma, girando em torno de 6 até 21 dias. A mortalidade pode ser alta, podendo chegar a 90% entre os filhotes de faisões. A doença dissemina-se lentamente e os olhos do criador devem estar atentos para os primeiros sinais como o pestanejar freqüente e a arranhadura das pálpebras. Aos poucos o estado geral vai se deteriorando, as pálpebras incham-se, a ave torna-se incomodada com a luz (fotofobia) e os olhos ficam encatarrados. Pode haver letargia, ficando a ave indiferente ao meio ambiente, inapetente e sonolenta, chocalhando a cabeça para remover secreção nasal grossa. Aos poucos vai perdendo peso. À inflamação da pálpebra (blefarite) ou da conjuntiva (conjuntivite) pode seguir inflamação da córnea (ceratite) que, nos casos mais sérios, pode levar à cegueira e morte por caquexia pela ave não ter condições de achar ou movimentar-se até o alimento. Muito característico é o aumento, às vezes gigantesco, com pouca ou nenhuma secreção, dos seios infraorbitários.
O pássaro fica dispneico (falta de ar), principalmente quando está excitado, e respira com o bico aberto. Podem ser ouvidos sons respiratórios murmurejantes (putz!). Algumas espécies de Mycoplasma e Acholeplasma podem ocasionar alta mortalidade embrionária. Em algumas espécies de aves, como gansos domésticos, pode haver infecção com necrose do falo, infecção da cloaca (cloacite), saculite (infecção dos sacos aéreos), orquite (infecção do testículo) e peritonite (inflamação do peritônio, membrana serosa que reveste internamente as cavidades abdominal e pélvica e externamente as vísceras nelas contidas) determinados pelo M. cloacale e, mais raramente, pelo M. anseris; nos criadouros atingidos pode haver altas incidências de ovos não férteis e mortalidade embrionária. O A. axanthum pode ser isolado de fezes e de secreções das vias respiratórias de aves de criadouro com mortalidade embrionária acima de 50%; nesses criadouros podem haver muitos casos de salpingite e saculite. As rinites, sinusites, conjuntivites e traqueites apresentam-se com secreção grossa gelatinosa.
Muitas vezes os Mycoplasmas lesam as mucosas e preparam o terreno para infecções secundárias por bactérias como a Escherichia coli, vírus e fungos. A infecção pode ficar endêmica num criadouro com pequenas evidências da sua presença como sinais respiratórios vagos, lacrimejamento, sinusite ou debilidade. Somente após contaminar um grande número de aves, ou nas situações estressantes, torna-se aparente. Aí está uma aspecto muito sério do problema e que deve ser sempre levado em conta par todo criador consciente.
Os Mycoplasmas estão entre os agentes que mais comumente provocam morte embrionária, conhecida pelos criadores como anel de sangue (blood-ring) ou morte dentro da casca. Chegam ao ovo pelo oviduto ou pelo sêmen de machos infectados. Os antibióticos mais usados nas aves são a enrofloxacina, tilmicosin, tetraciclinas, tylosin, tylamutin e lincospectin, os quais, somente devem ser usado por indicação do veterinário. Geralmente os antibióticos são usados na água de beber, nos alimentos e, muito interessante, injetado nos ovos (Tylosin ou a combinação de lincomicina e espectinomicina injetados nas câmaras aéreas); há quem banhe os ovos em soluções contendo antibióticos. Vi descrito que a elevação da temperatura em uma incubadora (forced-air incubator) até 46 graus centígrados por 12 a 14 horas é efetiva, mas pode diminuir em 8 a 12% a fertilidade dos ovos; não me perguntem se surte efeito porque não aconselho e não gosto de ovo cozido.
Se o tratamento é área de atuação do veterinário, o papel do criador na profilaxia é essencial:
- A manutenção higiênica do prédio onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando o acúmulo de dejetos e restos alimentares. As excreções do hospedeiro protegem os parasitas da ação dos desinfetantes e devem ser removidas ante do uso dos mesmos. Ter um jogo de mangueira, pazinha de limpeza, baldes, botas, vassouras, rodos, cestos de lixo, etc. somente para dentro do criatório. Se existirem mais de um ambiente, um jogo para cada um. Verão que vale a pena o investimento.
O uso de detergentes e outros produtos de limpeza bactericidas deve ser feito com orientação técnica. Aqui não cabem improvisações. Ainda advogo o uso de vassouras de fogo tendo, é lógico, cuidado para não colocar fogo no prédio e nos pássaros. Sempre usei esse procedimento no canil e é tiro e queda. Nunca houve problemas com parasitas externos e, de quebra, elimino alguns parasitas internos que teimam em viver algum tempo fora do organismo. É método de fácil execução, rápido e não tem ação residual como os produtos químicos.
Com técnica adequada não danificará paredes, desde que não se fique com o fogo muito tempo num só lugar como estivesse assando um churrasquinho, e, creio, poderá ser usada nas gaiolas de arame vazias. Tendo-se o cuidado de tirar os pássaros do ambiente, isolando-se as partes combustíveis das instalações, evitando-se a presença de líquidos inflamáveis, etc., o método é seguro. Aconselho procurar informações com alguém que já tenha alguma experiência para não cometer erros de principiante. Lavar, se possível de maneira individualizada, os utensílios também com água filtrada. Se for possível, pelo menos uma vez por mês, ferver os utensílios resistentes à fervura, principalmente as grades e as bandejas do fundo da gaiola. Se for organizada uma rotina, mesmo nos criatórios maiores as atividades profiláticas serão relativamente fáceis.
- Tratar as fêmeas contaminadas por Mycoplasma é essencialíssimo porque podem infectar verticalmente os filhotes.
- Tratar os machos galadores infectados, pois, por ser comum usá-los com várias fêmeas (poligamia), poderão contaminar, através do sêmen, o plantel numa proporção geométrica. E criam uma cadeia de infectividade progressiva: macho – fêmea – embriões ou ninhegos. Cuidado com os machos que vão a torneios ou a outros criatórios para coberturas.
- Manter em observação e isolados todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai contaminados. Os gaiolões com muitos filhotes funcionariam como creches ampliando a disseminação da bactéria. A superpopulação é um fator poderoso na transmissão e manutenção dos Mycoplasmas dentro de um criadouro. Deve ser evitada a chamada China alada.
- Não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os casos em que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado. E a infecção pelo Mycoplasma não é um deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da bactéria, um problema para a sua própria família e para os seus pássaros. Cepas resistentes de uma bactéria que se propaga facilmente num canaril são pragas de sogra (só um xiste, porque a minha era ótima).
- Cuidado especial com pássaros trazidos de fora do canaril, mesmo que seja somente para uma galadinha. Fazer quarentena nem sempre é praticável. Se o galador vier de canaril que mantenha boas condições higiênicas tudo fica mais fácil. Seria ótimo os donos dos bons pássaros galadores manterem os pássaros em ótimas condições de higiene física, social e até mental, pois, eles podem representar um boa fonte de renda para abater nas despesas do criatório.
- Com as aves vindas de outros criadouros a quarentena é obrigatória, a não ser que venham de criatório que mantenha rígidas condições de controle sanitário do plantel. Creio que a quarentena de três semanas seja suficiente para a maioria das doenças infecciosas. Não trazer o pássaro em gaiolas do criatório de onde o adquiriu. Manter o pássaro entrante fora das instalações que albergam o plantel. O ideal seria uma pessoa para cuidar somente dele e que não tivesse acesso ao criatório. Se não, usar luvas ou lavar rigorosamente as mãos, com água e sabão, após o trato e cuidados com os utensílios da ave em quarentena. Todos os utensílios, produtos alimentares, vassouras, pazinhas, cestos de lixo, etc. devem ser mantidos separadamente dos usados para o plantel. Ponto de água para lavar os utensílios separados. Muito cuidado com os excrementos. A quarentena deve ser para valer ou nem vale a pena ser feita.
Apesar de a transmissão ser através das secreções das vias respiratórias e genitais, condições anatômicas das aves, como a presença da cloaca que pode permitir contaminação das fezes e urina por parasitas existentes nas secreções genitais, deve-se ter alguns cuidados comuns no controle de parasitas, como as enterobactérias, que são transmitidas pela via fecal-oral. Esses cuidados tomam dimensão ainda maior se levarmos em conta que essas bactérias, principalmente a Escherichia coli, estão entre os parasitas capazes de agravar uma infecção pelos Mycoplasmas.:
- Lavar rigorosamente as mãos com água e sabão, sabão mesmo, esfregando as unhas com uma escovinha antes de manusear as frutas, as hortaliças e a água que serão fornecidos aos pássaros. As mãos devem ser lavadas, sempre com água e sabão, antes e depois de manusear pássaros ou os utensílios.
- Lavar rigorosamente, com água e sabão, frutas e as hortaliças que serão dadas aos pássaros e enxágua-las muito bem. Podem ser deixadas por alguns minutos em solução de água e vinagre ou de hipoclorito de sódio, não se esquecendo de enxaguar copiosamente antes de dá-las aos pássaros. Pela simplicidade creio que o lavar as mãos, as frutas e as hortaliças já será uma grande ajuda no controle desses parasitas.
- Oferecer aos pássaros somente água, no mínimo, filtrada. A água fervida seria mais seguro, desde que seja mantida no fogo pelos menos durante 20 minutos após levantar a fervura. Os mesmo cuidados devem ser tomados com a água para os banhos dos pássaros. Esfregar bem os bebedouros para remover o biofilme líquido que fica na superfície e que pode albergar muitas bactérias. O ideal seria ter jogos de dois bebedouros para intercalá-los diariamente, possibilitando a secagem completa de um dia para o outro do que não estiver sendo utilizado.
- Muito cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado diariamente. O costume de colocar várias camadas de papel não é bom, pois, o filtrado da parte líquida fecal pode levar os parasitas para a folha de baixo (lembrar que estamos lidando com seres microscópicos). Deve ser usada uma folha de papel e a bandeja deve ser limpa diariamente e colocada ao sol (para isso, seria bom ter, pelo menos, duas bandejas por gaiola). Individualizar as bandejas para evitar usar bandeja usada em gaiola de pássaro contaminado em a gaiola de pássaro não contaminado, criando, assim, condições para disseminação da infecção pelo criatório. Se você usa areia na bandeja, tenha muito cuidado, pois, se não houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para manutenção dos parasitas.
- Muito cuidado com as gaiolas usadas para manter os machos ou levá-los aos torneios. Como ficam a maior parte do tempo fora do criatório, têm maiores possibilidades de ser depósitos de parasitas. São feitas de madeira, com muitos detalhes e têm muitas saliências e reentrâncias que facilitam a vida dos parasitas e dificultam higienizá-las. E, na maioria das vezes, não possuem grade separando a bandeja dos pássaros como acontece com as gaiolas de criação. Creio que, num futuro próximo, poderão ser substituídas por gaiolas feitas somente de arame.
- As vasilhas contendo sementes, farinhadas, minerais e água devem ser colocadas de modo a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios dos pássaros. Inspecioná-las diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e higienizá-las.
idado com os poleiros. Devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a contaminação será fácil.
- Levar água filtrada e/ou fervida quando for a torneios, evitando dar ao pássaro água da torneira sem as condições higiênicas seguidas no criatório. Se esquecer, é preferível dar água de garrafa tipo natural. Nem para o banho deve ser usada água do local dos torneios.
- Cuidado com a água do banho dos pássaros. Deve ser, pelo menos, filtrada e, sempre que possível, fervida. Tirar a vasilha logo que o pássaro terminar o banho.
- Algumas vezes os parasitas podem ser trazidos para o criatório pelas patas de pássaros, como os pardais, ou das moscas. Telar as janelas, portas e as aberturas para a ventilação é medida heróica. Não deixar lixo ou restos de comida expostos é essencial porque eles atraem pássaros, moscas e predadores, inclusive ratos. Muitas plantas também são atrativas para os pássaros soltos visitarem o criadouro. - E sol, amigos, pois, onde entra o sol não entra o médico, ou o veterinário, como dizia minha avó. Locais escuros, muito quentes e úmidos jogam para os bandidos.
- As medidas profiláticas são econômicas e, tornadas rotinas, de fácil execução.
MUDA FRANCESA
Causas: Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à hereditariedade.
Sintomas: Algumas penas tomam aspecto retorcido e desalinhado. Podem tornar-se quebradiças.
Tratamento: Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena deformada com uma tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar as penas.
Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.
GIARDIA
Cuidados e prevenção
A giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo grupo dos coccídeos, tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção.
A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diversa da que parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser humano, nem a lamblia parasita as aves.
A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos de giárdia encontrados na água e nos alimentos. Os cistos é uma forma de resistência do protozoário, que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água.
A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das aves contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado, principalmente o duodeno, onde se reproduz por divisão binária.
No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo sem causar sintomatologia, nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático, quando apesar de estiver sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto).
O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes também podem ser contaminados. Na literatura norte-americana não encontramos relatos de giárdia em canários (serinus) e fringilídeos. Em nosso meio não foram encontradas informações estatísticas a esse respeito.
um é a diarréia.
Alterações cutâneas também podem surgir como pele seca, prurido e arrancamento de penas. Pode ainda afetar os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte.
As fezes podem ter aspecto mucóide e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até um quadro de má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e nutrientes pelas fezes, ocasionando um quadro de letargia e desnutrição.
O diagnóstico de certeza é feito com o encontro doas cistos e trofozoítos (forma adulta habitante do intestino). Contudo algumas dificuldades surgem, pois a eliminação dessas formas pelas fezes é inconstante. O ideal é a realização de exames de fezes seriados a fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação).
Um único exame negativo não afasta a possibilidade de contaminação.
Na impossibilidade do exame a fresco a conservação das fezes em formalina 10% (5% segundo alguns autores) é recomendada, pois a giárdia na forma trofozoítica é frágil e desintegra-se facilmente. Preservar os trofozoítos é importante, pois aumenta a chance de diagnóstico, que estariam reduzidas se a procura for feita apenas pelos cistos. A ave contaminada não elimina o protozoário em todas as evacuações.
Um método utilizado pelos laboratórios com o intuito de facilitar a identificação dos cistos é o uso da solução de sulfato de zinco, que é facilmente preparada e faz com que os cistos flutuem se separem das fezes e possam ser mais facilmente identificados com o uso do microscópio.
O tratamento mais é feito com metronidazol por um período de 5 a 10 dias. No entanto há muitos relatos de resistência a esse medicamento. O mais indicado seria a administração da dose diária diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a sua eficácia. Outra opção terapêutica é o febendazol, que tem o inconveniente de ser mais tóxico, podendo ocasionar alterações na plumagem e até a morte da ave. Temos ainda o relato do uso da paromomicina, um antibiótico aminoglicosídeo com ação antiprotozoário e o dimetridazol, que apesar de eficaz tem vários efeitos tóxicos.
Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato com o indivíduo infestado.
A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação, pode se tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas vezes é necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Em algumas aves nunca estarão completamente curadas da giardíase.
Como a forma de propagação é pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes, todo esforço para se prevenir que isso ocorra será de grande valia.
O fundo da gaiola deve ser protegido por grade removível e os alimentos e a água devem estar fora do alcance dos dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola. Devemos impedir que aves silvestres adentrem no criatório, pois podem ser reservatórios da giárdia. Outro cuidado é a quarentena e exame de fezes das novas aves adquiridas pelo aviário.
Desinfetante a base de amônia quaternária e cloro a 10 % são efetivos na inativação dos cistos.
A grande verdade é que aves que são mantidas em ambientes saudáveis, com alimentação e água adequadas estão sendo submetidas à melhor profilaxia de doenças infecciosas e parasitárias que existe.
Concluindo: Ave que não come fezes não terá parasitose intestinal. 
FRATURAS
Quando ocorre de a ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e colocar água e comida a disposição da ave. Será necessário encanar o osso com gesso dissolvido em água ou álcool, que levará mais ou menos um mês para colar. Se for a perna que quebrou, pegue um canudinho de refresco cortado ao meio, coloque as duas partes na perna e passe o gesso, deixando uns 45 dias, após retire o gesso. Se for a asa que quebrou, será necessário cortar todas as penas da asa, dependendo da fratura, tente encaná-la com gesso. Caso não consiga, o melhor e mais correto é levar a ave a um veterinário, que esta mais acostumado a fazer estes serviços.
Ministrar um anti-infamatório.
DIARRÉIAS
Causas: Má alimentação, alimentos azedos, deteriorados e água suja.
Sintomas: Fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, ânus inflamado.
Tratamento: Corte as penas do traseiro com cuidado e lave a região com água morna, após enxugue. Administrar Neo Sulmetina SM.
Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.
Prevenção: Dieta equilibrada e qualidade nos alimentos.
CORIZA
Causas: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme (forma lenta). As duas vêm associadas. Bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal alimentadas, falta de vitamina C.
Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas.Com a evolução da doença, as narinas ficam completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave pode perder a visão.
Tratamento: Limpar as narinas com cotonete impregnado em solução de permanganato de potássio, com 1./1.000. Aviarium ou Terramicina na água de beber, vitaminas.
COLIBACILOSE
Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada como flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves são específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero . As formas não patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através das fezes. A bactéria muitas vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de alguma queda de resistência ou estado de estresse, principalmente o de fungos. Seus locais de ação são: pulmão - sacos aéreos - coração, fígado, ovários, oviduto, saco da gema do embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz umbilical dos adultos), peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias. É uma doença gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco. Se quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo.
Os sintomas são, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte súbita, crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade, baixa fertilidade das fêmeas, febre, espirros, sede intensa e morte ao final do quinto dia.
O diagnóstico se faz com exames laboratoriais de aves mortas.
A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, de muita umidade e com o isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos: cloranfenicol, tetraciclina e eritromicina, bem como sulfas e outros, todavia é melhor fazer o antibiograma porque esta bactéria tem se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.
COLERA AVIÁRIA
Doença infecciosa provocada pela bactéria Pausterella avium, ataca com média freqüência os bicudos e curiós. Acontece com a ingestão de alimentos contaminados, contatos com outros pássaros doentes e pela respiração da respectiva bactéria em locais com pouca circulação de ar.
Os sintomas são: nos casos mais graves, morte súbita quase sem explicação; nos casos mais brandos, os pássaros aparecem com abatimento, sonolência,bico semi-aberto, com ocorrência de muco bucal, fezes brancas, com algum sinal de sangue e morte, precedida de convulsão ao final do quinto dia.
A profilaxia consiste em muita higiene, cremar os cadáveres e fazer quarentena de 21 dias nas novas aquisições. Locais arejados para as gaiolas ajudam muito.
O diagnóstico exato só pode ser feito em exames laboratoriais para detecção da bactéria. Como terapia usam-se os antibióticos cloranfenicol e tetraciclina, como também as sulfas.
COCCIDIOSE
O melhor tratamento para a coccidiose é o preventivo, já que esta doença é altamente contagiosa e pode causar grandes prejuízos se houver disseminação no criadouro. A higiene é essencial para evitar esse mal. A desinfecção permanente das instalações é fundamental para dificultar a infestação dos protozoários. Umidade e calor até por volta de quarenta graus centígrados fazem parceria para o aparecimento da coccidiose. Nesse tipo de ambiente os parasitas encontram meio adequado para a proliferação.
Uma vez expelidos pelas aves através das fezes contaminadas, se espalham pelas gaiolas ou viveiros e tão logo são ingeridos pelos pássaros no meio da comida, desencadeiam a enfermidade que, na maioria dos casos, leva à morte, porque causa lesões sérias no intestino, mas já foram detectadas em outros órgãos. É praticamente impossível acabar com a doença em criadouros; o que se pode fazer é provocar a imunidade natural nos pássaros através de um trabalho bem cuidadoso.
Em locais propícios, o oocisto (pequenos ovos do protozoário) sobrevive por quase três meses e para cada oocisto ingerido pela ave podemos obter quase um milhão de outros oocistos. Por isso é que sem tratamento e cuidados preventivos é quase impossível se obter sucesso na criação de pássaros. Todo pássaro teve a doença não deve tê-la eliminado totalmente de seu intestino, podendo ter novo surto por um aumento indiscriminado do parasita em virtude de queda de resistência . As coccídias não são da flora microbiana intestinal. Essa afecção, que é provocada por seres muito pequenos, pode ser de dois grupos: eiméria e isospora, sendo que o primeiro atinge somente o intestino e o segundo, mais específico para passeriformes , inclusive bicudos e curiós, podem atingir outros órgãos. As instalações devem ser mantidas o mais limpas possível. O ideal é um piso telado, onde as fezes caiam para fora do viveiro, impossibilitando a ingestão de oocistos ou também fundos de gaiolas forrados de papel absorvente (tipo jornal), que serão retirados diariamente.
O sintoma mais evidente é o aparecimento da diarréia. As fezes sujam a cloaca, podem ter aspecto gelatinoso ou conter alimentos mal digeridos. Nem sempre são espalhadas ao atingirem o fundo, devido à quantidade de muco que solta o intestino, mantendo o seu formato. Sua coloração vai desde o amarelado até cor de borra de café, quando contém sangue digerido.
A ave fica embolada, podendo se alimentar ou ter um excesso de apetite, na grande maioria, devido à má absorção de nutrientes causada pelo parasita. Fica no cocho quase o dia inteiro e não se nutre, esse é um dos maiores sintomas. Com a ajuda de um veterinário, pode-se confirmar a existência da doença através das fezes examinadas em um microscópio.
Existem vários tipos de coccídias, cerca de trinta espécies somente dos passeriformes. São, na sua maioria, espécies de isospora. As espécies que atacam de galinha não acometem os pássaros, por isso vacinas desenvolvidas para elas não dão resultado para bicudos e curiós.
Os criadores de pássaros devem ter sempre em mente a prevenção, quando ainda não tiver sido detectada doença em sua criação, pois , quando ocorre o mal é muito difícil determinar a causa. O controle, quando já tiver tido surto de coccidiose, é fundamental para o sucesso da empreita. A eliminação total é impossível, devido à resistência do protozoário a todos os tipos de desinfetantes, exceto calor contínuo (água fervente, vassoura de fogo ou estufas de esterilização ). Se mantivermos baixa a infestação de nossas aves, elas se tornarão imunes e transmitirão tal imunidade para os filhotes.
Algumas medicações devem ser usadas para emergências e outras para prevenção. O jeito é prevenir para não precisar remediar. Primeiro com a higiene e desinfeção periódica das instalações e depois com doses preventivas de medicamentos coccidiostáticos. Devem ser ministradas doses precisas, de forma que os pássaros vão aos poucos adquirindo imunidade contra a doença. Doses erradas de medicação causarão toxicidade (doses altas) e resistência da coccídia ao medicamento (doses baixas). Logo a seguir , é importante que se ministre polivitamínico rico em vitamina A.
A transmissão é sempre através da ingestão de fezes contaminadas, depositadas no fundo da instalação, nos poleiros sujos, nas paredes onde a gaiola está encostada etc. Gaiolas e viveiros com os fundos telados muito contribuem na profilaxia. A contaminação também é provocada por moscas que transportam os oocistos de um lugar infectado para outro.
O bom seria a desinfeção com cal virgem, lança chamas ou estufa de calor a 150 graus Celsius para as gaiolas e apetrechos , tomando-se as devidas precauções na adoção desses procedimentos.
O tratamento curativo é feito com remédios à base de sulfa, nitrofuranos, ionóforos e outros. Está se usando ultimamente um produto muito eficaz contendo metilclorpindolo e vitaminas. A medicação é sempre repetida após 15 a 20 dias da primeira, contudo o tratamento costuma resolver bem quando se percebe a doença em sua fase inicial. Para se obter sucesso, tem-se também que desinfetar a gaiola contaminada a cada 3 dias, se possível com fogo, e desencostá-la da parede para evitar nova infestação.
CALOSIDADE NOS PÉS
Doença muito comum, notadamente nos bicudos. É oriunda da falta de cuidado com os poleiros, bem como da observação adequada do crescimento exagerado das unhas.
Com o passar do tempo, se o poleiro não é limpo e desinfectado, torna-se ensebado e escorregadio, envolto em uma crosta de excrementos e restos de comida. Chega a brilhar de tanta sujeira e gordura.
Assim, o pássaro em pouco tempo estará propenso a adquirir uma atrofia nos pés que mais tarde poderá se transformar em calo. Doença das mais graves e incômodas. Porta de entrada para uma série de infecções que pode levar a ave à morte.
A profilaxia deve ser:
limpara sistematicamente todos os materiais existentes na gaiola;
aparar periodicamente as unhas
não deixar que se entortem com poleiros muito grossos.
Como terapia, se limpa os pés com água morna, passando-se pomada à base de glicerina para lubrificar, podendo até ter enxofre. Cortam-se as unhas e coloca-se um calicida no olho do calo. Isso tudo uma única vez para não provocar estresse. Em seguida, colocam-se poleiros tipo convexos durante 30 dias, descansando 8 dias, para colocá-lo de novo por mais 30 dias. É bom que se usem também poleiros de material macio, tipo do talo de buriti Mauritia-vinifera.
BRONQUEÍTE E TRANQUEÍTE
Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado, bruscas mudanças de temperaturas.
Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave não canta e fica agitada.
Tratamento: Separar o pássaro, colocando-o em uma temperatura de 30C. Avitrin Antibiótico, Norkill, Enro Flec 10 ou Linko Spectin na água de beber. 
ASPERGILOSE E MICOTOXICOSE
Os fungos são os maiores inimigos da criação. É uma doença de elevada mortalidade, talvez a que mais mata filhotes do terceiro ao 12 dias de vida, provocada pelos fungos Aapergillus fumigatus, Aspergillus flavus e Aspergillus glaucus. Os sintomas são: diarréia meio esverdeada, sede intensa, abatimento, tosse, febre, inapetência, crise de respiração com catarro, o pássaro fica abrindo e fechando o bico e expulsando catarro do nariz. Manifestações diarréias crônicas de cor amarelada também são comuns.
O grande problema ainda é que ela nos filhotes quase sempre vem associada a outra doença, notadamente a colibacilose e mycoplasmose. O diagnóstico pode ser feito através de microscópio, examinando a secreção catarral ou um esfregaço das vias respiratórias.
A profilaxia de um modo geral é não se ministrar aos pássaros comidas úmidas, mofadas ou vencidas. Não mantê-los em ambientes úmidos e mal ventilados. A umidade nas gaiolas e no ambiente são as principais causas dessa doença. Os esporos (sementes de fungos) ficam no ar, à espera de algum ambiente úmido para ali formar uma colônia de fungos.
É muito difícil conseguir a cura. Existe terapia específica, porém não consegue atingir eficientemente o tipo de lesão granulomatosa formada na ave em diferentes órgãos. Existe medicamento fungicida natural, extraído de vegetais e também o proprionato de cálcio, administrado misturado às sementes à base de um grama por quilo, para impedir o desenvolvimento desse fungo e conseqüentemente formação de suas micotoxinas, principal causadora de moléstias.
Podemos até terminar com os fungos, aquecendo no forno as sementes, todavia as micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes ao calor e tem um caráter acumulativo, isto é, cada vez que a ave ingere a micotoxina ela é depositada no seu organismo, não sendo eliminada facilmente.
As micotoxinas causam mortalidade em adultos e filhotes, baixa fertilidade, queda de resistência à doenças por atingir órgãos imunes etc. Interessante fazer periodicamente a fumigação ou seja retirar os pássaros do criatório e através de um fungicida em fumaça seja retirar os pássaros do criadouro e através de um fungicida em fumaça utilizado em granja de frangos para exterminar os fungos do ambiente.
ASMA
Causas: Sternostoma tracheacolum. Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas sujas, mudanças no clima e má ventilação do criadouro.
Sintomas: Respiração difícil acesso asmático freqüente e ofegante. Em casos muito graves imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos. Evolui rapidamente para sua forma crônica se não for tratada adequadamente.
Tratamento: Eliminar imediatamente frio, vento, poeira, úmidade. Colocar a ave em gaiola com temperatura de 30C. Se o pássaro apresentar crises agudas, na hora da crise administrar gotas de adrenalina a 1./10.000. Manter a gaiola coberta e fazer uso de um inalador com solução de Tylan apresenta ótimos resultados. O tratamento com R-Trill vem possibilitando bom resultado em muitos casos.
Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças bruscas de temperatura.
ACARÍASE RESPIRATÓRIA
Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias respiratórias. A transmissão normalmente se dá nas exposições, torneios e na introdução de novas aves no criatório. Pode ser transmitida por pássaros livres que tenham acesso ao criatório. É comum a aproximação de pardais quando as gaiolas estão fora para treinamento ou banhos de sol.
Sintomas: Respiração penosa, curta, com o pássaro abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Isolar imediatamente o pássaro apresentando esses sintomas. Ministrar G-Trox ou Ivomecpour-on em todo o plantel em duas doses com intervalo de 15 dias. Desinfetar todo o criatório, preferencialmente pintando as paredes com cal virgem. Aplicar Front-Line Spray na dose de 2 gotas no dorso das aves, repetindo a dose 7 dias e 15 dias após a primeira dose, apresenta bom resultado..
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen
Canto e Fibra (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Evitar expor os pássaros a riscos de contágio. Colocar em quarentena todo o pássaro que participar de uma exposição ou torneio.
ÁCAROS VERMELHOS
Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Estes parasitas causam grandes problemas na reprodução. Chamados piolhos vermelhos por serem hematófagos e apresentarem côr vermelha quando cheios de sangue. São comumente encontrados em pombos e galinhas podem ter sua presença despercebida por um longo período no criatório. É um parasita noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos "contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.
A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite
Sintomas: Estes ácaros, durante o dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das portas e buracos na parede ou teto. Durante o dia, principalmente nos banhos de sol, não são observados e os pássaros ficam tranqüilos. Ataca as aves á noite. Durante a noite os pássaros ficam agitados e não param de se bicar tentando se livrar dos parasitas.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray . Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Tratar com G-TROX ou aplicar Ivomec Pour-on na dose de 1 gota no dorso das aves apresenta bom resultado. Desinfetar o criatório.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
ÁCAROS DE TRAQUÉIA
Os Acáros de Traquéia(S.Tracheacolum) são pequenos parasitas, especialmente das vias respiratórias superiores, que podem ser vistos até mesmo à olho nu ou com auxílio de uma lupa. Irritam a mucosa das àreas que atacam tais como: traquéia, pulmões, sacos aéreos, chegando mesmo à atingir os ossos pneumáticos. Eles ao atacarem essas àreas nas quais se instalam, produzem lesões pois, alimentam-se de sangue(HEMATÓFAGOS), causando patologias por si só e abrindo caminho para infecções por bactérias, vírus, fungos e mycoplasmas oportunistas. Quando da incidência desse problema deve-se melhorar o sistema de ventilação pois, com uma melhor ventilação, melhoramos a aeração e circulação de ar eliminando partículas em suspensão no ar do criadouro. Os ácaros em um criadouro podem ser trazidos por aves novas introduzidas¹ e que não tenham sido submetidas à quarentena em ambiente separado do criadouro ou por correntes de ar mal distribuídas ou podem existir naturalmente no ambiente, onde alimentam-se de detritos e de maneira oportunista, podem infectar as aves. Um excesso de população também pode levar à problemas de má qualidade do ar pois, aumenta a quantidade de partículas em suspensão no ar do criadouro. Uma forma de tratamento é o uso da Ivermectina(Ivomec® ) e outro método é o uso de inseticida aerosol à base de piretrinas, tipo SPB® . O inseticida deve ser desse tipo pois, é menos tóxico. O método é simples, coloca-se a(s) ave(s) em uma gaiola, cobre-se a gaiola e aplica-se um ou dois jatos do inseticida dentro da gaiola para que a(s) ave(s) inalem o produto durante uns cinco minutos. Esse método mostra-se eficiente, especialmente como tratamento de emergência em aves já parasitadas por ácaros.
Os principais sintomas são:
Dificuldade respiratória.
Tosse e a ave emite sons como gemidos, dando a impressão que está engasgada.
A ave perde a voz.
A ave abre muito o bico e o limpa constantemente no puleiro.
Em casos de infestação extrema pode ocorrer a morte da ave por asfixia mecânica.

As formas de se evitar esse tipo de "inimigo" da saúde nossas aves são:
Um bom manejo higiênico do criadouro.
Quarentena de novas aves.
Aplicação de produto preventivo como, por exemplo, a Ivermectina, que combate não só o ácaro de traquéia, mas, também outros endo e ectoparasitas. Boa ventilação e renovação do ar, mas, sem correntes de ar passando diretamente pelas gaiolas, pois, essas correntes podem carrear ácaros e outros agentes infectantes.
Isolamento de aves infestadas do ambiente do criadouro, aliás, para qualquer patologia deve-se retirar o indivíduo do criadouro.
Eliminação das aves mortas, de preferência incinerando-as.
É possível que a água de bebida seja uma fonte de infestação, portanto, temos que ter cuidado com a higiene dos bebedouros.

Minha experiência com Ácaros de Traquéia
Vou descrever a experiência mais recente acontecida no Criadouro de Canários de um amigo. Algumas aves começaram a tossir e agirem como se estivessem engasgadas. Passados alguns dias 06 aves morreram. Ele ligou relatando-me o fato e como não podia, naquele momento, ir até o seu criadouro, o aconselhei á levar 02 aves que apresentavam os mesmos sintomas a um veterinário, nosso conhecido, que tem especialidade em aves. O diagnóstico² foi ácaro de traquéia. O tratamento recomendado foi o uso do SBP®, como descrito acima. Agora estamos fazendo também uma nova aplicação da Ivermectina³, fazendo a aplicação, repousando 15 dias e repetindo a aplicação. Os grandes vilões nesse caso foram encontrados:
1 - Excesso de aves no criatório.
2 - Má ventilação.
Esses problemas são facilmente resolvidos com a diminuição da população de aves no criadouro (ou aumento do criadouro em si para comportar a população requerida) e com uma melhoria da circulação do ar.
Conclusão
Devemos ter cuidado com o manejo e sanidade de nossos plantéis e criadouros pois, descuidos e falta de atenção para detalhes como: a correta ventilação, higiene, quarentena ,etc.; podem ser o diferencial entre o fracasso e o sucesso na criação. Devemos sempre procurar orientação profissional, pois, teremos maior precisão no diagnóstico e no tratamento, conseguindo assim, melhores resultados e eliminando os agentes causadores das anormalidades e patologias.
Notas:
1 - Além dos passeriformes também afetam outras espécies como pinzones, agapornis e outros psitacídeos. Não é recomendável ter várias espécies em um mesmo ambiente se pretendemos realizar uma quarentena rigorosa.
2 - Seria interessante também realizar um diagnóstico diferencial para o Syngamus trachea(verme vermelho de traquéia), para ter-se precisão no tratamento. Se bem que o tipo de tratamento é o mesmo para ambos os parasitas, apesar da menor gravidade com relação ao S. trachea por tratar-se de um nematóide.
3 - Com relação à dosagem específica da Ivermectina, existem estudos que dizem que não devemos ultrapassar 0.1ml/kg. Existem relatos de que o uso em dosagens incorretas pode causar cegueira em bois, cães, e tem sido observada em aves pequenas. Mas, o que temos observado na prática em anos de criação de canários é que não houve um único caso desses em vários plantéis.
ÁCAROS DAS PENAS
Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata
Em ambiente natural é comum a presença de alguns piolhos brancos/amarelados, que, normalmente não são visíveis, sendo residentes naturais, que são até benéficos para os pássaros, pois removem células mortas das penas e pele e até determinadas bactérias. Quando a higiene é relaxada no criatório, o acumulo de sujeira e de fezes formam o ambiente propício para o desenvolvimento de uma superpopulação de parasitas que passam a incomodar a ave. Há casos, inclusive de fêmeas que abandonam o choco por se sentirem incomodadas, embora esses piolhos não se alimentem do sangue dos pássaros. As reinfestações podem acontecer a qualquer momento. Pardais e outros pássaros contribuem para o ressurgimento de novos focos.
Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. As cerdas ficam com aspecto "roído", quebradas, imperfeitas e sem brilho. Dependendo da quantidade de ácaros, podem comprometer o vôo. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros, pegue-a e observe com a sua asa aberta contra a luz.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray. Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Produtos à base de Ivermectina não costumam apresentar bom resultado.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
ÁCARO KNEMIDOCOPTES
Causa sarna de bicos, penas, e pés.
Vive sobre e sob a pele da ave, em galerias, promovendo coceira. Os ácaros penetram na pele do pássaro levantando-a. Com a evolução da doença a pele cai dando lugar a crostas esbranquiçadas, podendo, ainda criar feridas, pois o pássaro coça com muita freqüência a área atingida.
A contaminação por este ácaro é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa, hipovitaminose A (deficiência de vitamina A) , deficiências nutricionais. O ácaro após infectar uma ave, pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem levar ao quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao redor do bico, anus, pernas e pés.
Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves,
Sintomas:
O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. Com a evolução do quadro podemos observar escamações de peleao redor do bico, anus, pernas e pés. Há casos em que as lesões chegam a causar deformações no bico e nas unhas.
Tratamento:
Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Piolhaves. Nas feridas empregar uma pomada a base de enxofre.
Prevenção:
4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve ser bem ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.

PROBIÓTICO + PREBIÓTICO
Organew reúne em sua formulação macro e micro-minerais, vitaminas, aminoácidos, FOS, MOS e leveduras vivas. Esta perfeita combinação auxilia no desenvolvimento de uma microbiota intestinal saudável, proporcionando melhor digestibilidade dos alimentos e, conseqüentemente, aumento de eficiência alimentar.
PROPRIEDADES:
Saccharomyces cerevisiae:
Microorganismo eucarioto, com células alongadas ou ovaladas. Incorporado na alimentação de duas maneiras:
-Cepas inativas com fonte de proteína, principalmente, e alguns minerais e vitaminas.
-Células vivas que se multiplicam e estimulam a microbiota intestinal.
FOS E MOS:
Ingredientes alimentares, não digeríveis, que estimulam seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas da microbiota intestinal.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:
-Não podem ser hidrolisados ou absorvidos nos segmentos iniciais do trato digestório.
-Servem de substrato apenas para bactérias benéficas.
-Capaz de alterar a microbiota intestinal, beneficiando o hospedeiro.
-Possui maior viabilidade do que os probióticos.
NÍVEIS DE GARANTIA POR Kg DO PRODUTO:
Proteína Bruta (Mín.)..............................22,13 %
Matéria Mineral (Máx).............................29,73 %
Matéria Fibrosa (Máx.)............................8,660 %
Extrato Etéreo (Mín.)...............................5 %
Umidade..................................................4,8 %
Saccharomyces Cerevisiae.....................9 x 10E6 UFC
FOS.........................................................2 g
MOS........................................................1 g
Vitamina B1.............................................6,75 mg
Vitamina B2.............................................19 mg
Vitamina B6.............................................13,468 mg
Vitamina B12...........................................24 mcg
Biotina.....................................................2,8 mg
Inositol....................................................1.200 mg
Acido Fólico............................................10 mg
DL-Metionina...........................................4 g
L-Lisina....................................................5 g
Cistina.....................................................1,28 g
Niacina....................................................20,3 mg
Glicina.....................................................7,21 g
Valina......................................................9,17 g
Prolina.....................................................6,08 g
Colina......................................................774 mg
Isoleucina................................................7,73 g
Lisina.......................................................12,79 g
Histidina...................................................4,57 g
Arginina....................................................6,95 g
Fenilalanina.............................................8,57 g
Leucina...................................................12,14 g
Serina.....................................................6,98 g
Treonina..................................................9,94 g
Alanina....................................................10,89 FTU
Metionina.................................................3,25 g
Tirosina....................................................3,78 g
Acido Glutâmico......................................19,17 g
Triptofano................................................1,8 g
Acido Aspártico.......................................17,35 g
Cálcio (Máx.)...........................................0,18 %
Fósforo (Mín.)..........................................0,021 %
Veículo q.s.p............................................1.000 g
MODO DE USAR:
Para ser usado por via oral, adicionado ao alimento.
• Aves: de 1 a 2 g por kg de ração.
Bolsas metalizadas contendo 100 g e 1 kg. 

Remédios
tratamento de doenças das aves
100 P.S
Tratamento do \\\"peito seco\\\". Promotor de crescimento e eficiência alimentar. Tratamento de doenças respiratórias crônicas.

Aminomix
Similar aos premix aminoácidos, vitamínicos, e minerais incorporados às melhores rações importadas, Aminomix Pet auxilia na melhora da qualidade nutricional dos alimentos (rações, farinhadas, misturas de sementes ou comida caseira).

Aminosol
Complexo líquido com todos aminoácidos essenciais, vitaminas, sais-eletrolíticos e glicose. Indicação: Antitóxico energético, rehidratante, antidiarréico, antianêmico, estimulante do apetite, protetor hepático, alimento protéico, coadjuvante das medicações e antiestressante

Aminosol Premix
Suplemento vitamínico e aminoácido. Auxilia na alimentação de aves e animais carentes, auxilia durante a postura, mudanças de clima e transporte. Sendo de grande ajuda nos animais durante o crescimento

Aminostress
Em todos os casos onde necessita uma reposição rápida de vitaminas e aminoácidos, devido a carência nutricionais. Indicado nos casos de Stress, Hipovitaminoses, Desnutrição, Covalescença e Revitalização

Avemetazina
Associação de duas sulfas que possuem amplo espectro de ação bacteriana. Possui grande vantagem por ser rapidamente absorvida e elntamente eliminada, o que permite concentrações sanguíneas elevadas, melhorando assim a sua eficiência terapêutica contra os microrganismos sensíves a sulfamidoterapia. Tratamento preventivo e curativo da Coccidiose.

Avitrin Antibiótico
Tratamento e controle das infecções bacterianas do trato respiratório e entérico dos pássaros produzidas por Staphylococcus aureus, Chlamydia psittacci, Salmonella spp. E Escherichia coli, infecções essas responsáveis pelo aparecimento de corrimento nasal, diarréias, fraquesa, Inapetência e doenças respiratórias. Administrado por via oral, adicionando à água ou diretamente no bico.

Avitrin Vermífugo
Combate aos seguintes vermes: Singamose, Heteraquediose, Ascaridiose, Capilariose, Amidostomose, Tricostrongiloses

Avitrin Cálcio
Indicado para pequenas aves de criação na prevenção e tratamento do raquitismo e outras osteodistrofias, bem como demais manifestações indicativas de transtornos do metabolismo do cálcio e fósforo ou de sua carência e da vitamina D, por debilidade, bico mole ou quebradiço, perda temporária do uso das pernas.

Avitrin Complexo Vitamínico
As vitaminas são essenciais em todas as fases da vida dos pássaros e sua utilidade cresce quando as necessidades nutricionais aumentam acima do normal: no crescimento, cruzamento, postura, choco, muda de pena, durante o tratamento de doenças infecciosas ou parasitárias e suas convalescenças, nos estados anêmicos. Nas carências vitamínicas produzidas por defeitos de alimentação ou da absorção intestinal. Estimula o apetite, determinando melhor aproveitamento da alimentação.

Avitrin E
Indicado para os seguintes sintomas: defeitos na reprodução, com degeneração embrionária (baixa fecundidade dos ovos, os embriões morrem nos primeiros dias de incubação) ; infertilidade ( baixa produção dos machos reprodutores) ;degeneração muscular com distrofia muscular ( afetando as aves jovens) e outros.

Avitrin Ferro
Para aves nas anemias ferroprivas e macrocíticas e nas convalescenças. Sua fórmula especialmente desenvolvida, auxilia a recuperação nos períodos de muda e após a aplicação de vermífugos ou coccidiostáticos. É recomendado para o tratamento de estados anêmicos ocasionados por carência mineral e vitamínica ou falhas na absorção destes elementos, nas perdas agudas ou crônicas de sangue. Avitrin Ferro pode ser administrado profilaticamente, proporcioando maior resistência às doenças e embelezando a plumagem.

Carnation B12 Pet
A Lisina e a Carnitina (Vitamina BT), desenvolvem e agem sobre o metabolismo energético das células. Dão aos pássaros maior agilidade e excelente forma. Auxilia na recuperação dos animais em casos de intoxicação. Ação estimulante. Usado para manter a atividade prolongada da musculatura dos cães. Melhora o crescimento muscular, esquelético e cardíaco. Ajuda a melhorar o metabolismo Energético. Estimula o apetite.

Dolemil
Tratamento da sarna em pássaros ( pequenas cascas que se formam nos pés )

Ferro SM
Composição à base de ferro

Ferti-vit - Canto e Fertilidade
Estimula a fertilidade e o instinto reprodutor. Nos problemas de postura e fertilidade, morte dos embriões, crescimento deficiente. Melhora o canto dos pássaros

Glicosol L - Energético
Suplemento glicosado composto de peptídios e aminoácidos. Indicação: Stress, animais debilitados e enfraquecidos, intoxicações, convalescença, revitalizante e rehidratação.

Hidrovit
Sais Eletroliticos, Vitaminas e aminoácidos. Devido a sua composição perfeitamente balanceada, fornece aos animais submetidos ao stress, a reposição rápida de todos os elementos e nutrientes, reestabelecendo o meio interno e equilibrando as funções vitais das aves, além de agir como um promotor de crescimento.

Iodave SM
Composição à base de iodo

Plumas Kleen
Eliminador de odores. Repelente de insetos. É indicado na eliminação de odores e na repelência de insetos e ácaros dos pássaros, assim como de suas instalações, acessórios e utensílios.

Laviz A - Suplemento Vitamínico
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz A - Suplemento Vitamínico
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz B1- Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações

Laviz B2 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz B6 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz B12 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz C - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz D3 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz E - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina E, veículo Q.S.P. Utilizado para correção de problemas relacionados a fertilidade.

Mercepton Oral
Utilizado para desintoxicação.

Neosulmetina
Tramento de diarréia ou enterite de origem bacteriana. Atua sobre infecções gastro-intestinais, causadas por bactérias ou protozoários, abrangidos pelo espectro de ação da sulfaquinoxalina e neomicina.

Orosol - Complexo Vitamínico
Complexo vitamínico com colina. Indicação: Tratamento das hipovitaminoses, stress, falta de produção, estados infecciosos, convalescença e revitalizante.

Penaviar
Tratamento das infecções desintéricas das aves, e suas manifestações, causadas por germes sensíveis a Sulfadiazina e a Sulfadiazina Sódica. Como medicação auxiliar nas diarréias inespecíficas, sindromes desinteriformes dos pássaros, cólera aviária, coriza e infecções intestinais.

Penavit Plus
Combate o peito seco e atua como promotor de crescimento o eficiência alimentar.

Piolhaves
Talco Piolhicida Indicado para o tratamento e controle de piolhos em pássaros e aves em geral. O seu uso também se estende ao combate de outros ectoparasitas que atacam as aves, tais como percevejos, ácaros, pulgas e carrapatos.
Plumas Beleza das Penas
Suplemento vitamínico aminoácido para pássaros. Ajuda a obter e a manter a qualidade das penas (vigor, brilho e viço), a preservar o bem estar (canto e atividade) e a prevenir o stress.

Plumas Turbo
Suplemento vitamínico, mineral e aminoácido para pássaros. Melhora a eficiência da alimentação contribuindo na manutenção do bem estar, atividade e fogosidade e também na recuperação da qualidade das penas.
Vetococ
Controle de Coccidiose e diarréia.

Vitagold
Indicado para todos os casos em que se necessite uma adminsitração maciça de vitaminas. Usado também após situações em que o pássaro passa por stress.
Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída do ar aquecido.
A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das causas de insucesso na criação de pássaros.
LOCAL DA CRIAÇÃO
Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por tela de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída do ar aquecido.
A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do criadouro, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que superpopulação é uma das causas de insucesso na criação de pássaros.
GAIOLAS
As gaiolas indicadas para a criação de canários são de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros.
Existem no comércio diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir as gaiolas iguais e do mesmo fabricante, com a finalidade de padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. Embora um pouco mais caro, deve-se adquirir para cada gaiola, uma grade - piso sobressalente que facilitará a limpeza.
São eles que, ao adquirirem seus primeiros exemplares, possibilitam aos criadores de categoria média a base financeira para que adquiram exemplares de grande categoria genética aos grandes criadores que por sua vez, obtêm condições para o aumentarem suas importações, finalizando a espiral do progresso.
Por isso, para esses verdadeiros propulsores dessa imensa máquina, selecionamos os conselhos de um técnico do gabarito do autor desse artigo que consideramos um dos mais bem elaborados e explicativos dos quantos que já apareceram através dos anos.
Os fundos das gaiolas (bandejas) devem ser forrados com papel absorvente (pode-se usar folhas de jornal) e sempre que houver acúmulo de desejos, troca-se a forração (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-pisso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e lavadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante.
É preciso dispensar cuidados especiais também com os poleiros, que devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas.
ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS
São muitos e variados os acessórios utensílios destinados a equipar as gaiolas de criação que podem ser encontrados no comércio. Deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos muitas vezes supérfluos e que acabam dificultando a manutenção da higiêne.
Os melhores e mais práticos são os comedouros e bebedouros plásticos em forma de concha ou meia lua, usados no exterior da gaiola. Esses recipientes devem ser mantidos rigorosamente limpos, não admitindo-se que os bebedouros criem limo (algas) e os comedouros acumulem pó. Além da limpeza diária dos bebedouros, com pincel, escova e esponja, pelo menos uma vez por semana os mesmos devem ser mergulhados por algumas horas em solução de cloro (Quiboa, Cândida, etc...) e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocadas para lavagem em espaços de tempos maiores.
Os canários precisam tomar banho freqüentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de tamanho grande, mas que permita a sua passagem pelas portas das gaiolas.
Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais, ninhos adequados, sendo muito usados os de plástico que são duráveis e de fácil higienização. Esses ninhos devem receber forros de flanela, corda ou feltro, comumente encontrados em lojas especializadas.
É boa prática trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a cada nova ninhada.
Após a abertura dos olhos dos filhotes não convém manusear os ninhos, para evitar que os mesmos o abandonem prematuramente, causando sérios inconvenientes.
ALIMENTAÇAO SAUDAVEL
Todos os pássaros devem receber uma alimentação a base de sementes e vitaminas para estarem saldáveis para a criação
ALPISTE LIMPO E POLIDO

Alpiste (Phalaris canariensis)
Grão rico em carboidratos. Ao contrário do que seu nome em inglês "canaryseed" sugere, este grão não é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal componente da maioria das misturas de grãos para pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.
AVEIA DESCASCADA

Aveia sem casca (Avena sativa)
Grão rico em carboidratos, de ótima palatabilidade e digestibilidade, portanto ingerido com muito gosto e facilidade por pássaros no ninho. Em quantidades demasiadas pode levar ao acúmulo de gordura, principalmente em canários. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários
CÂNHAMO

Cânhamo (Cannabis sativa)
Grão inativado da planta Cannabis sativa. É rico em extrato etéreo (óleos) e proteína. Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que não haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se constipação e excessiva excitação dos animais. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários,
COLZA PRETA

Colza (Brassica rapa)
Grão rico em proteína e extrato etéreo (óleos), de sabor um pouco amargo. É o mais importante grão numa mistura para canários, pois seu elevado teor de extrato etéreo (óleos) promove uma excelente saúde e um canto melodioso. Pode levar à adiposidade, se usado em demasia. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos e pássaros silvestres. Esta foto da Colza se refere à Colza fresca, geralmente as que são vendidas em aviculturas comuns são pretas não azuladas como as da foto, mas que também servem para a alimentação de Pássaros canoros, mas não possuem as mesmas propriedades nutritivas.
LINHAÇA

Linhaça (Linum usitatissimum)
Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo Omega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários,
NÍGER

Níger (Guizotia abyssinica)
Grão rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palatabilidade, este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres
PERILA BRANCA (comum)

Perila (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.
PERILA CAFÉ

Perila (Perilla frutescens)
É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.
LEMBRE-SE DE QUE GRÃOS GORDUROSOS (como a Colza, Linhaça, Níger, Perila, Cânhamo, Nabão...) NÃO DEVEM SER ADMINISTRADOS EM QUANTIDADE EXCESSIVA (principalmente no Verão).
S E M E N T E S
Alpiste: Como já sabemos o alpiste é a principal semente usada na dieta do canário, é rica em hidrato de carbono, proteínas, vitaminas B1 e E, etc. Os hidratos de carbono produzem calorias, mantendo a saúde da ave, facilitando o digestão.
[aveia]
Aveia: Também é uma semente rica em hidrato de carbono exercendo ação benéfica sobre o aparelho digestivo, semelhante ao grão de trigo e arroz com casca. 
Colza: Uma semente rica em proteínas, ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide, músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono, vitaminas, uma semente oleosa e gordurosa, semente de cor escura, em forma de esfera. 
Níger: Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na época de criação mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um bom fortificante das matérias corantes dos canários. 
Linhaça:Também é bastante oleosa, rica em proteínas, é recomendada ser fornecida as aves na época de muda de pena, pois acentua o brilho das penas. 
Nabão: É utilizado também nos canários de canto, uma semente macia, é bem oleoso, rica em gordura e hidrato de carbono. 
Descrevemos as principais sementes usada na alimentação dos canários, existe outras sementes que são empregadas na alimentação dos canários, além de serem difíceis de serem encontradas no mercado elas agem com as mesmas condições vitaminicas delas na alimentação do canário obedece certas necessidades biológicas, sendo substituídas estas carências pelas farinhadas com ovo, óleo de fígado de bacalhau.


[composição nutrientes]
C O M P O S I Ç Ã O   D E   N U T R I E N T E S   D A S   S E M E N T E S
Sementes Hidra.carbono Gordura Proteínas Fibras Vitaminas
Alpiste 62  51  11  06  B1,E
Aveia  63  06  10  11  
Colza 21  41  19  05  A
Níger 20  37  20    
Linhaça 20  37      
Nabão 22  41  19  05  
Particularmente administro a seguinte dosagem para meus canários:
  Primavera Verão Outono Inverno
Alpiste 500 700 400 400
Aveia 200 200 100 150
Colza 100 100 100 150
Níger 200 100 150 200
Nabão 150 150 150 200
Linhaça 50 100 100 50
       obs: as dosagens estão em gramas.
 [areia]
Areia: Como nós criadores sabemos que as aves em geral não possuem dentes, como nos canários o processo de digestão ocorre quando os músculos da moela se contraem triturando os grãos de alimento ingeridos, é nesse processo que a areia desempenha um papel fundamental. É a areia que permite a "trituragem" que antecede a digestão se proceda de maneira completa, permitindo que a ave possa extrair do alimento todo o seu valor nutritivo. A areia que é ingerida pela ave vai para moela, fazendo as vezes dos dentes, ajudando a trituragem e digestão dos alimentos. Por esta razão o canário deve sempre ter à sua disposição uma quantidade de areia grossa, lavada e peneirada, se possível; esterilizada e seca ao sol, pode-se acrescentar junto desta areia a casca de ovo que pode ser fervida e moída ou triturado no liqüidificador após secar ao sol por alguns dias, a casca não deve ser triturada muito no liqüidificador para evitar que vire pó, e que fique num tamanho em que o canário possa escolher, onde junto com a areia irá na moela.
A casca de ovo é uma rica fonte de cálcio o qual é indispensável para a vida das aves. A areia deve permanecer diariamente pois as aves saberão quanto e quando se alimentar. 
[água]
Água: Como em todos os seres vivos a maior parte que constitue o corpo é água, como não poderia de ser os canários também possuem água em seu corpo 60%. Uma ave pode ficar sem comer e perder suas gorduras e proteínas e ainda sobreviverá, enquanto que a perca de 15% de água resultará em sua morte.
Os canários deve ter a sua disposição um pote de água para beber e outro para se banhar (já visto em outro capítulo). A água a ser fornecida para o consumo da ave deve ser um água fresca e limpa, livre de impurezas ou mesmo de produtos químicos como cloro, etc; produtos estes que são utilizados no seu tratamento. A água é um dos alimentos que não há substituto, ele só vai ingerir aquela, por este motivo quando tiver de administrar remédios e vitaminas faz-se por via desta, pois a ave será obrigada a ingerir.
No organismo da ave se faz necessário pois a mesma transporta materiais de uma parte do corpo para outra e executa funções importantes na regulação da temperatura do organismo dos canários.
A quantidade de água a ser consumida pelos canários em relação aos alimentos chega a ser numa proporção de 3 partes de água para uma parte de alimento ingerido.
A água deve ser trocada todos os dias, evitando assim o acumulo de limpo nos bebedouros que é prejudicial a ave, evite que fiquem expostos aos raios solares, porque a água esquenta e pode causar diarréia as aves.
Quanto a água de beber em viveiros e voadeiras estas devem ser colocadas do lado externo como nas gaiolas, se não for possível é aconselhável que não se coloque as vasilhas de água debaixo dos poleiros, para evitar que as aves defequem dentro dos bebedouros, podendo contaminar a água.
Lembramos sempre fornecer água limpa e fresca as aves e se possível de mina ou poços artesiano, pois temos notado que a água com cloro vem dando diarréia nas aves. Quando houver excesso de cloro na água (notável pelo cheiro forte e pelo paladar), deve-se fervê-la. 
[carvão]
Carvão: O Carvão vegetal é utilizado como fortificante para os canários, evitando doenças e fornece uma maior resistência as aves, fornecendo ao canário uma vez por mês na seguinte forma: tritura-se o carvão até formar um pó, mistura-se aos poucos o mel puro, até que forme uma pasta farinhada.

FORMAÇÃO DE PLANTEL
Como o objetivo da canaricultura é a quantidade, o criador inexperiente não deve iniciar sua criação com número muito grande de casais. Se a intenção for ter um ou dois casais, por passatempo, sem a preocupação com os resultados, qualquer casal serve, desde que seja saudável. Entretanto, se o objetivo for criar canários pensando em desenvolvimento técnico e em concursos, deve-se começar com casais de raça ou de cor de acordo com a preferência, mas de qualidade reconhecida. O criador deverá então filiar-se a um clube ornitológico que lhe possibilitará a compra de anilhas para registros oficiais, além de assistência técnica e convívio com muitos criadores.
Para conseguir bons pássaros é prudente visitar criadores de prestígio, que poderão dar valiosas orientações sobre os acasalamentos pretendidos e fornecer matrizes de qualidade técnica indiscutível.
Algumas regras já estabelecidas são importantes e devem ser lembradas na hora da compra.
• desconfie dos pássaros baratos pois geralmente são de qualidade inferior ou portadores de alguma afecção. É preferível começar com poucos casais de qualidade do que com muitos ruins;
• compre somente canários que tenham anilha e solicite do vendedor o seu "pedigree".
• Não confie somente no seu "gosto" para avaliar um canário que deseja comprar. Certifique-se se ele está dentro dos padrões da cor ou de raça desejada. Se possível solicite os conselhos de um especialista e leia o Manual de Julgamento da Ordem Brasileira de Juízes de Ornitologia, inteirando-se das características dos pássaros devem possuir.
• Não compre exemplares fracos ou enfermos por melhor que seja se "pedigree" pois um pássaro nessas condições não será bom reprodutor;
• Lembre-se que um pássaro saudável é esperto e alegre. Sua barriga deve ser limpa e sem manchas, seus pés e dedos sem crostas ou tumurações e sua respiração silenciosa e sem chiado.
• Segundo o saudoso companheiro Carlos Gimenez "nem sempre um canário que obteve um primeiro lugar é o mais adequado para a criação.
Existem canários espetaculares em termos de plantel e criação que não teriam grandes chances numa mesa de julgamento, ou por terem o rabo aberto ou por estarem com a plumagem desarrumada, ou por estarem um pouco gordos quebrando assim a harmonia visual. Seria muito fácil se você comprasse o macho campeão e a fêmea campeã e acasalando-os, obtivesse o novo campeão.
Claro que os pássaros classificados em concursos devem possuir qualidades, mas também é muito importante a sua origem e potencialidades genéticas, o que justifica o ditado muito popular entre os canaricultures; "É preferível um pássaro razoável de uma excelente criação do que um pássaro excelente de uma criação razoável."
ACASALAMENTO
Considerando-se as variações naturais da luz solar, anualmente ocorre um aumento gradual e contínuo do tempo de duração da luminosidade do dia, a partir de 21 de junho, alcançando o máximo em 21 de dezembro. Esse período considerado foto-período positivo, influencia o ciclo reprodutivo dos canários. Assim entre a segunda quinzena de julho e a primeira de agosto, em nosso hemisfério, e a época recomendada para iniciar os acasalamentos.
Os machos e as fêmeas deverão ser colocadas nas gaiolas de cria, separados pela grade divisória, para um período de adaptação, fornecendo-se às fêmeas o ninho e fios de estopa (desfiada ou em pedaços de 5 x 5 cm, presos nas gaiolas). Quando os pássaros começarem a trocar comida através da grade e a fêmea a confeccionar o ninho remove-se a grade divisória, sendo então bem menor a possibilidade de brigas geradas por incompatibilidade ou despreparo do casal.
POSTURA
A postura do primeiro ovo sucede de 6 a 8 dias após a primeira cópula e as posturas mais freqüentes são as de 3 e 4 ovos.
A canária normalmente põe os ovos em dias seguidos, mas em alguns casos podem ocorrer intervalos de um dia entre um ovo e o seguinte.
Nas primeiras horas da manhã ( 5 a 7hs) a canária realiza a postura e depois é coberta pelo macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no criadouro muito cedo.
Todas as manhãs depois da 7 horas, os ovos recém postos devem ser retirados e substituídos por outros plásticos. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipiente com areia, algodão ou sementes esférica, (evitar sementes pontiagudas como alpiste, que podem perfurar a casca) e mantidos em temperatura ambiente. Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais escura, os ovos devem voltar ao ninho, sendo este considerado o primeiro dia da encubação. A razão para que os filhotes nasçam mo mesmo dia e tenham a mesma oportunidade de desenvolvimento.
INCUBAÇÃO
Normalmente a incubação é de 13 dias e nesse período é conveniente que o ambiente seja tranqüilo e que as manipulações na gaiola sejam rápidas, evitando-se perturbar a canária.
Durante a incubação os ovos perdem água através da casca que é porosa e permite também intercâmbio de grades necessários para a vida do embrião. Nesse processo de "respiração do ovo" o vapor da água expelido deve ser reposto. Daí a necessidade, nesse período, de umidade relativa do ar mais elevada. As canárias por instinto regulam a umidade molhando suas penas, sendo conveniente colocar banheiras, particularmente ao final da incubação (3-4 dias antes do final) momento em que os ovos necessitam de maior umidade e menor temperatura para que os estímulos de eclosão sejam eficazes e os filhotes possam romper facilmente a casca (70-90% de umidade).
Se a fêmea não se banha é conveniente pulverizar os ninhos com água.
Em períodos de baixa umidade pode-se colocar esponja úmida no fundo da gaiola, embaixo do ninho.
Durante a incubação pode-se fazer o diagnóstico da fertilidade dos ovos a partir do 5º ou 6º dia, examinando-os por transparência através de um foco de luz e comprovando a existência do complexo embrionário. Para isso emprega-se um "ovoscópio" que consiste numa caixa contendo uma lâmpada no interior e um orifício sobre o qual se coloca o ovo.
Observando-se um ovo não fecundado, por esse método, a gema é perfeitamente distinguida, enquanto nos ovos fecundados, a partir do 3º ou 4º dia da incubação já não se distingue a gema, como se ela estivesse misturada com a clara.
Segundo Perez e Perez (Bases biológicas Y de aplicacion prática de la canaricultura), os ovos abortados constituem perigo pelas emanações que produzem, sobre os ovos normais, podendo estar a causa de fracasso da incubação. Por essa razão, esse autor recomenda a ovoscopia em dois períodos, aos 5-6 dias para descobrir ovos infecundados e aos 10-11 dias para eliminar os embriões mortos.
NASCIMENTO
Na maioria dos casos o nascimento se produz exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto , se o nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se Ter paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem causar atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do ninho com frequencia. A falta de umidade também podem influir. Não abra ou jogue fora um ovo pelo menos até o 15º dia de chôco e, mesmo assim, faça um teste de vitalidade.
Para isso coloca-se os ovos em um recipiente com água morna e aguardar-se alguns minutos. Se o embrião estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, ema vez que a câmara de ar ocupa o pólo mais largo e balançará ligeiramente. Os ovos abordados flutuarão de lado, sem movimentos pendulares, ou afundarão.
ANILHAMENTO
Para identificar as aves o sistema mais prático e seguro, consiste na colocação de anilhas nas pernas dos filhotes. A anilha é um anel de alumínio, fechada, inviolável, nas quais estão gravadas. As siglas da Federação e da Sociedade que as emitiu, o ano do nascimento, o número de ordem e o número do criador. Esta anilha é a identidade do pássaro , pois não saíra mais de sua perna, acompanhando-o por toda a vida.
Os pássaros para serem apresentados em Exposições e Concursos oficiais devem portar obrigatoriamente anilhas.
As anilhas são colocadas nos canários, com pouco dias de vida de 4 a 7, mas sempre tendo-se em conta o desenvolvimento ou que o pássaro a perca, se a manobra for realizada muito cedo.
O anilhamento é um processo delicado e as vezes é difícil, para o principiante. Deve ser feito sobre mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é comum que os mesmos defequem.
Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda, e com a direita o anel. Passa-se a anilha até o início da articulação.
Segura-se a ponta desses dedos e desloca-se a anilha através do dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna, fazendo com que o anel passe a perna.
Em seguida liberta-se o dedo posterior, desenganchando-o da anilha. Essa operação pode ser facilitada, untando-se os pés dos filhotes com vaselina ou outro lubrificante neutro.
SEPARAÇÃO DOS FILHOTES
A permanência no ninho até 20 dias é considerada normal. As ninhadas nutridas deixam o ninho entre 15 e 18 dias. Pouco dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a farinhada, frutas e verduras. Com um mês devem descansar e quebrar as sementes, podendo então ser separados dos pais.
Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto estes não percam as penugens da cabeça (espécie de pelos).
Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para a nova postura. Nesse período os pais podem depenas os filhotes em busca de material para confeccionar o novo ninho. Isto pode ser evitado, separando-se os filhotes dos pais pela grade divisória da gaiola e oferecendo ao casal material para a confecção do ninho. Os pais alimentam os filhotes pela grade, bastando para isso a colocação de poleiros baixos próximos à grade divisória, dos dois lados.
ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES
Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A farinhada com ovo cozido deve ser administrada em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.
Pode-se usar verduras como almeirão, chicória e couve, sempre muito bem lavadas e frescas, bem como maçã e jiló.
O uso de variedades de sementes também é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca (especialmente na primeira semana) e o Niger devem ser oferecidos em comedouros separados. Alguns criadores costumam usar pão molhado na leite, com muita aceitação pelas fêmeas. O preparo é feito usando pão d'água, amanhecido, descascado e cortado em fatias que são mergulhados em água. As fatias intumescidas são espremidas e colocadas novamente na água, repetindo-se a operação várias vezes. Depois, mergulhadas em leite novamente espremidas e oferecidas aos pássaros.
Algumas canárias não alimentam ou alimentam mal os seus filhotes, apesar dos cuidados do criador. Nesses casos. Delille (ABC PRATIQUE DE IÉLEVURS DE CANARIES COULEURS) recomenda além da retirada do macho, oferecer água de beber fortemente açucarada por um dia e pedaços de maçã.
Outro recurso que pode ser usado, principalmente para as canárias que saem pouco do ninho, é retira-lo com os filhotes por alguns momentos. Essa manobra faz com que a fêmea se alimente e ao voltar ao ninho, acabe alimentando os filhotes.
É sempre interessante colocar-se várias fêmeas para chocar ao mesmo tempo, ainda que para isso seja preciso esperar alguns dias. Caso falhem todas as manobras para estimular uma fêmea preguiçosa a tratar sua ninhada, resta a possibilidade de distribuir os filhotes entre fêmeas que estejam tratando bem.
Alguns criadores costumam auxiliar as fêmeas, administrando alimentos pastosos no bico dos filhotes, prática essa que é condenada por outros.
Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas acreditamos que nos primeiros dias de vida é muito importante, pois permite administrar aos filhotes vitaminas e medicamentos eficientes no tratamento, por exemplo, da colibacilose, patologia responsável pela maioria das mortes no ninho. Além disso, auxilia o desenvolvimento inicial mantendo os filhotes em condições de se levantarem e pedirem alimentação as mães, aumentando o índice de sobrevivência.
As fórmulas das farinhas que devem ser misturadas ao ovo cozido e passado pela peneira para fazer a "farinhada" ou "farofa", são muito variadas. Esse assunto é bastante polêmico e cada criador tem sua própria receita, guardada muitas vezes como grande segredo.
O objetivo final dessa farinhada é obter uma mistura com proporções adequadas de carboidratos, proteínas e gorduras, além de sais minerais e vitaminas, o que na maioria das vezes não é alcançados. Nas revistas e livros especializados encontra-se várias sugestões para o preparo dessas misturas.
Existem hoje no comércio, rações balanceadas e adequadas para serem usadas puras ou misturadas com o ovo. Que estão sendo usados por criadores de renome, com bons resultados.
A MISTURA DE SEMENTES DOS CANÁRIOS, COMO BALANCEAR

 O canário, como qualquer ser vivo, ingere alimentos para fazer funcionar seu organismo, isto é: para manter a temperatura do corpo, fazer o metabolismo funcionar, repor tecidos, trocar penas, se movimentar, se reproduzir, etc, etc.
São pássaros granívoros e, portanto, as sementes representam a parte mais importante de sua dieta, que deve ser complementada por uma ração, antigamente chamada de farinhada. Juntos, sementes e reação, devem prover e adequar os alimentos fornecidos às diferentes necessidades de nossos pássaros.
A composição e o balanceamento da mistura de sementes e seu necessário ajustamento a ser discutido neste artigo.
Alimentação X Fases da vida.
Como todo ser vivo, as necessidades de alimentos variam em função das fases da vida, da temperatura ambiente, do clima em que os canários vivem. Se estão em muda; a troca de penas é um processo extremamente penoso e crítico para os pássaros, exigindo elementos nutritivos especiais, suas necessidades são diferentes, por exemplo, da pós-muda, quando estão aguardando a nova estação de cria, se exercitando nas voadeiras, cantando, brigando entre si.
Durante a reprodução, a cria dos filhotes exige muito das fêmeas, que se estressam e ficam mais vulneráveis às doenças oportunistas.
De modo simples, podemos dividir em três, as fases em que os canários têm necessidades de alimentação distintas: Reprodução, Período de Muda e Repouso.
Proteínas X Carboidratos X Lipídeos
Proteínas: São compostos nitrogenados, absolutamente necessários aos processos metabólicos de crescimento, reposição de tecidos, formação de matéria viva, massa muscular, esqueleto, muda de penas, etc. Suas necessidades em períodos de reprodução são críticas para o sucesso da criação.
Carboidratos: São os provedores de energia para o organismo, sendo necessários para prover calor, fazer funcionar o organismo, enfim, é o combustível da máquina chamada canário.
Lipídeos: São as gorduras, (graxas ou extrato de etéreo). São compostos com alta carga de energia (2,25 vezes mais que os carboidratos). É em forma de gordura que as aves e os outros animais armazenam energia no corpo para atender às situações de carência alimentar.
Composição Média das Sementes
Cada semente tem uma composição diferente de proteínas, carboidratos e lipídeos. Abaixo relacionamos as principais sementes encontradas no mercado brasileiro:
SEMENTE PROTEINA % CARBOIDRATOS % LIPÍDEOS %
Alpiste 16,6 49,0 6,4
Colza 19,6 18,0 45,0
Aveia 11,3 68,4 8,7
Nabão 20,7 5,7 40,2
Linhaça 24,2 25,0 36,5
Perila 22,6 10,6 43,2
Cânhamo 18,2 21,8 32,5
Níger 23,0 17,0 40,0
O alpiste é a semente mais importante na mistura. Sua composição de proteínas, carboidratos e lipídeos é a que mais se aproxima das necessidades normais dos canários. A qualidade de sua proteína, medida pelo balanço de aminoácidos e digestibilidade, é alta. O alpiste é essencial aos canários, e deve entrar na mistura de sementes com, pelos menos, 60% do total.
A níger uma semente muita apreciada pelo nossos pássaros, tem elevado teor de proteínas e gorduras. É usada normalmente como provedor de proteínas na mistura. Como tem altíssimo teor de lipídeos, sua participação deve ser limitada à 20% do total.
A colza é outra semente que, co0mo a níger, apresenta bom teor de proteínas e teor de gorduras bastante elevado (45%). Maurice Pomarède, estudioso francês de canários, alerta para a alta toxidês desta semente, recomendando restrições à seu uso. Outro cuidado é com relação à aquisição desta semente no mercado. Freqüentemente, vende-se semente de mostarda como se fosse colza, com prejuízos evidentes para a mistura.
A aveia é um excelente provedor de energia, muito rico em amido, e especialmente rico em lisina e cistina, dois dos principais aminoácidos essenciais. Deve ser utilizada no balanceamento da mistura como o principal provedor de carboidratos. O risco desta semente é a alta manifestação de fungos e outras formas de vida indesejáveis, que podem causar sérios danos à saúde dos pássaros.
A linhaça não é muito palatável para os canários. Tem alto teor de proteínas e lipídeos. Administrada durante o período de muda, tem efeito benéfico sobre a formação das penas.
Balanceamento das Sementes
A recomendação para nossos canários é que no período de reprodução, os teores de proteínas sejam mais elevados devido às necessidades dos filhotes, e os teores de carboidratos e lipídeos sejam menores, pois assim os canários serão levados à ingerir mais alimentos para atender à suas necessidades calóricas.
No caso oposto, no período de repouso, quando as proteínas são menos necessárias, as energias deverão ter seus teores elevados.
No período de muda, as gorduras são mais desejadas, pelo efeito positivo sobre a formação das penas, e deposição de lipocromo. Os grãos escuros (colza, níger, linhaça, cânhamo), usados sempre com parcimônia devido aos altos teores de gorduras em suas composições, ajudam nesta fase.
Relação Nutritiva
Um dos parâmetros muito usado no ajustamento dos alimentos às necessidades dos pássaros é a Relação Nutritiva (RN).
O que é Relação Nutritiva (RN)?
Nada mais é do que uma fórmula prática, extremamente simples, usada nos cálculos dos alimentos, que reflete os relacionamentos entre proteínas, carboidratos e lipídeos, adequando-se às fases da vida de nossos canários.
Existem outros métodos para balanceamento de rações, bem mais complexos e completos, porém, para efeito deste artigo, exemplificaremos o balanceamento apenas pelo fator RN.
Observando-se a fórmula, ela mostra exatamente isto que foi comentado: Mais proteína e menos energia no período de reprodução e menos proteína e mais energia no período de repouso. A muda, com RN=4 (limites: 3,5 a 4,5) deve ter os teores intermediários entre as outras fases.
A fórmula prática é a seguinte:
% CARBOIDRATOS + GRAXAS x 2,25 RN = % PROTEÍNAS

Quais são as necessidades? Ë recomendável que a relação R/N esteja o mais próximo dos seguintes valores:
Reprodução? RN = 3 (limites: 2,5 a 3,5)
Muda? RN = 4 (limites 3,5 a 4,5)
Repouso? RN = 5 (limites 4,5 a 5,5)
Traduzindo estes parâmetros para teores de proteínas, carboidratos e lipídeos, teremos o seguinte quadro:
PERÍODO PROTEÍNAS (%) CARBOIDRATOS (%) LIPÍDEOS (%)
REPRODUÇÃO 16,0 a 18,5 40 a 45 6,0 a 8,0
MUDA 14,5 a 15,5 45 a 50 8,0 a 10,0
REPOUSO 12,5 a 13,5 50 a 60 7,0 a 8,0
Comentários Importante:
Da simples análise do RN recomendado para o período de REPRODUÇÃO, (lipídeos entre 5,5 % e 7,5%), e da verificação dos teores de gordura das sementes, chegamos à conclusão que não há possibilidade de se obter com apenas as sementes, as proporções adequadas e desejadas.
O que fazer? Primeira conclusão: Há necessidade de se usar uma ração que, oferecida aos canários, equilibre os teores dos elementos discrepantes na mistura de semente. Como as rações comerciais para canários descrevem na embalagem os teores destes princípios nutritivos, basta calcular os teores da mistura de sementes, e assim definir que ração adquirir, em função dos elementos para balanceamento.
Como o período mais crítico é o da reprodução, e o teor de proteínas o princípio nutritivo mais importante mais importante nesta fase, o recomendado é calcular primeiramente a mistura levando-se em conta o teor de proteína, tentando manter o mais baixo possível os lipídeos.
Em seguida, determinaremos que parâmetros deverá conter a ração que vamos usar para completar a alimentação de nossos pássaros. Usando-se um programa simples de cálculo, e várias tentativas procurando obter uma mistura de sementes com proteínas entre 16,0 % e 18,5%, chegamos aos seguintes resultados para o período de reprodução.
Cálculo do Teor de Proteína:
SEMENTE TEOR PROTEÍNA NA SEMENTE QUANTIDADE NA MISTURA TEOR PROTEÍNAS NA MISTURA FINAL MEMÓRIA DE CÁLCULO
Alpiste 16,5 700 11,6 (1)
Colza 19,6 80 1,6 (2)
Aveia 11,3 70 0,8 (4)
Linhaça 24,2 20 0,5 (5)
Níger 23,0 130 3,0 (3)
Cálculo do Teor de Carboidratos
Repetindo os cálculos como mostrados acima, somente trocando as colunas de proteínas pelas de carboidratos, teremos: Teor de Carboidratos = 43,2%.
Repetindo mais uma vez para os lipídeos, teremos: Teor de Lipídeos= 14,6%.
Verificação da Relação RN:
RN desejada (REPRODUÇÃO) = 3 (limites: 2,5 a 3,5)
%CARBOIDRATOS + LIPÍDEOS X 2,25
O valor de RN está em 4,3. Porém o desejado é entre 2,5 e 3,5.
Examinando com cuidado os resultados da análise, verificamos que os parâmetros obtidos se comparam com os desejados da seguinte maneira:
  DESEJADO OBTIDO ANÁLISE
PROTEÍNA 16,0 A 18,5 % 17,5 % OK
CARBOIDRATOS 40 A 45 % 43,2 % OK
LIPÍDEOS 6,0 A 8,0 % 14,6 % Muito elevado !
Resumindo: Vamos necessitar de uma ração com teor de gorduras muito baixo, e teores de carboidratos e proteínas dentro dos limites acima indicados para o período de reprodução. Assim, oferecendo-a aos canários, junto com mistura de sementes acima, teremos a correção do teor de lipídeos, e conseqüentemente os parâmetros adequados às necessidades de nossos canários naquele momento.
Em caso de dificuldades em se encontrar uma ração com os parâmetros desejados, nos restam dois caminhos: recalcular a mistura de sementes, ou ajustar a ração por adição de elementos (nutrientes) que reduzam ou elevem os teores fora dos limites desejados.
Conclusão
O principal objetivo deste artigo foi mostrar que é importante destinar mais atenção à alimentação de nossos canários. A mistura de sementes escolhida deve ser adequada à ração que utilizaremos. Elas não podem ser tratadas de forma separada, pois são componentes indivisíveis da alimentação das aves.

Memória de Cálculo:
(1) 700 gr / 1000 gr X 16,5 % = 11,6 % Proteína
(2) 80 gr / 1000 gr X 19,6 % = 1,6 % Proteína
(3) 130 gr / 1000 gr X 23,0 % = 3,0 % Proteína
(4) 70 gr / 1000 gr X 11,3 % = 0,8 % Proteína
(5) 20 gr / 1000 gr X 24,2 % = 0,5 % Proteína

DOENÇAS E PREVENÇÕES
PERDA DE VOZ - ROUQUIDÃO
As aves têm um órgão fonador chamado siringe, que é encontrada na bifurcação da traquéia em brônquios primários. Quando a ave tem rouquidão é porque alguma coisa nasce nesse local, impedindo-a de liberar o som com todas as variações. Pode ser uma inflamação por ácaros, por viroses, por bactérias e mycoplasma etc.
Doença ocasionada por vairos motivos, entre eles pela conseqüência de um resfriado forte por exposição da ave a corrente de vento ou comida gelada, alem de fungos suspensos e ambientes muito úmidos e por exposição a ar condicionado.
Os sintomas são: voz fanhosa, perda total da voz, respiração ofegante, chiado na respiração, um intermitente abre-fecha do bico e intensa dificuldade para respirar.
O diagnóstico é a simples observação do canto da ave e notar a evidente diferença para a voz normal.
A profilaxia é não expor o pássaro à corrente de vento, não sair com a ave nos dias em que estiver ventando muito, não permitir que cantem de forma exagerada, notadamente após os torneios, bem como fechar devidamente os vidros do automóvel nas viagens para passeios.
Alem disso, não colocar as gaiolas das aves em contato com paredes úmidas e mofadas, principalmente em banheiros, cozinhas e finalmente nunca manter aves debaixo de ar condicionado.
Como terapia, dependendo da causa, usam-se os remédios homeopáticos Alium-sativa, própolis, antibióticos e quimioterápicos,vitaminas etc.
Quando a doença estiver associada à dificuldade para respirar, ministrar antibiótico à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para a DRC (doença respiratória crônica), mycoplasmose (melhor tratamento é a tilosina). É importante que se façam nebulizações diárias utilizando 4 ml de soro fisiológico e 4 ml de antibiótico à base de tilosina.
Para o ataque de ácaros, as soluções são inseticidas com piretrina e o medicamento ivermectin. Para o ataque de fungos, ministrar fungicida na água por até 15 dias.
Se for um macho muito cantador, é fundamental ainda que se obrigue a ave a parar de cantar colocando-se duas fêmeas frias uma de cada lado da gaiola a uma distância de dez centímetros. A verdade é que, infelizmente, quase sempre não se consegue a cura completa. A voz é prejudicada e a ave fica meio fanhosa para o resto da vida.
PSITACOSE
Doença de ocorrência comum em psitacídeos. Pode ocorres em outros pássaros.
Causa: Chlamydia psittaci
Sintomas: Diarréia esverdeada, sanguinolenta; corrimento nasal e ocular, dispnéia; fígado e baço aumentados com focos de necrose; sacos aéreos espessados.
Tratamento: Uso das tetracilinas.
Prevenção: Evitar a manutenção de psitacídeos próximo ao criatório. Quarentena com novos pássaros.
POLAINAS DE CASCA NOS PÉS E NAS PERNAS
Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e toda a canela das aves, dificultando a articulação, e pode levar à atrofia e à paralisia dos movimentos do pé.
É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave, chega a forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente para evitar-se a gangrana.
Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias.
Na terapia, uma única vez, usar-se como tratamento tópico o seguinte procedimento: colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os pés e as canelas, para amolecer as cascas. Após isso, passar pomada que contenha bastante óleo e friccionar levemente com os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda. Tomar todo o cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se necessário, e passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida.
É importante também que se pulverize periodicamente a ave doente com solução de algum inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés.
Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.

PEVIDE
Pevide: Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.
 
Crosta retirada com auxílio de uma pinça
Causas: A principal causadora é carência de vitamina A.
Sintomas: O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na medida em que vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A remoção da crosta facilitará a alimentação do pássaro.
No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral, uma vez ao dia, durante uma semana.
Há estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para identificação de infestações verminóticas e coccidiose.
Prevenção: Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel
PEITO SECO
Peito seco não é propriamente uma doença, é sim, um sintoma.
A perda de massa corporal indica a incapacidade do organismo para aproveitar os nutrientes ingeridos.
Causas: Várias são as causas possíveis, a mais comum é a coccidiose. Também as verminoses mais significativas poderão levar a perda de massa corporal.
Sintomas: A perda de massa corporal faz com que o osso do peito do pássaro tome a forma de facão (certo exagero). Esse é um sintoma apresentado em um estagio avançado da doença. Um criador atento a seus pássaros perceberá alterações de comportamento, apetite, disposição e volume de ingestão de líquidos muito antes do peito secar.
Tratamento: É altamente indicado um exame de fezes para definir o diagnostico e determinar o tratamento. Na impossibilidade, ministrar um medicamento para coccidiose imediatamente. Manter farinhada com prebióticos e probioticos e complexo vitamínico. Concluído o tratamento da coccidiose. Aguarde uma semana e faça uma vermifugação.
Prevenção: Higiene, equilíbrio da dieta, ministrar probióticos regularmente ao plantel e observar as aves, procurando identificar possíveis problemas sanitários antes que se configure o peito seco.
MYCOPLASMA
Os Mycoplasmas são os menores microorganismos de vida livre, diâmetro variando entre 100 e 300 nanômetros e comumente encontrados tanto em plantas como em animais, inclusive o humano. O Mycoplasma pneumoniae, nos anos 60, chegou ser confundido com os vírus e foi chamado agente Eaton. A extrema pequenez do genoma limita muito a capacidade de biossíntese, o que, explica as difíceis exigências nutricionais para o seu cultivo em laboratório e a necessidade de ter existência parasítica(vivem às custas de outros seres vivos. Sólon, um dos sete grandes pensadores gregos, chamou de parasita o freqüentador assíduo dos banquetes oficiais. É, amigos, puxa-sacos e sócios do erário público existem há muito tempo) ou saprófita (vivem sobre outros seres vivos sem os prejudicar). Dependem, para a sobrevivência, da ligação às células dos hospedeiros para na busca de precursores essenciais como ácidos gordurosos, nucleotídeos, aminoácidos e esteróis.
Por não terem parede celular, sendo contornados somente por três membranas, apresentam como propriedades biológicas mais importantes a resistência aos antibióticos betalactâmicos (antibióticos, como as penicilinas e as cefalosporinas, que possuem na sua fórmula o anel betalactâmico e agem destruindo a parede celular da bactéria. A bacitracina, por agir da mesma maneira, também sofre a resistência dos Mycoplasmas) e grande pleomorfismo (capacidade de apresentarem-se de diversas formas, como cocos, bastonetes e anelar dependendo do meio em que se desenvolvem).
Por não produzirem ácido fólico, também são resistentes às sulfonamidas e à trimetoprima. A ausência da parede também os torna sensíveis a fatores externos: sobrevivem apenas por poucas horas em superfícies secas e durante dois a quatro dias na água e, muito bom para os criadores, são pouco resistentes aos desinfetantes comuns. Têm predileção pela colonização do revestimento mucoso, provocando inflamações crônicas nos tratos respiratório e urogenital e nas articulações (juntas) de várias espécies de animais, inclusive aves e cães. Aí está, amigo Ivan, mais uma causa daqueles passarinhos com as juntinhas inchadas e com dificuldades para pousar no poleiro. Causam desarranjo dos cílios (formações digitiformes que movimentam a camada de muco) das células mucosas e, algumas vezes, a destruição celular. Alguns, como o U. urealyticum, expressam uma protease (enzima) que destrói a imunoglobulina A, um dos fatores de defesa mais importantes da mucosa (membrana que forra os órgãos ocos e as cavidades naturais do organismo, mantida úmida por uma camada de muco).
Pertencem à ordem Mycoplasmatales, da classe Mollicutes. Foram agrupados em três gêneros: 1- Mycoplasma, que necessitam colesterol para o crescimento; 2- Acholeplasma, não necessitam colesterol para crescerem e 3- Ureaplasma, também necessitam do colesterol para o crescimento, além de uréia para o metabolismo energético. Umas quatorze espécies de Mycoplasmas já foram descritas como causadoras de doenças no homem/mulher (vivo perguntando, por que falar somente no homem sempre que queremos nos dirigir aos humanos? Parece um critério machista do homem, querendo ter primazia até nas doenças, sô!). O Mycoplasma orale e o salivavarium até o momento são tidos como reles comensais da cavidade oral; o Mycoplasma pneumoniae, o mais famoso da patota, é uma causa comum de pneumonia em todas as idades humanas. O Ureaplasma urealyticum e o M. hominis (olha aí de novo, por que não também M. mulheris?) em geral vivem assintomáticos no trato geniturinário, mas podem provocar infecções oportunistas em adultos e recém-nascidos. O M. genitalium, o M. fermentans e o M. penetrans podem ser encontrados nos tratos respiratório e geniturinário humano e merecem a atenção.
O básico para a patogenicidade do Mycoplasma é a aderência às células mucosas do hospedeiro, processo multifatorial e complexo responsável pela patogenicidade de muitas outras bactérias. Embora a maioria dos mycoplasmas fixem residência e multipliquem-se na superfície celular, algumas, como o M. fermentans, o M. penetrans e mais raramente o M. pneumoniae, podem localizar-se no interior celular onde ficam protegidos dos antibióticos e dos anticorpos do hospedeiro; aí está a explicação para a cronicidade da doença e a dificuldade de cultura em meios artificiais. Algumas espécies produzem citotoxinas, como as exotoxinas e o H2O2 (peróxido de oxigênio), e polissacarídeos. Nas aves, como em outros animais, existem alguns fatores que facilitam a infecção pelos mycoplasmas: membrana epitelial imatura, ambientais(ar seco e calor), excesso de NH3 e infecções por alguns vírus (paramixovírus, reovírus, adenovírus) e bactérias como a Escherichia coli. Num surto dentro de um aviário podem haver desde pássaros assintomáticos até os quadros mais graves e mortais. Uma importante propriedade do M. hominis é a metabolização do aminoácido arginina com a conseqüente liberação de amônia que é tóxica para as células. O M. pneumoniae e o hominis produzem peróxido de hidrogênio, oxidante potente capaz de lesar as células.    Os Ureaplasmas, que exigem colesteróis para o crescimentos e formam colônias bem pequenas em forma de ovo frito em meio contendo agar, diferentemente dos outros gêneros da classe Mollicutes, têm atividade de urease (enzima) que pode induzir a produção de cálculos urinários e a degradação das imunoglobulinas A secretoras que têm importância vital na defesa da mucosa. Alguns indivíduos infectados com o M. pneumoniae desenvolvem anticorpos reativos contra o cérebro, coração e músculos e auto-anticorpos da classe IgM que aglutinam os eritrócitos humanos a 4 graus centígrados (aglutinação a frigore).
Para a imunidade (defesa) os Mycoplasmas genitais exigem anticorpos específicos, o que, explica o fato da falta de anticorpos maternos, que passam para o feto nos meses finais da gestação, ser a causa do alto risco da doença para os prematuros. Dentro de uma Ordem as diferentes espécies provocam reações cruzadas entre elas, determinadas pela pequena antigenicidade (capacidade de reagir com anticorpos resultantes de uma resposta imunológica) determinada pela ausência de parede celular e por ficarem nos recessos da parede celular pouco acessíveis aos mecanismos de defesa do hospedeiro; essa baixa especificidade leva ao alto número de reações falso positivas em exames laboratoriais.
Os Mycoplasmatales possuem baixa infectividade, exigindo para a disseminação contato próximo entre os indivíduos, sendo as infecções mais comumente encontradas nos locais de maiores densidade populacionais. Os tratos respiratórios e genital são as portas de entrada primárias. Os microorganismos são disseminados pelas excreções das vias respiratórias (como as gotículas eliminadas durante a fala, canto, tosse ou espirros) e pelas gônadas de ambos os sexos. Nas aves, a infecção dos sacos aéreos pode conviver com a do ovário e dos folículos em desenvolvimento. Como pode haver muitos pássaros, inclusive filhotes, contaminados assintomáticos mas capazes de transmitir a doença, a atenção do criador na inspeção do seu plante e para a higiene do ambiente   Nos ninhegos o contato direto é a principal maneira de disseminação. Pais podem contaminar os filhotes alimentando-os com conteúdo contaminado do papo. A transmissão transovariana pode ser importante em alguns criadouros. A fêmea contaminada é capaz de transmitir o microorganismo diretamente a toda à ninhada.   Citam-se também a transmissão pelas penas ou poeira contaminadas. Estresses como o frio corrente de ar e exercícios intensos (como os longos vôos de pombos de competição) podem tornar aparente uma infecção até então inaparente.
No homem, os Mycoplasmas mais importantes são o M. pneumoniae, o Ureaplasma urealyticum e o M. hominis.O Mycoplasma pneumoniae é responsável por aproximadamente 15% das pneumonias nos humanos, sendo causa comum de traqueobronquites e bronquiolites. A adesão às membranas celulares ciliares é mediada pela proteína de adesão P1; a invasão da parede das vias respiratórias no máximo chega à membrana basal. As culturas, como de material colhido da garganta e do catarro, são demoradas e o exame sorológico mais usado para confirmar o diagnóstico é o ELISA (enzyme-linked immunosorbent), exigindo o diagnóstico definitivo a soroconversão em dois exames feitos com intervalos de 2 a 4 semanas. Embora haja controvérsias, podem ser usadas dosagens de IgM e IgG e a fixação do complemento. Sempre que for confirmada a presença de um caso na comunidade será muito provável a existência de outros. Os anticorpos encontrados no ELISA e na fixação do complemento apresentam reação cruzada com outros antígenos, principalmente de outros Mycoplamas, o que requer muito cuidado na avaliação.
O Ureaplasma urealyticum, com 14 sorotipos, e o Mycoplasma hominis, com sete sorotipos, são os chamados Mycoplasmas genitais, podendo ser isolados no trato urogenital baixo de mulheres e na urina, no sêmen e na uretra distal de homens assintomáticos. Provocam inflamação crônica do trato geniturinário e das membranas amnióticas (membranas que se desenvolvem em torno do embrião dos vertebrados superiores e formam o saco amniótico). Fazem parte do grupo das DST (doenças sexualmente transmissíveis). O M. hominis é uma das causas da doença inflamatória pélvica, inclusive a salpingite (inflamação da tuba uterina por onde passa o óvulo) que pode levar à infertilidade. Mycolasmas em aves. Muitas espécies de aves podem ser contaminadas pelos Mycoplasmas, inclusive os pássaros ditos de gaiola (cage birds). Embora possa atingir a ave em qualquer idade, a incidência é maior entre os filhotes.
Os Mycoplasmas mais comumente encontrados nas grandes criações de aves domésticas são o Mycoplasma gallisepticum, que provocam lacrimejamento, catarro nasal, problemas respiratórios com tosse e inchaço dos seios infraorbitários pela sinusite, saculite, queda na produção de ovos e septicemia secundária pela Escherichia coli (coisa ruim nunca vem sozinha); o Mycoplasma synoviae, que se manifesta por diarréia esverdeada, inchaços das almofadas das patas e nas articulações dos membros anteriores (asas) e posteriores (patas) que levam a ave a movimentar-se muito pouco. Nas articulações o quadro típico é o de sinovite (inflamação da membrana sinovial, revestimento interno da cápsula articular), principalmente dos tendões (tenossinovite), como acontece comumente nos jarretes. A bursite (inflamação da bursa, bolsa contendo líquido situada em locais de atrito mais forte) do osso esternal pode a piorar a respiração e Mycoplasma meleagridis, manifestado por queda da fertilidade, mortalidade de filhotes, deformidades de membros e pescoço, sinais respiratórios de média intensidade, catarro nasal, inflamação e inchação dos seios infra-orbitários (sinusite) e grande predominância entre os perus.
O Mycoplasma iowae está também entre os mais encontrados, provocando mortalidade embrionária e queda na fecundidade dos ovos A incubação varia com a espécie de ave e do Mycoplasma, girando em torno de 6 até 21 dias. A mortalidade pode ser alta, podendo chegar a 90% entre os filhotes de faisões. A doença dissemina-se lentamente e os olhos do criador devem estar atentos para os primeiros sinais como o pestanejar freqüente e a arranhadura das pálpebras. Aos poucos o estado geral vai se deteriorando, as pálpebras incham-se, a ave torna-se incomodada com a luz (fotofobia) e os olhos ficam encatarrados. Pode haver letargia, ficando a ave indiferente ao meio ambiente, inapetente e sonolenta, chocalhando a cabeça para remover secreção nasal grossa. Aos poucos vai perdendo peso. À inflamação da pálpebra (blefarite) ou da conjuntiva (conjuntivite) pode seguir inflamação da córnea (ceratite) que, nos casos mais sérios, pode levar à cegueira e morte por caquexia pela ave não ter condições de achar ou movimentar-se até o alimento. Muito característico é o aumento, às vezes gigantesco, com pouca ou nenhuma secreção, dos seios infraorbitários.
O pássaro fica dispneico (falta de ar), principalmente quando está excitado, e respira com o bico aberto. Podem ser ouvidos sons respiratórios murmurejantes (putz!). Algumas espécies de Mycoplasma e Acholeplasma podem ocasionar alta mortalidade embrionária. Em algumas espécies de aves, como gansos domésticos, pode haver infecção com necrose do falo, infecção da cloaca (cloacite), saculite (infecção dos sacos aéreos), orquite (infecção do testículo) e peritonite (inflamação do peritônio, membrana serosa que reveste internamente as cavidades abdominal e pélvica e externamente as vísceras nelas contidas) determinados pelo M. cloacale e, mais raramente, pelo M. anseris; nos criadouros atingidos pode haver altas incidências de ovos não férteis e mortalidade embrionária. O A. axanthum pode ser isolado de fezes e de secreções das vias respiratórias de aves de criadouro com mortalidade embrionária acima de 50%; nesses criadouros podem haver muitos casos de salpingite e saculite. As rinites, sinusites, conjuntivites e traqueites apresentam-se com secreção grossa gelatinosa.
Muitas vezes os Mycoplasmas lesam as mucosas e preparam o terreno para infecções secundárias por bactérias como a Escherichia coli, vírus e fungos. A infecção pode ficar endêmica num criadouro com pequenas evidências da sua presença como sinais respiratórios vagos, lacrimejamento, sinusite ou debilidade. Somente após contaminar um grande número de aves, ou nas situações estressantes, torna-se aparente. Aí está uma aspecto muito sério do problema e que deve ser sempre levado em conta par todo criador consciente.
Os Mycoplasmas estão entre os agentes que mais comumente provocam morte embrionária, conhecida pelos criadores como anel de sangue (blood-ring) ou morte dentro da casca. Chegam ao ovo pelo oviduto ou pelo sêmen de machos infectados. Os antibióticos mais usados nas aves são a enrofloxacina, tilmicosin, tetraciclinas, tylosin, tylamutin e lincospectin, os quais, somente devem ser usado por indicação do veterinário. Geralmente os antibióticos são usados na água de beber, nos alimentos e, muito interessante, injetado nos ovos (Tylosin ou a combinação de lincomicina e espectinomicina injetados nas câmaras aéreas); há quem banhe os ovos em soluções contendo antibióticos. Vi descrito que a elevação da temperatura em uma incubadora (forced-air incubator) até 46 graus centígrados por 12 a 14 horas é efetiva, mas pode diminuir em 8 a 12% a fertilidade dos ovos; não me perguntem se surte efeito porque não aconselho e não gosto de ovo cozido.
Se o tratamento é área de atuação do veterinário, o papel do criador na profilaxia é essencial:
- A manutenção higiênica do prédio onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando o acúmulo de dejetos e restos alimentares. As excreções do hospedeiro protegem os parasitas da ação dos desinfetantes e devem ser removidas ante do uso dos mesmos. Ter um jogo de mangueira, pazinha de limpeza, baldes, botas, vassouras, rodos, cestos de lixo, etc. somente para dentro do criatório. Se existirem mais de um ambiente, um jogo para cada um. Verão que vale a pena o investimento.
O uso de detergentes e outros produtos de limpeza bactericidas deve ser feito com orientação técnica. Aqui não cabem improvisações. Ainda advogo o uso de vassouras de fogo tendo, é lógico, cuidado para não colocar fogo no prédio e nos pássaros. Sempre usei esse procedimento no canil e é tiro e queda. Nunca houve problemas com parasitas externos e, de quebra, elimino alguns parasitas internos que teimam em viver algum tempo fora do organismo. É método de fácil execução, rápido e não tem ação residual como os produtos químicos.
Com técnica adequada não danificará paredes, desde que não se fique com o fogo muito tempo num só lugar como estivesse assando um churrasquinho, e, creio, poderá ser usada nas gaiolas de arame vazias. Tendo-se o cuidado de tirar os pássaros do ambiente, isolando-se as partes combustíveis das instalações, evitando-se a presença de líquidos inflamáveis, etc., o método é seguro. Aconselho procurar informações com alguém que já tenha alguma experiência para não cometer erros de principiante. Lavar, se possível de maneira individualizada, os utensílios também com água filtrada. Se for possível, pelo menos uma vez por mês, ferver os utensílios resistentes à fervura, principalmente as grades e as bandejas do fundo da gaiola. Se for organizada uma rotina, mesmo nos criatórios maiores as atividades profiláticas serão relativamente fáceis.
- Tratar as fêmeas contaminadas por Mycoplasma é essencialíssimo porque podem infectar verticalmente os filhotes.
- Tratar os machos galadores infectados, pois, por ser comum usá-los com várias fêmeas (poligamia), poderão contaminar, através do sêmen, o plantel numa proporção geométrica. E criam uma cadeia de infectividade progressiva: macho – fêmea – embriões ou ninhegos. Cuidado com os machos que vão a torneios ou a outros criatórios para coberturas.
- Manter em observação e isolados todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai contaminados. Os gaiolões com muitos filhotes funcionariam como creches ampliando a disseminação da bactéria. A superpopulação é um fator poderoso na transmissão e manutenção dos Mycoplasmas dentro de um criadouro. Deve ser evitada a chamada China alada.
- Não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os casos em que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado. E a infecção pelo Mycoplasma não é um deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da bactéria, um problema para a sua própria família e para os seus pássaros. Cepas resistentes de uma bactéria que se propaga facilmente num canaril são pragas de sogra (só um xiste, porque a minha era ótima).
- Cuidado especial com pássaros trazidos de fora do canaril, mesmo que seja somente para uma galadinha. Fazer quarentena nem sempre é praticável. Se o galador vier de canaril que mantenha boas condições higiênicas tudo fica mais fácil. Seria ótimo os donos dos bons pássaros galadores manterem os pássaros em ótimas condições de higiene física, social e até mental, pois, eles podem representar um boa fonte de renda para abater nas despesas do criatório.
- Com as aves vindas de outros criadouros a quarentena é obrigatória, a não ser que venham de criatório que mantenha rígidas condições de controle sanitário do plantel. Creio que a quarentena de três semanas seja suficiente para a maioria das doenças infecciosas. Não trazer o pássaro em gaiolas do criatório de onde o adquiriu. Manter o pássaro entrante fora das instalações que albergam o plantel. O ideal seria uma pessoa para cuidar somente dele e que não tivesse acesso ao criatório. Se não, usar luvas ou lavar rigorosamente as mãos, com água e sabão, após o trato e cuidados com os utensílios da ave em quarentena. Todos os utensílios, produtos alimentares, vassouras, pazinhas, cestos de lixo, etc. devem ser mantidos separadamente dos usados para o plantel. Ponto de água para lavar os utensílios separados. Muito cuidado com os excrementos. A quarentena deve ser para valer ou nem vale a pena ser feita.
Apesar de a transmissão ser através das secreções das vias respiratórias e genitais, condições anatômicas das aves, como a presença da cloaca que pode permitir contaminação das fezes e urina por parasitas existentes nas secreções genitais, deve-se ter alguns cuidados comuns no controle de parasitas, como as enterobactérias, que são transmitidas pela via fecal-oral. Esses cuidados tomam dimensão ainda maior se levarmos em conta que essas bactérias, principalmente a Escherichia coli, estão entre os parasitas capazes de agravar uma infecção pelos Mycoplasmas.:
- Lavar rigorosamente as mãos com água e sabão, sabão mesmo, esfregando as unhas com uma escovinha antes de manusear as frutas, as hortaliças e a água que serão fornecidos aos pássaros. As mãos devem ser lavadas, sempre com água e sabão, antes e depois de manusear pássaros ou os utensílios.
- Lavar rigorosamente, com água e sabão, frutas e as hortaliças que serão dadas aos pássaros e enxágua-las muito bem. Podem ser deixadas por alguns minutos em solução de água e vinagre ou de hipoclorito de sódio, não se esquecendo de enxaguar copiosamente antes de dá-las aos pássaros. Pela simplicidade creio que o lavar as mãos, as frutas e as hortaliças já será uma grande ajuda no controle desses parasitas.
- Oferecer aos pássaros somente água, no mínimo, filtrada. A água fervida seria mais seguro, desde que seja mantida no fogo pelos menos durante 20 minutos após levantar a fervura. Os mesmo cuidados devem ser tomados com a água para os banhos dos pássaros. Esfregar bem os bebedouros para remover o biofilme líquido que fica na superfície e que pode albergar muitas bactérias. O ideal seria ter jogos de dois bebedouros para intercalá-los diariamente, possibilitando a secagem completa de um dia para o outro do que não estiver sendo utilizado.
- Muito cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado diariamente. O costume de colocar várias camadas de papel não é bom, pois, o filtrado da parte líquida fecal pode levar os parasitas para a folha de baixo (lembrar que estamos lidando com seres microscópicos). Deve ser usada uma folha de papel e a bandeja deve ser limpa diariamente e colocada ao sol (para isso, seria bom ter, pelo menos, duas bandejas por gaiola). Individualizar as bandejas para evitar usar bandeja usada em gaiola de pássaro contaminado em a gaiola de pássaro não contaminado, criando, assim, condições para disseminação da infecção pelo criatório. Se você usa areia na bandeja, tenha muito cuidado, pois, se não houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para manutenção dos parasitas.
- Muito cuidado com as gaiolas usadas para manter os machos ou levá-los aos torneios. Como ficam a maior parte do tempo fora do criatório, têm maiores possibilidades de ser depósitos de parasitas. São feitas de madeira, com muitos detalhes e têm muitas saliências e reentrâncias que facilitam a vida dos parasitas e dificultam higienizá-las. E, na maioria das vezes, não possuem grade separando a bandeja dos pássaros como acontece com as gaiolas de criação. Creio que, num futuro próximo, poderão ser substituídas por gaiolas feitas somente de arame.
- As vasilhas contendo sementes, farinhadas, minerais e água devem ser colocadas de modo a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios dos pássaros. Inspecioná-las diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e higienizá-las.
idado com os poleiros. Devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a contaminação será fácil.
- Levar água filtrada e/ou fervida quando for a torneios, evitando dar ao pássaro água da torneira sem as condições higiênicas seguidas no criatório. Se esquecer, é preferível dar água de garrafa tipo natural. Nem para o banho deve ser usada água do local dos torneios.
- Cuidado com a água do banho dos pássaros. Deve ser, pelo menos, filtrada e, sempre que possível, fervida. Tirar a vasilha logo que o pássaro terminar o banho.
- Algumas vezes os parasitas podem ser trazidos para o criatório pelas patas de pássaros, como os pardais, ou das moscas. Telar as janelas, portas e as aberturas para a ventilação é medida heróica. Não deixar lixo ou restos de comida expostos é essencial porque eles atraem pássaros, moscas e predadores, inclusive ratos. Muitas plantas também são atrativas para os pássaros soltos visitarem o criadouro. - E sol, amigos, pois, onde entra o sol não entra o médico, ou o veterinário, como dizia minha avó. Locais escuros, muito quentes e úmidos jogam para os bandidos.
- As medidas profiláticas são econômicas e, tornadas rotinas, de fácil execução.
MUDA FRANCESA
Causas: Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à hereditariedade.
Sintomas: Algumas penas tomam aspecto retorcido e desalinhado. Podem tornar-se quebradiças.
Tratamento: Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena deformada com uma tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar as penas.
Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.
GIARDIA
Cuidados e prevenção
A giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo grupo dos coccídeos, tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção.
A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diversa da que parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser humano, nem a lamblia parasita as aves.
A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos de giárdia encontrados na água e nos alimentos. Os cistos é uma forma de resistência do protozoário, que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água.
A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das aves contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado, principalmente o duodeno, onde se reproduz por divisão binária.
No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo sem causar sintomatologia, nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático, quando apesar de estiver sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto).
O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes também podem ser contaminados. Na literatura norte-americana não encontramos relatos de giárdia em canários (serinus) e fringilídeos. Em nosso meio não foram encontradas informações estatísticas a esse respeito.
um é a diarréia.
Alterações cutâneas também podem surgir como pele seca, prurido e arrancamento de penas. Pode ainda afetar os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte.
As fezes podem ter aspecto mucóide e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até um quadro de má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e nutrientes pelas fezes, ocasionando um quadro de letargia e desnutrição.
O diagnóstico de certeza é feito com o encontro doas cistos e trofozoítos (forma adulta habitante do intestino). Contudo algumas dificuldades surgem, pois a eliminação dessas formas pelas fezes é inconstante. O ideal é a realização de exames de fezes seriados a fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação).
Um único exame negativo não afasta a possibilidade de contaminação.
Na impossibilidade do exame a fresco a conservação das fezes em formalina 10% (5% segundo alguns autores) é recomendada, pois a giárdia na forma trofozoítica é frágil e desintegra-se facilmente. Preservar os trofozoítos é importante, pois aumenta a chance de diagnóstico, que estariam reduzidas se a procura for feita apenas pelos cistos. A ave contaminada não elimina o protozoário em todas as evacuações.
Um método utilizado pelos laboratórios com o intuito de facilitar a identificação dos cistos é o uso da solução de sulfato de zinco, que é facilmente preparada e faz com que os cistos flutuem se separem das fezes e possam ser mais facilmente identificados com o uso do microscópio.
O tratamento mais é feito com metronidazol por um período de 5 a 10 dias. No entanto há muitos relatos de resistência a esse medicamento. O mais indicado seria a administração da dose diária diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a sua eficácia. Outra opção terapêutica é o febendazol, que tem o inconveniente de ser mais tóxico, podendo ocasionar alterações na plumagem e até a morte da ave. Temos ainda o relato do uso da paromomicina, um antibiótico aminoglicosídeo com ação antiprotozoário e o dimetridazol, que apesar de eficaz tem vários efeitos tóxicos.
Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato com o indivíduo infestado.
A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação, pode se tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas vezes é necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Em algumas aves nunca estarão completamente curadas da giardíase.
Como a forma de propagação é pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes, todo esforço para se prevenir que isso ocorra será de grande valia.
O fundo da gaiola deve ser protegido por grade removível e os alimentos e a água devem estar fora do alcance dos dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola. Devemos impedir que aves silvestres adentrem no criatório, pois podem ser reservatórios da giárdia. Outro cuidado é a quarentena e exame de fezes das novas aves adquiridas pelo aviário.
Desinfetante a base de amônia quaternária e cloro a 10 % são efetivos na inativação dos cistos.
A grande verdade é que aves que são mantidas em ambientes saudáveis, com alimentação e água adequadas estão sendo submetidas à melhor profilaxia de doenças infecciosas e parasitárias que existe.
Concluindo: Ave que não come fezes não terá parasitose intestinal. 
FRATURAS
Quando ocorre de a ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e colocar água e comida a disposição da ave. Será necessário encanar o osso com gesso dissolvido em água ou álcool, que levará mais ou menos um mês para colar. Se for a perna que quebrou, pegue um canudinho de refresco cortado ao meio, coloque as duas partes na perna e passe o gesso, deixando uns 45 dias, após retire o gesso. Se for a asa que quebrou, será necessário cortar todas as penas da asa, dependendo da fratura, tente encaná-la com gesso. Caso não consiga, o melhor e mais correto é levar a ave a um veterinário, que esta mais acostumado a fazer estes serviços.
Ministrar um anti-infamatório.
DIARRÉIAS
Causas: Má alimentação, alimentos azedos, deteriorados e água suja.
Sintomas: Fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, ânus inflamado.
Tratamento: Corte as penas do traseiro com cuidado e lave a região com água morna, após enxugue. Administrar Neo Sulmetina SM.
Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.
Prevenção: Dieta equilibrada e qualidade nos alimentos.
CORIZA
Causas: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme (forma lenta). As duas vêm associadas. Bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal alimentadas, falta de vitamina C.
Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas.Com a evolução da doença, as narinas ficam completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave pode perder a visão.
Tratamento: Limpar as narinas com cotonete impregnado em solução de permanganato de potássio, com 1./1.000. Aviarium ou Terramicina na água de beber, vitaminas.
COLIBACILOSE
Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada como flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves são específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero . As formas não patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através das fezes. A bactéria muitas vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de alguma queda de resistência ou estado de estresse, principalmente o de fungos. Seus locais de ação são: pulmão - sacos aéreos - coração, fígado, ovários, oviduto, saco da gema do embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz umbilical dos adultos), peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias. É uma doença gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco. Se quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo.
Os sintomas são, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte súbita, crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade, baixa fertilidade das fêmeas, febre, espirros, sede intensa e morte ao final do quinto dia.
O diagnóstico se faz com exames laboratoriais de aves mortas.
A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, de muita umidade e com o isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos: cloranfenicol, tetraciclina e eritromicina, bem como sulfas e outros, todavia é melhor fazer o antibiograma porque esta bactéria tem se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.
COLERA AVIÁRIA
Doença infecciosa provocada pela bactéria Pausterella avium, ataca com média freqüência os bicudos e curiós. Acontece com a ingestão de alimentos contaminados, contatos com outros pássaros doentes e pela respiração da respectiva bactéria em locais com pouca circulação de ar.
Os sintomas são: nos casos mais graves, morte súbita quase sem explicação; nos casos mais brandos, os pássaros aparecem com abatimento, sonolência,bico semi-aberto, com ocorrência de muco bucal, fezes brancas, com algum sinal de sangue e morte, precedida de convulsão ao final do quinto dia.
A profilaxia consiste em muita higiene, cremar os cadáveres e fazer quarentena de 21 dias nas novas aquisições. Locais arejados para as gaiolas ajudam muito.
O diagnóstico exato só pode ser feito em exames laboratoriais para detecção da bactéria. Como terapia usam-se os antibióticos cloranfenicol e tetraciclina, como também as sulfas.
COCCIDIOSE
O melhor tratamento para a coccidiose é o preventivo, já que esta doença é altamente contagiosa e pode causar grandes prejuízos se houver disseminação no criadouro. A higiene é essencial para evitar esse mal. A desinfecção permanente das instalações é fundamental para dificultar a infestação dos protozoários. Umidade e calor até por volta de quarenta graus centígrados fazem parceria para o aparecimento da coccidiose. Nesse tipo de ambiente os parasitas encontram meio adequado para a proliferação.
Uma vez expelidos pelas aves através das fezes contaminadas, se espalham pelas gaiolas ou viveiros e tão logo são ingeridos pelos pássaros no meio da comida, desencadeiam a enfermidade que, na maioria dos casos, leva à morte, porque causa lesões sérias no intestino, mas já foram detectadas em outros órgãos. É praticamente impossível acabar com a doença em criadouros; o que se pode fazer é provocar a imunidade natural nos pássaros através de um trabalho bem cuidadoso.
Em locais propícios, o oocisto (pequenos ovos do protozoário) sobrevive por quase três meses e para cada oocisto ingerido pela ave podemos obter quase um milhão de outros oocistos. Por isso é que sem tratamento e cuidados preventivos é quase impossível se obter sucesso na criação de pássaros. Todo pássaro teve a doença não deve tê-la eliminado totalmente de seu intestino, podendo ter novo surto por um aumento indiscriminado do parasita em virtude de queda de resistência . As coccídias não são da flora microbiana intestinal. Essa afecção, que é provocada por seres muito pequenos, pode ser de dois grupos: eiméria e isospora, sendo que o primeiro atinge somente o intestino e o segundo, mais específico para passeriformes , inclusive bicudos e curiós, podem atingir outros órgãos. As instalações devem ser mantidas o mais limpas possível. O ideal é um piso telado, onde as fezes caiam para fora do viveiro, impossibilitando a ingestão de oocistos ou também fundos de gaiolas forrados de papel absorvente (tipo jornal), que serão retirados diariamente.
O sintoma mais evidente é o aparecimento da diarréia. As fezes sujam a cloaca, podem ter aspecto gelatinoso ou conter alimentos mal digeridos. Nem sempre são espalhadas ao atingirem o fundo, devido à quantidade de muco que solta o intestino, mantendo o seu formato. Sua coloração vai desde o amarelado até cor de borra de café, quando contém sangue digerido.
A ave fica embolada, podendo se alimentar ou ter um excesso de apetite, na grande maioria, devido à má absorção de nutrientes causada pelo parasita. Fica no cocho quase o dia inteiro e não se nutre, esse é um dos maiores sintomas. Com a ajuda de um veterinário, pode-se confirmar a existência da doença através das fezes examinadas em um microscópio.
Existem vários tipos de coccídias, cerca de trinta espécies somente dos passeriformes. São, na sua maioria, espécies de isospora. As espécies que atacam de galinha não acometem os pássaros, por isso vacinas desenvolvidas para elas não dão resultado para bicudos e curiós.
Os criadores de pássaros devem ter sempre em mente a prevenção, quando ainda não tiver sido detectada doença em sua criação, pois , quando ocorre o mal é muito difícil determinar a causa. O controle, quando já tiver tido surto de coccidiose, é fundamental para o sucesso da empreita. A eliminação total é impossível, devido à resistência do protozoário a todos os tipos de desinfetantes, exceto calor contínuo (água fervente, vassoura de fogo ou estufas de esterilização ). Se mantivermos baixa a infestação de nossas aves, elas se tornarão imunes e transmitirão tal imunidade para os filhotes.
Algumas medicações devem ser usadas para emergências e outras para prevenção. O jeito é prevenir para não precisar remediar. Primeiro com a higiene e desinfeção periódica das instalações e depois com doses preventivas de medicamentos coccidiostáticos. Devem ser ministradas doses precisas, de forma que os pássaros vão aos poucos adquirindo imunidade contra a doença. Doses erradas de medicação causarão toxicidade (doses altas) e resistência da coccídia ao medicamento (doses baixas). Logo a seguir , é importante que se ministre polivitamínico rico em vitamina A.
A transmissão é sempre através da ingestão de fezes contaminadas, depositadas no fundo da instalação, nos poleiros sujos, nas paredes onde a gaiola está encostada etc. Gaiolas e viveiros com os fundos telados muito contribuem na profilaxia. A contaminação também é provocada por moscas que transportam os oocistos de um lugar infectado para outro.
O bom seria a desinfeção com cal virgem, lança chamas ou estufa de calor a 150 graus Celsius para as gaiolas e apetrechos , tomando-se as devidas precauções na adoção desses procedimentos.
O tratamento curativo é feito com remédios à base de sulfa, nitrofuranos, ionóforos e outros. Está se usando ultimamente um produto muito eficaz contendo metilclorpindolo e vitaminas. A medicação é sempre repetida após 15 a 20 dias da primeira, contudo o tratamento costuma resolver bem quando se percebe a doença em sua fase inicial. Para se obter sucesso, tem-se também que desinfetar a gaiola contaminada a cada 3 dias, se possível com fogo, e desencostá-la da parede para evitar nova infestação.
CALOSIDADE NOS PÉS
Doença muito comum, notadamente nos bicudos. É oriunda da falta de cuidado com os poleiros, bem como da observação adequada do crescimento exagerado das unhas.
Com o passar do tempo, se o poleiro não é limpo e desinfectado, torna-se ensebado e escorregadio, envolto em uma crosta de excrementos e restos de comida. Chega a brilhar de tanta sujeira e gordura.
Assim, o pássaro em pouco tempo estará propenso a adquirir uma atrofia nos pés que mais tarde poderá se transformar em calo. Doença das mais graves e incômodas. Porta de entrada para uma série de infecções que pode levar a ave à morte.
A profilaxia deve ser:
limpara sistematicamente todos os materiais existentes na gaiola;
aparar periodicamente as unhas
não deixar que se entortem com poleiros muito grossos.
Como terapia, se limpa os pés com água morna, passando-se pomada à base de glicerina para lubrificar, podendo até ter enxofre. Cortam-se as unhas e coloca-se um calicida no olho do calo. Isso tudo uma única vez para não provocar estresse. Em seguida, colocam-se poleiros tipo convexos durante 30 dias, descansando 8 dias, para colocá-lo de novo por mais 30 dias. É bom que se usem também poleiros de material macio, tipo do talo de buriti Mauritia-vinifera.
BRONQUEÍTE E TRANQUEÍTE
Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado, bruscas mudanças de temperaturas.
Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave não canta e fica agitada.
Tratamento: Separar o pássaro, colocando-o em uma temperatura de 30C. Avitrin Antibiótico, Norkill, Enro Flec 10 ou Linko Spectin na água de beber. 
ASPERGILOSE E MICOTOXICOSE
Os fungos são os maiores inimigos da criação. É uma doença de elevada mortalidade, talvez a que mais mata filhotes do terceiro ao 12 dias de vida, provocada pelos fungos Aapergillus fumigatus, Aspergillus flavus e Aspergillus glaucus. Os sintomas são: diarréia meio esverdeada, sede intensa, abatimento, tosse, febre, inapetência, crise de respiração com catarro, o pássaro fica abrindo e fechando o bico e expulsando catarro do nariz. Manifestações diarréias crônicas de cor amarelada também são comuns.
O grande problema ainda é que ela nos filhotes quase sempre vem associada a outra doença, notadamente a colibacilose e mycoplasmose. O diagnóstico pode ser feito através de microscópio, examinando a secreção catarral ou um esfregaço das vias respiratórias.
A profilaxia de um modo geral é não se ministrar aos pássaros comidas úmidas, mofadas ou vencidas. Não mantê-los em ambientes úmidos e mal ventilados. A umidade nas gaiolas e no ambiente são as principais causas dessa doença. Os esporos (sementes de fungos) ficam no ar, à espera de algum ambiente úmido para ali formar uma colônia de fungos.
É muito difícil conseguir a cura. Existe terapia específica, porém não consegue atingir eficientemente o tipo de lesão granulomatosa formada na ave em diferentes órgãos. Existe medicamento fungicida natural, extraído de vegetais e também o proprionato de cálcio, administrado misturado às sementes à base de um grama por quilo, para impedir o desenvolvimento desse fungo e conseqüentemente formação de suas micotoxinas, principal causadora de moléstias.
Podemos até terminar com os fungos, aquecendo no forno as sementes, todavia as micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes ao calor e tem um caráter acumulativo, isto é, cada vez que a ave ingere a micotoxina ela é depositada no seu organismo, não sendo eliminada facilmente.
As micotoxinas causam mortalidade em adultos e filhotes, baixa fertilidade, queda de resistência à doenças por atingir órgãos imunes etc. Interessante fazer periodicamente a fumigação ou seja retirar os pássaros do criatório e através de um fungicida em fumaça seja retirar os pássaros do criadouro e através de um fungicida em fumaça utilizado em granja de frangos para exterminar os fungos do ambiente.
ASMA
Causas: Sternostoma tracheacolum. Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas sujas, mudanças no clima e má ventilação do criadouro.
Sintomas: Respiração difícil acesso asmático freqüente e ofegante. Em casos muito graves imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos. Evolui rapidamente para sua forma crônica se não for tratada adequadamente.
Tratamento: Eliminar imediatamente frio, vento, poeira, úmidade. Colocar a ave em gaiola com temperatura de 30C. Se o pássaro apresentar crises agudas, na hora da crise administrar gotas de adrenalina a 1./10.000. Manter a gaiola coberta e fazer uso de um inalador com solução de Tylan apresenta ótimos resultados. O tratamento com R-Trill vem possibilitando bom resultado em muitos casos.
Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças bruscas de temperatura.
ACARÍASE RESPIRATÓRIA
Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias respiratórias. A transmissão normalmente se dá nas exposições, torneios e na introdução de novas aves no criatório. Pode ser transmitida por pássaros livres que tenham acesso ao criatório. É comum a aproximação de pardais quando as gaiolas estão fora para treinamento ou banhos de sol.
Sintomas: Respiração penosa, curta, com o pássaro abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Isolar imediatamente o pássaro apresentando esses sintomas. Ministrar G-Trox ou Ivomecpour-on em todo o plantel em duas doses com intervalo de 15 dias. Desinfetar todo o criatório, preferencialmente pintando as paredes com cal virgem. Aplicar Front-Line Spray na dose de 2 gotas no dorso das aves, repetindo a dose 7 dias e 15 dias após a primeira dose, apresenta bom resultado..
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen
Canto e Fibra (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Evitar expor os pássaros a riscos de contágio. Colocar em quarentena todo o pássaro que participar de uma exposição ou torneio.
ÁCAROS VERMELHOS
Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Estes parasitas causam grandes problemas na reprodução. Chamados piolhos vermelhos por serem hematófagos e apresentarem côr vermelha quando cheios de sangue. São comumente encontrados em pombos e galinhas podem ter sua presença despercebida por um longo período no criatório. É um parasita noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos "contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.
A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite
Sintomas: Estes ácaros, durante o dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das portas e buracos na parede ou teto. Durante o dia, principalmente nos banhos de sol, não são observados e os pássaros ficam tranqüilos. Ataca as aves á noite. Durante a noite os pássaros ficam agitados e não param de se bicar tentando se livrar dos parasitas.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray . Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Tratar com G-TROX ou aplicar Ivomec Pour-on na dose de 1 gota no dorso das aves apresenta bom resultado. Desinfetar o criatório.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
ÁCAROS DE TRAQUÉIA
Os Acáros de Traquéia(S.Tracheacolum) são pequenos parasitas, especialmente das vias respiratórias superiores, que podem ser vistos até mesmo à olho nu ou com auxílio de uma lupa. Irritam a mucosa das àreas que atacam tais como: traquéia, pulmões, sacos aéreos, chegando mesmo à atingir os ossos pneumáticos. Eles ao atacarem essas àreas nas quais se instalam, produzem lesões pois, alimentam-se de sangue(HEMATÓFAGOS), causando patologias por si só e abrindo caminho para infecções por bactérias, vírus, fungos e mycoplasmas oportunistas. Quando da incidência desse problema deve-se melhorar o sistema de ventilação pois, com uma melhor ventilação, melhoramos a aeração e circulação de ar eliminando partículas em suspensão no ar do criadouro. Os ácaros em um criadouro podem ser trazidos por aves novas introduzidas¹ e que não tenham sido submetidas à quarentena em ambiente separado do criadouro ou por correntes de ar mal distribuídas ou podem existir naturalmente no ambiente, onde alimentam-se de detritos e de maneira oportunista, podem infectar as aves. Um excesso de população também pode levar à problemas de má qualidade do ar pois, aumenta a quantidade de partículas em suspensão no ar do criadouro. Uma forma de tratamento é o uso da Ivermectina(Ivomec® ) e outro método é o uso de inseticida aerosol à base de piretrinas, tipo SPB® . O inseticida deve ser desse tipo pois, é menos tóxico. O método é simples, coloca-se a(s) ave(s) em uma gaiola, cobre-se a gaiola e aplica-se um ou dois jatos do inseticida dentro da gaiola para que a(s) ave(s) inalem o produto durante uns cinco minutos. Esse método mostra-se eficiente, especialmente como tratamento de emergência em aves já parasitadas por ácaros.
Os principais sintomas são:
Dificuldade respiratória.
Tosse e a ave emite sons como gemidos, dando a impressão que está engasgada.
A ave perde a voz.
A ave abre muito o bico e o limpa constantemente no puleiro.
Em casos de infestação extrema pode ocorrer a morte da ave por asfixia mecânica.

As formas de se evitar esse tipo de "inimigo" da saúde nossas aves são:
Um bom manejo higiênico do criadouro.
Quarentena de novas aves.
Aplicação de produto preventivo como, por exemplo, a Ivermectina, que combate não só o ácaro de traquéia, mas, também outros endo e ectoparasitas. Boa ventilação e renovação do ar, mas, sem correntes de ar passando diretamente pelas gaiolas, pois, essas correntes podem carrear ácaros e outros agentes infectantes.
Isolamento de aves infestadas do ambiente do criadouro, aliás, para qualquer patologia deve-se retirar o indivíduo do criadouro.
Eliminação das aves mortas, de preferência incinerando-as.
É possível que a água de bebida seja uma fonte de infestação, portanto, temos que ter cuidado com a higiene dos bebedouros.

Minha experiência com Ácaros de Traquéia
Vou descrever a experiência mais recente acontecida no Criadouro de Canários de um amigo. Algumas aves começaram a tossir e agirem como se estivessem engasgadas. Passados alguns dias 06 aves morreram. Ele ligou relatando-me o fato e como não podia, naquele momento, ir até o seu criadouro, o aconselhei á levar 02 aves que apresentavam os mesmos sintomas a um veterinário, nosso conhecido, que tem especialidade em aves. O diagnóstico² foi ácaro de traquéia. O tratamento recomendado foi o uso do SBP®, como descrito acima. Agora estamos fazendo também uma nova aplicação da Ivermectina³, fazendo a aplicação, repousando 15 dias e repetindo a aplicação. Os grandes vilões nesse caso foram encontrados:
1 - Excesso de aves no criatório.
2 - Má ventilação.
Esses problemas são facilmente resolvidos com a diminuição da população de aves no criadouro (ou aumento do criadouro em si para comportar a população requerida) e com uma melhoria da circulação do ar.
Conclusão
Devemos ter cuidado com o manejo e sanidade de nossos plantéis e criadouros pois, descuidos e falta de atenção para detalhes como: a correta ventilação, higiene, quarentena ,etc.; podem ser o diferencial entre o fracasso e o sucesso na criação. Devemos sempre procurar orientação profissional, pois, teremos maior precisão no diagnóstico e no tratamento, conseguindo assim, melhores resultados e eliminando os agentes causadores das anormalidades e patologias.
Notas:
1 - Além dos passeriformes também afetam outras espécies como pinzones, agapornis e outros psitacídeos. Não é recomendável ter várias espécies em um mesmo ambiente se pretendemos realizar uma quarentena rigorosa.
2 - Seria interessante também realizar um diagnóstico diferencial para o Syngamus trachea(verme vermelho de traquéia), para ter-se precisão no tratamento. Se bem que o tipo de tratamento é o mesmo para ambos os parasitas, apesar da menor gravidade com relação ao S. trachea por tratar-se de um nematóide.
3 - Com relação à dosagem específica da Ivermectina, existem estudos que dizem que não devemos ultrapassar 0.1ml/kg. Existem relatos de que o uso em dosagens incorretas pode causar cegueira em bois, cães, e tem sido observada em aves pequenas. Mas, o que temos observado na prática em anos de criação de canários é que não houve um único caso desses em vários plantéis.
ÁCAROS DAS PENAS
Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata
Em ambiente natural é comum a presença de alguns piolhos brancos/amarelados, que, normalmente não são visíveis, sendo residentes naturais, que são até benéficos para os pássaros, pois removem células mortas das penas e pele e até determinadas bactérias. Quando a higiene é relaxada no criatório, o acumulo de sujeira e de fezes formam o ambiente propício para o desenvolvimento de uma superpopulação de parasitas que passam a incomodar a ave. Há casos, inclusive de fêmeas que abandonam o choco por se sentirem incomodadas, embora esses piolhos não se alimentem do sangue dos pássaros. As reinfestações podem acontecer a qualquer momento. Pardais e outros pássaros contribuem para o ressurgimento de novos focos.
Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. As cerdas ficam com aspecto "roído", quebradas, imperfeitas e sem brilho. Dependendo da quantidade de ácaros, podem comprometer o vôo. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros, pegue-a e observe com a sua asa aberta contra a luz.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray. Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Produtos à base de Ivermectina não costumam apresentar bom resultado.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
ÁCARO KNEMIDOCOPTES
Causa sarna de bicos, penas, e pés.
Vive sobre e sob a pele da ave, em galerias, promovendo coceira. Os ácaros penetram na pele do pássaro levantando-a. Com a evolução da doença a pele cai dando lugar a crostas esbranquiçadas, podendo, ainda criar feridas, pois o pássaro coça com muita freqüência a área atingida.
A contaminação por este ácaro é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa, hipovitaminose A (deficiência de vitamina A) , deficiências nutricionais. O ácaro após infectar uma ave, pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem levar ao quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao redor do bico, anus, pernas e pés.
Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves,
Sintomas:
O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. Com a evolução do quadro podemos observar escamações de peleao redor do bico, anus, pernas e pés. Há casos em que as lesões chegam a causar deformações no bico e nas unhas.
Tratamento:
Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Piolhaves. Nas feridas empregar uma pomada a base de enxofre.
Prevenção:
4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve ser bem ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.

PROBIÓTICO + PREBIÓTICO
Organew reúne em sua formulação macro e micro-minerais, vitaminas, aminoácidos, FOS, MOS e leveduras vivas. Esta perfeita combinação auxilia no desenvolvimento de uma microbiota intestinal saudável, proporcionando melhor digestibilidade dos alimentos e, conseqüentemente, aumento de eficiência alimentar.
PROPRIEDADES:
Saccharomyces cerevisiae:
Microorganismo eucarioto, com células alongadas ou ovaladas. Incorporado na alimentação de duas maneiras:
-Cepas inativas com fonte de proteína, principalmente, e alguns minerais e vitaminas.
-Células vivas que se multiplicam e estimulam a microbiota intestinal.
FOS E MOS:
Ingredientes alimentares, não digeríveis, que estimulam seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas da microbiota intestinal.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:
-Não podem ser hidrolisados ou absorvidos nos segmentos iniciais do trato digestório.
-Servem de substrato apenas para bactérias benéficas.
-Capaz de alterar a microbiota intestinal, beneficiando o hospedeiro.
-Possui maior viabilidade do que os probióticos.
NÍVEIS DE GARANTIA POR Kg DO PRODUTO:
Proteína Bruta (Mín.)..............................22,13 %
Matéria Mineral (Máx).............................29,73 %
Matéria Fibrosa (Máx.)............................8,660 %
Extrato Etéreo (Mín.)...............................5 %
Umidade..................................................4,8 %
Saccharomyces Cerevisiae.....................9 x 10E6 UFC
FOS.........................................................2 g
MOS........................................................1 g
Vitamina B1.............................................6,75 mg
Vitamina B2.............................................19 mg
Vitamina B6.............................................13,468 mg
Vitamina B12...........................................24 mcg
Biotina.....................................................2,8 mg
Inositol....................................................1.200 mg
Acido Fólico............................................10 mg
DL-Metionina...........................................4 g
L-Lisina....................................................5 g
Cistina.....................................................1,28 g
Niacina....................................................20,3 mg
Glicina.....................................................7,21 g
Valina......................................................9,17 g
Prolina.....................................................6,08 g
Colina......................................................774 mg
Isoleucina................................................7,73 g
Lisina.......................................................12,79 g
Histidina...................................................4,57 g
Arginina....................................................6,95 g
Fenilalanina.............................................8,57 g
Leucina...................................................12,14 g
Serina.....................................................6,98 g
Treonina..................................................9,94 g
Alanina....................................................10,89 FTU
Metionina.................................................3,25 g
Tirosina....................................................3,78 g
Acido Glutâmico......................................19,17 g
Triptofano................................................1,8 g
Acido Aspártico.......................................17,35 g
Cálcio (Máx.)...........................................0,18 %
Fósforo (Mín.)..........................................0,021 %
Veículo q.s.p............................................1.000 g
MODO DE USAR:
Para ser usado por via oral, adicionado ao alimento.
• Aves: de 1 a 2 g por kg de ração.
Bolsas metalizadas contendo 100 g e 1 kg. 

Remédios
tratamento de doenças das aves
100 P.S
Tratamento do \\\"peito seco\\\". Promotor de crescimento e eficiência alimentar. Tratamento de doenças respiratórias crônicas.

Aminomix
Similar aos premix aminoácidos, vitamínicos, e minerais incorporados às melhores rações importadas, Aminomix Pet auxilia na melhora da qualidade nutricional dos alimentos (rações, farinhadas, misturas de sementes ou comida caseira).

Aminosol
Complexo líquido com todos aminoácidos essenciais, vitaminas, sais-eletrolíticos e glicose. Indicação: Antitóxico energético, rehidratante, antidiarréico, antianêmico, estimulante do apetite, protetor hepático, alimento protéico, coadjuvante das medicações e antiestressante

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Suplemento vitamínico e aminoácido. Auxilia na alimentação de aves e animais carentes, auxilia durante a postura, mudanças de clima e transporte. Sendo de grande ajuda nos animais durante o crescimento

Aminostress
Em todos os casos onde necessita uma reposição rápida de vitaminas e aminoácidos, devido a carência nutricionais. Indicado nos casos de Stress, Hipovitaminoses, Desnutrição, Covalescença e Revitalização

Avemetazina
Associação de duas sulfas que possuem amplo espectro de ação bacteriana. Possui grande vantagem por ser rapidamente absorvida e elntamente eliminada, o que permite concentrações sanguíneas elevadas, melhorando assim a sua eficiência terapêutica contra os microrganismos sensíves a sulfamidoterapia. Tratamento preventivo e curativo da Coccidiose.

Avitrin Antibiótico
Tratamento e controle das infecções bacterianas do trato respiratório e entérico dos pássaros produzidas por Staphylococcus aureus, Chlamydia psittacci, Salmonella spp. E Escherichia coli, infecções essas responsáveis pelo aparecimento de corrimento nasal, diarréias, fraquesa, Inapetência e doenças respiratórias. Administrado por via oral, adicionando à água ou diretamente no bico.

Avitrin Vermífugo
Combate aos seguintes vermes: Singamose, Heteraquediose, Ascaridiose, Capilariose, Amidostomose, Tricostrongiloses

Avitrin Cálcio
Indicado para pequenas aves de criação na prevenção e tratamento do raquitismo e outras osteodistrofias, bem como demais manifestações indicativas de transtornos do metabolismo do cálcio e fósforo ou de sua carência e da vitamina D, por debilidade, bico mole ou quebradiço, perda temporária do uso das pernas.

Avitrin Complexo Vitamínico
As vitaminas são essenciais em todas as fases da vida dos pássaros e sua utilidade cresce quando as necessidades nutricionais aumentam acima do normal: no crescimento, cruzamento, postura, choco, muda de pena, durante o tratamento de doenças infecciosas ou parasitárias e suas convalescenças, nos estados anêmicos. Nas carências vitamínicas produzidas por defeitos de alimentação ou da absorção intestinal. Estimula o apetite, determinando melhor aproveitamento da alimentação.

Avitrin E
Indicado para os seguintes sintomas: defeitos na reprodução, com degeneração embrionária (baixa fecundidade dos ovos, os embriões morrem nos primeiros dias de incubação) ; infertilidade ( baixa produção dos machos reprodutores) ;degeneração muscular com distrofia muscular ( afetando as aves jovens) e outros.

Avitrin Ferro
Para aves nas anemias ferroprivas e macrocíticas e nas convalescenças. Sua fórmula especialmente desenvolvida, auxilia a recuperação nos períodos de muda e após a aplicação de vermífugos ou coccidiostáticos. É recomendado para o tratamento de estados anêmicos ocasionados por carência mineral e vitamínica ou falhas na absorção destes elementos, nas perdas agudas ou crônicas de sangue. Avitrin Ferro pode ser administrado profilaticamente, proporcioando maior resistência às doenças e embelezando a plumagem.

Carnation B12 Pet
A Lisina e a Carnitina (Vitamina BT), desenvolvem e agem sobre o metabolismo energético das células. Dão aos pássaros maior agilidade e excelente forma. Auxilia na recuperação dos animais em casos de intoxicação. Ação estimulante. Usado para manter a atividade prolongada da musculatura dos cães. Melhora o crescimento muscular, esquelético e cardíaco. Ajuda a melhorar o metabolismo Energético. Estimula o apetite.

Dolemil
Tratamento da sarna em pássaros ( pequenas cascas que se formam nos pés )

Ferro SM
Composição à base de ferro

Ferti-vit - Canto e Fertilidade
Estimula a fertilidade e o instinto reprodutor. Nos problemas de postura e fertilidade, morte dos embriões, crescimento deficiente. Melhora o canto dos pássaros

Glicosol L - Energético
Suplemento glicosado composto de peptídios e aminoácidos. Indicação: Stress, animais debilitados e enfraquecidos, intoxicações, convalescença, revitalizante e rehidratação.

Hidrovit
Sais Eletroliticos, Vitaminas e aminoácidos. Devido a sua composição perfeitamente balanceada, fornece aos animais submetidos ao stress, a reposição rápida de todos os elementos e nutrientes, reestabelecendo o meio interno e equilibrando as funções vitais das aves, além de agir como um promotor de crescimento.

Iodave SM
Composição à base de iodo

Plumas Kleen
Eliminador de odores. Repelente de insetos. É indicado na eliminação de odores e na repelência de insetos e ácaros dos pássaros, assim como de suas instalações, acessórios e utensílios.

Laviz A - Suplemento Vitamínico
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz A - Suplemento Vitamínico
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.

Laviz B1- Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações

Laviz B2 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz B6 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz B12 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz C - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz D3 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.

Laviz E - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina E, veículo Q.S.P. Utilizado para correção de problemas relacionados a fertilidade.

Mercepton Oral
Utilizado para desintoxicação.

Neosulmetina
Tramento de diarréia ou enterite de origem bacteriana. Atua sobre infecções gastro-intestinais, causadas por bactérias ou protozoários, abrangidos pelo espectro de ação da sulfaquinoxalina e neomicina.

Orosol - Complexo Vitamínico
Complexo vitamínico com colina. Indicação: Tratamento das hipovitaminoses, stress, falta de produção, estados infecciosos, convalescença e revitalizante.

Penaviar
Tratamento das infecções desintéricas das aves, e suas manifestações, causadas por germes sensíveis a Sulfadiazina e a Sulfadiazina Sódica. Como medicação auxiliar nas diarréias inespecíficas, sindromes desinteriformes dos pássaros, cólera aviária, coriza e infecções intestinais.

Penavit Plus
Combate o peito seco e atua como promotor de crescimento o eficiência alimentar.

Piolhaves
Talco Piolhicida Indicado para o tratamento e controle de piolhos em pássaros e aves em geral. O seu uso também se estende ao combate de outros ectoparasitas que atacam as aves, tais como percevejos, ácaros, pulgas e carrapatos.
Plumas Beleza das Penas
Suplemento vitamínico aminoácido para pássaros. Ajuda a obter e a manter a qualidade das penas (vigor, brilho e viço), a preservar o bem estar (canto e atividade) e a prevenir o stress.

Plumas Turbo
Suplemento vitamínico, mineral e aminoácido para pássaros. Melhora a eficiência da alimentação contribuindo na manutenção do bem estar, atividade e fogosidade e também na recuperação da qualidade das penas.
Vetococ
Controle de Coccidiose e diarréia.

Vitagold
Indicado para todos os casos em que se necessite uma adminsitração maciça de vitaminas. Usado também após situações em que o pássaro passa por stress.